Atividades físicas e cuidado em família

 

Lendo os sinais dos tempos, deparamo-nos com uma sociedade extremamente acelerada pela rotina de trabalho e estudo, causando, muitas vezes, cansaço, estresse e ansiedade. Além disso, estamos inseridos em um mundo cada vez mais conectado e inundado de inovações tecnológicas, que estão presentes em várias atividades diárias, inclusive no lazer. Diante desse contexto, o discurso, geralmente, caminha para o da falta de tempo ou do cansaço, no que diz respeito à prática de atividades físicas.

 

Voltando nosso olhar para o cuidado com nossa saúde física e mental, as atividades físicas podem proporcionar diversos benefícios que vão auxiliar desde atividades simples do cotidiano, até a profilaxia de doenças. Ou seja, praticar atividades físicas regularmente promove o desenvolvimento das capacidades físicas, estimula o sistema imunológico, influencia os processos cognitivos e anímicos, bem como é uma ótima ferramenta de socialização. Sendo assim, é importante separarmos um momento em nossa agenda para destinar ao cuidado com nosso corpo e nossa mente.

 

Além de uma prática regular de atividades físicas, existem inúmeras maneiras de colocarmos nosso corpo em movimento, tais como: passeio de bicicleta, caminhada, prática de algum esporte ou luta, brincadeiras etc., e o mais importante é que tais atividades podem ser realizadas em família. Diante da pandemia causada pela covid-19, uma das lições que ficam do distanciamento social físico é que podemos adaptar as atividades dentro da realidade de cada pessoa e de cada família, no que diz respeito ao espaço, ao material e aos limites de cada um. Na perspectiva do cuidado em família, praticar atividades físicas com alguém do nosso convívio pode ser muito mais motivante e prazeroso, proporcionando momentos de alegria e gerando uma cumplicidade na busca por uma vida mais saudável.

 

Portanto, aqui fica um desafio: se você já faz alguma atividade física de forma regular, convide alguém de sua família para lhe acompanhar e compartilhe os benefícios que a prática tem trazido para seu corpo e sua mente. E caso você ainda não tenha começado, que tal dar o primeiro passo? Nunca é tarde para desenvolver hábitos saudáveis!

 

Por Arhur Rodrigues do Amaral Castellões

Coordenador da Escola de Esportes

Autocuidado e Espiritualidade

 

O autocuidado pode interferir diretamente em nossa qualidade de vida, melhorando a nossa saúde nos aspectos físico, mental e espiritual. Essa prática deve estar entre as nossas prioridades, sobretudo nos tempos em que vivemos, de incertezas e desgaste emocional, causados, além de outros motivos, pela pandemia do Covid-19.

 

Autocuidado significa dar atenção às próprias necessidades, buscando compreender o que é imprescindível ao corpo e à mente, uma vez que, ao desenvolver bons hábitos, as pessoas são capazes de potencializar suas habilidades visando diminuir o estresse causado pelo dia a dia e lidar com os desafios com mais leveza. Destacaremos, a seguir, alguns tipos de autocuidado.

 

O autocuidado físico pressupõe práticas de cuidado com o corpo, o que inclui uma boa alimentação, busca por qualidade do sono e a constância ao se exercitar com atividades físicas.

 

Já o mental e emocional implica investir no autoconhecimento, para compreender os próprios sentimentos e pensamentos, praticar o autoperdão e estabelecer limites nos laços sociais. Com isso, buscamos momentos de lazer, fazendo aquilo que nos faz feliz. Desafie-se e descubra novos prazeres!

 

Já o autocuidado espiritual é aquele que nos oportuniza uma ligação com o nosso interior, nossa alma e com aquilo que é sagrado para nós. Isso pode ser feito por meio de orações ou outras práticas que proporcionem a transcendência, como a meditação, reflexões, símbolos e/ou crenças que façam o papel de “facilitar” o encontro com o Sagrado.

 

Assim, para que consigamos ter equilíbrio em todas as áreas de nossa vida, o cuidado interior exerce um papel fundamental, uma vez que é um caminho possível para ressignificar experiências e redimensionar memórias, fazendo reflexões propositivas. Em nosso cotidiano, muitas vezes, o “cuidar de si” se torna um desafio, pois, entre as prioridades, nos deixamos em segundo plano. No Cristianismo, o comprometimento com o autocuidado e com os outros é uma resposta de fé, tendo em vista que o mandamento maior é “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.

 

Portanto, é comum que, entre os momentos de vivência da fé, as pessoas se comprometam a cuidar mais de sua saúde, e, em consequência, sentem-se em maior harmonia consigo mesmas e até com os outros. E você, tem cuidado de si?

 

 

 

 

Referência bibliográfica:
MELO, Cynthia de Freitas et al. Correlação entre religiosidade, espiritualidade e qualidade de vida: uma revisão de literatura. Estud. Pesqui. Psicol.., Rio de Janiero, v. 15, n. 2, p. 447-464, jul 2015.

 

Por Anna Carolina Santos Reis Dalamura

Professora