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Jesuítas recebe em evento inédito importantes especialistas em Educação Infantil e Anos Iniciais
“1º Seminário do Jesuítas: Educação e Infância” conta com palestras de Paulo Fochi e Hilda Micarello e oferece 14 oficinas
Com os olhos voltados para o início da etapa educacional do estudante, o Colégio dos Jesuítas reúne importantes especialistas em Educação Infantil e Anos Iniciais no “1º Seminário do Jesuítas: Educação e Infância”, que acontece nos próximos dias 18 e 19, na unidade educativa. Abrindo a programação, o evento recebe o Professor do curso de Pedagogia e Coordenador do curso de especialização em Educação Infantil da Unisinos Paulo Fochi, referência em pedagogia da infância, educação infantil, bebês, documentação pedagógica e formação de professores. Conferencista mundialmente conhecido, Fochi atuou como um dos quatro consultores para a elaboração da Base Nacional Comum Curricular para a Educação Infantil do Ministério da Educação.
De acordo com o Diretor Geral do Colégio dos Jesuítas, Professor Edelves Rosa Luna, a importância de tratar a Educação Infantil está na relevância da etapa para a longa jornada do estudante. “O Jesuítas pensa a Educação Infantil como ela deve ser pensada: alicerce de um processo educacional longo na vida do estudante, que vai passar pelo Ensino Fundamental e pelo Ensino Médio tendo, portanto, a composição da Educação Básica para a universidade e a vida profissional. A Educação Infantil é a introdução aos processos de convivência social, de coletividade e de escolarização”, destaca o Diretor Geral.
“O Seminário tem o objetivo de trazer a reflexão sobre a importância de se respeitar a infância, trazendo à tona temas atuais, que possam colaborar com a reflexão sobre a criança que temos hoje, a proposta curricular que trabalhamos, sempre com as ideias de vivência, experiência, protagonismo e respeito ao tempo da criança”, acrescenta Amanda Santos, Coordenadora da Unidade I do Colégio dos Jesuítas, que engloba as turmas do Maternal II ao 2º ano do Ensino Fundamental. Segundo ela, essa é a etapa em que as crianças desenvolvem relações, emoções, oralidade, funções motoras, cognição e muitos outros aspectos. “Essa perspectiva de infância considera o conhecimento de mundo da criança, entende que ela experiencia esse mundo, conseguindo externalizar o que vive para o adulto e para seus pares”, observa.
No segundo dia do Seminário, 19 (sábado), a Professora e Pesquisadora da Faculdade de Educação da UFJF Hilda Micarello ministra a palestra “Linguagem escrita na Educação Infantil e nos Anos Iniciais”, com mediação de Luciana Castro, Gerente do Departamento de Políticas de Formação da Secretaria de Educação do município de Juiz de Fora. Hilda coordena pesquisas aplicadas à avaliação educacional e escolar como especialista em linguagem e alfabetização no Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (CAED/UFJF).
Os participantes do evento, que conta com o apoio da Prefeitura de Juiz de Fora e da Editora FTD, ainda podem escolher uma das 14 oficinas oferecidas. Entre os temas, estão questões que fazem parte da rotina de uma escola de Educação Infantil e envolvem literatura, letramento, brincar e cuidar, gestão. “Todas as oficinas nasceram de uma experiência de Educação Infantil. São temas que perpassam escolas públicas ou privadas e precisam ser discutidos sempre, para que não tenhamos concepções de infância em descompasso com aquilo que o mundo nos apresenta hoje e que a própria criança traz para a escola”, explica Amanda, integrante da Comissão Organizadora do Seminário.
Um pouco de história
Historicamente, quais foram as mudanças nas compreensões acerca da Educação Infantil no mundo? O “1º Seminário do Jesuítas: Educação e Infância” responde ao questionamento sob diferentes óticas. “A Educação Infantil tem uma origem histórica de cuidado e não de trabalho visando o desenvolvimento infantil”, adianta Amanda Santos. “Historicamente tínhamos as escolas atuando com essa etapa, chamadas Pré-Primário, Jardim de Infância, e acreditava-se que a criança estava ali justamente para ser cultivada e aprender o que o adulto queria. Muitas vezes ela não era ouvida. Com os avanços das pesquisas, hoje nós temos uma Educação Infantil que contempla a criança e respeita o seu tempo para tudo que é feito na escola”, indica.
“A Educação Infantil foi constantemente negligenciada e ainda é”, comenta Professor Edelves Rosa Luna. “O Colégio dos Jesuítas entende que discutir esse assunto, a intencionalidade da Educação Infantil e seu espaço no processo de escolarização e de formação integral do estudante, é fundamental para falarmos de êxito. Sem discutir essa etapa, não é possível discutir o êxito da educação como um todo na vida do estudante”, acrescenta. “A Educação Infantil hoje não tem o objetivo de preparar a criança para o Ensino Fundamental, mas de oportunizar vivências, experiências, conhecimentos de mundo com muita atividade e dando protagonismo para a própria criança, que tem lugar de fala e pode externalizar o que vive e sente, compreendendo o mundo de maneira geral”, finaliza Amanda.