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Nota do Colégio dos Jesuítas sobre a pandemia da Covid-19 e a importância de ter fé e acreditar na ciência

 

 

Juiz de Fora, 17 de março de 2021

 

 

O Colégio dos Jesuítas solidariza-se com a dor de parentes e amigos das 282.400 pessoas que já morreram pela Covid-19 no Brasil, sendo 906 em Juiz de Fora. A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e demais entidades signatárias do Pacto pela Vida e pelo Brasil publicaram, no dia 10 de março, o documento ‘O povo não pode pagar com a própria vida!’, destacando que: “Não há tempo a perder, negacionismo mata”. (Clique aqui e leia a nota na íntegra)

 

O documento ressalta que “O Sistema Único de Saúde – SUS continua salvando vidas. No entanto, os profissionais da saúde, após um ano na linha de frente, estão à beira da exaustão. A eles, nosso reconhecimento”. O documento também traz um alerta e faz um pedido: “É hora de estancar a escalada da morte! A população brasileira necessita de vacina agora. O vírus não será dissipado com obscurantismos, discursos raivosos ou frases ofensivas. Basta de insensatez e irresponsabilidade. Além de vacina já e para todos, o Brasil precisa urgentemente que o Ministério da Saúde cumpra o seu papel, sendo indutor eficaz das políticas de saúde em nível nacional, garantindo acesso rápido aos medicamentos e testes validados pela ciência”.

 

A Escola de Saúde da Unisinos (Universidade do Vale dos Sinos), instituição ligada à Companhia de Jesus, também publicou o ‘Manifesto em favor da saúde pública e da proteção dos brasileiros e brasileiras’. No manifesto, professores e professoras, pesquisadores e pesquisadoras conclamam “Concidadãos e instâncias da sociedade civil para que, juntos, manifestemos nossa preocupação e insatisfação, exigindo respostas e ações responsáveis diante desta que se configura como a maior crise sanitária deste século”. E cobram que “os poderes constituídos, no Executivo, Legislativo e Judiciário Federal, assumam de fato suas responsabilidades e encaminhem soluções efetivas para a crise que estamos atravessando”. (Clique aqui e leia o manifesto na íntegra)

 

Voltamos nossos pensamentos para as palavras do Superior Geral da Companhia de Jesus, Pe. Arturo Sosa, SJ: “Retornar às fontes inacianas nos permitiu reler a vida de Ignácio como uma experiência de SER CUIDADO E CUIDAR. O cuidado requer processos de abertura e conversão, para nos libertarmos do clericalismo, paternalismo, individualismo e autoritarismo que se encontram em tantos contextos hoje”.

 

O Colégio dos Jesuítas também demonstra sua preocupação com os tempos que estamos vivenciando e faz um apelo para que todos façam, de fato, a sua parte e que todos possam refletir no pedido do Papa Francisco, que chama cada cristão a se preocupar com os mais necessitados e a trabalhar juntos pelo bem comum; evitando “a tentação de cuidar apenas dos próprios interesses, de se concentrar apenas no perfil econômico, de viver hedonisticamente, ou seja, buscando apenas satisfazer o próprio prazer”.

 

Que a fé possa nos guiar, e a ciência, nos fortalecer.

 

“Quanto mais universal for o bem, mais divino ele é”, Santo Inácio de Loyola