Autocuidado e Espiritualidade

 

O autocuidado pode interferir diretamente em nossa qualidade de vida, melhorando a nossa saúde nos aspectos físico, mental e espiritual. Essa prática deve estar entre as nossas prioridades, sobretudo nos tempos em que vivemos, de incertezas e desgaste emocional, causados, além de outros motivos, pela pandemia do Covid-19.

 

Autocuidado significa dar atenção às próprias necessidades, buscando compreender o que é imprescindível ao corpo e à mente, uma vez que, ao desenvolver bons hábitos, as pessoas são capazes de potencializar suas habilidades visando diminuir o estresse causado pelo dia a dia e lidar com os desafios com mais leveza. Destacaremos, a seguir, alguns tipos de autocuidado.

 

O autocuidado físico pressupõe práticas de cuidado com o corpo, o que inclui uma boa alimentação, busca por qualidade do sono e a constância ao se exercitar com atividades físicas.

 

Já o mental e emocional implica investir no autoconhecimento, para compreender os próprios sentimentos e pensamentos, praticar o autoperdão e estabelecer limites nos laços sociais. Com isso, buscamos momentos de lazer, fazendo aquilo que nos faz feliz. Desafie-se e descubra novos prazeres!

 

Já o autocuidado espiritual é aquele que nos oportuniza uma ligação com o nosso interior, nossa alma e com aquilo que é sagrado para nós. Isso pode ser feito por meio de orações ou outras práticas que proporcionem a transcendência, como a meditação, reflexões, símbolos e/ou crenças que façam o papel de “facilitar” o encontro com o Sagrado.

 

Assim, para que consigamos ter equilíbrio em todas as áreas de nossa vida, o cuidado interior exerce um papel fundamental, uma vez que é um caminho possível para ressignificar experiências e redimensionar memórias, fazendo reflexões propositivas. Em nosso cotidiano, muitas vezes, o “cuidar de si” se torna um desafio, pois, entre as prioridades, nos deixamos em segundo plano. No Cristianismo, o comprometimento com o autocuidado e com os outros é uma resposta de fé, tendo em vista que o mandamento maior é “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.

 

Portanto, é comum que, entre os momentos de vivência da fé, as pessoas se comprometam a cuidar mais de sua saúde, e, em consequência, sentem-se em maior harmonia consigo mesmas e até com os outros. E você, tem cuidado de si?

 

 

 

 

Referência bibliográfica:
MELO, Cynthia de Freitas et al. Correlação entre religiosidade, espiritualidade e qualidade de vida: uma revisão de literatura. Estud. Pesqui. Psicol.., Rio de Janiero, v. 15, n. 2, p. 447-464, jul 2015.

 

Por Anna Carolina Santos Reis Dalamura

Professora

Alimentação e aprendizagem: uma relação prática entre conscientização e comprometimento

Entre os dias 18 e 21 de maio, os estudantes do 8º ano do Ensino Fundamental II/Unidade III, receberam a visita de nossa antiga estudante Erika Santos, que atualmente está concluindo o curso de Nutrição/UFJF. A atividade integrou as reflexões da disciplina Estudos Dirigidos, ministrada pela profª. Daniela Bigonha, e envolveu ainda os professores de Educação Física, Débora e Tidinho. Relacionando os temas Aprendizagem e Nutrição, os professores instigaram os estudantes a observar seus hábitos alimentares, na relação com a organização das atividades escolares, questionando costumes tão presentes entre eles, como o hábito de “pular” refeições, não tomar o café da manhã, consumir apenas alimentos industrializados, preferir os ultraprocessados, entre tantas outras escolhas que são frequentes em nossa cultura.

 

Erika abordou com leveza a relação existente entre a alimentação e o desempenho cognitivo. Segundo a acadêmica do 10º período de Nutrição, “é importante levar aos adolescentes essas informações, apresentando a eles a possibilidade de fazer escolhas saudáveis, em detrimento das mais comuns. É nessa fase que muitos hábitos são criados e abordar a Alimentação dentro do contexto e interesse deles é uma estratégia de conscientização. ” Através de uma exposição organizada especialmente para estimular nossos estudantes, ela apresentou os fatores que prejudicam, como o consumo exagerado de alimentos processados e respondeu aos questionamentos dos estudantes, além de esclarecer dúvidas e desconstruir alguns mitos tão presentes entre os adolescentes.

 

 

Em nossa sociedade, são bastante comuns os “conflitos” com a Alimentação, seja por estarem relacionados à imagem pessoal, ou ainda, pela preocupação excessiva com a rotina de estudos. Muitos adolescentes consomem de modo excessivo os estimulantes, como o café, ou ainda adotam as restrições alimentares em função de padrões únicos e inflexíveis de beleza. Desse modo, a alimentação deixa de ser um componente “natural” e passa a ser atravessada por culpa, medo, vergonha. Atividades como essa, realizada pelos professores do 8º ano, são oportunidades para os adolescentes conversarem com seus familiares, levando até eles suas preocupações. Nesse sentido, é também um bom momento para que os educadores e responsáveis observem se há algum comportamento que necessite de orientação por apresentar risco aos estudantes.

 

Todas essas questões se tornam ainda mais relevantes numa data como a de hoje, em função do Dia Mundial de Alerta para os Transtornos Alimentares. Esse conjunto amplo de doenças (Anorexia, Bulimia, Compulsão Alimentar, Vigorexia, entre outros) é grave e relaciona-se a atitudes inadequadas e/ou comportamentos disfuncionais cujo objetivo é regular o peso/imagem corporal, porém lançando mão de métodos não-saudáveis. Em resposta ao aumento da presença desses transtornos, a data foi criada em 2015 pela NEDA (National Eating Disorders Association) – maior organização sem fins lucrativos que envolve profissionais dedicados ao cuidado de indivíduos e famílias afetados por transtornos alimentares, e, desde então, a campanha vem sendo apoiada por diversas associações para promoção da saúde. Através da divulgação de conteúdos relacionados a essa temática, podemos mobilizar discussões e favorecer a identificação e as intervenções precoces nos casos de transtornos alimentares.

 

Para uma escola como a nossa, divulgar campanhas como essa, vai ao encontro de nossa missão, que indica a formação de cidadãos conscientes, competentes, compassivos e comprometidos. Para que esses princípios se efetivem, é necessário nosso envolvimento em ações desse tipo, nesse caso específico, promovendo a conscientização sobre os complexos transtornos alimentares que resultam da interação entre genética, biologia e o meio ambiente, e, portanto, relacionam-se às vivências cotidianas de nossos estudantes e podem estar mais próximos do que percebemos. Para que você possa se inteirar sobre o tema, seguem as indicações de alguns sites de associações envolvidas nas atividades de Alerta Contra os Transtornos Alimentares. Compartilhamos também imagens da participação da Erika nas aulas e depoimentos de estudantes dessa série.

 

 

 

 

A estudante Elisa de Souza Facio, do 8º ano/Fundamental, destacou que os alimentos ultraprocessados não são benéficos para a concentração.

 

 

A estudante Marcela Rodrigues Oliveira, do 8º ano/Fundamental, também aprovou a palestra.

 

 

O estudante João Pedro Silveira Fortes, do 8º ano/Fundamental, ressaltou que a alimentação deve ser variada e elogiou a atividade.

 

 

Por Raphaela Souza dos Santos

Assessora na Formação Cristã