Artigos

Tempos Atuais e a Inclusão – A sociedade inclusiva

Muito tem se falado a respeito da Inclusão, principalmente nesse período de pandemia da Covid-19. Dentro do ambiente escolar, então, já imaginou?! Nesse sentido, para ser dado o primeiro passo assertivo, a comunicação do Colégio dos Jesuítas elegeu o principal item para que se pudesse ter sucesso no trabalho a ser desenvolvido nesses tempos tão diversos. O uso de mídias sociais da instituição, das ferramentas de comunicação remota foram e continuam fundamentais para que todos os profissionais envolvidos no processo educacional pudessem opinar, planejar e desenvolver a melhor forma de interação e planejamento para o educando.

Houve a necessidade emergencial de se atentar à Educação Inclusiva, que pode ser entendida como uma concepção contemporânea de ensino cujo o objetivo é garantir o direito de todos à educação, garantida de forma básica pela nossa Constituição Federal, de 1988 (Art. 206), pela Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência (Art. 24) e pela Lei 13.146, de 2015, a Lei Brasileira da Inclusão (Art. 27).

A Educação Inclusiva pressupõe a equidade de oportunidades e a valorização da diversidade humana, contemplando, assim, as pluralidades étnicas, sociais, culturais, intelectuais, físicas, sensoriais e de gênero dos seres humanos. Implica diretamente na transformação da cultura, das práticas e das políticas vigentes na escola e nos sistemas de ensino, de modo a garantir o acesso, a participação e a aprendizagem de todos, sem exceção. Para isso, precisamos transpor as barreiras ainda existentes, como as atitudinais, comunicacionais e arquitetônicas, promovendo a acessibilidade.


Nessa perspectiva, precisamos questionar se a prática pedagógica é realmente inclusiva, garantindo o direito de todos à educação, sabendo que o processo de aprendizagem de cada pessoa é singular, que convívio no ambiente escolar comum beneficia todos e, principalmente, a educação inclusiva diz respeito a todos nós, não apenas a um núcleo específico. Além disso, a comunidade educativa, os especialistas, os educandos e as respectivas famílias participam em conjunto do processo educacional e isso é fundamental.

O legado de tantos anos de discriminação, exclusão, segregação e violência forjaram a sociedade em que vivemos hoje, histórica e estruturalmente capacitista. Se queremos uma sociedade anticapacitista, é preciso aprender a respeito de justiça, alteridade, valorização das diversidades como parte crucial do processo de humanização.

A Educação Inclusiva veio para nos desafiar, nos mostrar a potencialidade e promover o empoderamento de cada estudante, promovendo o protagonismo estudantil, pedindo mudanças na forma de ensinar, pensando numa educação para todos, principalmente nos tempos atuais.

Por Melissa Martins
Agente na Formação Cristã