Campanha da Fraternidade 2022: Educação é o tema central

 

A Campanha da Fraternidade 2022 terá a educação como tópico central. “Fraternidade e Educação” será o tema oficial da campanha, que contará com o lema “Fala com sabedoria, ensina com amor” (Pr 31, 26). A CF é organizada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e terá início na abertura da Quaresma, dia 2 de março, Quarta-Feira de Cinzas.

 

A proposta, nesta edição da Campanha da Fraternidade, é promover um diálogo sobre a educação, à luz da fé cristã, além de propor caminhos em direção a um humanismo total e solidário. Outro objetivo da Campanha é criar um clima de reflexão sobre o papel da família, da comunidade de fé e de toda a sociedade no processo educativo, em colaboração com as instituições de ensino.

 

A dignidade humana e o cuidado com o planeta Terra, nossa Casa Comum, também são prioridade, por meio do debate em torno de propostas educativas que promovam esses valores.

 

Em um momento em que os desafios em torno da educação se tornaram ainda mais profundos, com a pandemia da covid-19, a ideia é olhar para o tema de forma integral.

 

Cartaz da Campanha mostra Jesus Educador
O cartaz da Campanha da Fraternidade representa uma passagem da Bíblia Sagrada. A ilustração mostra uma mulher que foi flagrada em adultério, prestes a ser punida com o apedrejamento. Cristo aproxima-se da mulher e escreve na terra um ensinamento para ela. O conteúdo da mensagem escrita é desconhecido. Ao final, Jesus disse à mulher: “Vá e não peques mais”. O autor da imagem retirou as palavras “amor e sabedoria” do lema da Campanha: “Fala com sabedoria, ensina com amor” (Pr 31, 26).

 

Essa é a terceira vez em que a educação é tema de uma Campanha da Fraternidade. As outras ocasiões foram em 1982 e 1998, nas quais os lemas eram “A verdade vos libertará” e “A serviço da vida e da esperança” respectivamente. A CF é realizada anualmente desde 1964.

 

Confira outras informações sobre a Campanha da Fraternidade 2022 no hotsite hospedado no portal da CNBB.

Estudante do Colégio dos Jesuítas vence competição nacional com projeto de app para o tratamento de paralisia facial

 

A equipe da estudante recém-formada no Colégio dos Jesuítas Mirella Diniz Wunderlich foi a campeã na Olimpíada do Futuro – Sapientia. O grupo apresentou a proposta do aplicativo Sorria!, destinado ao tratamento de pessoas com paralisia facial, de forma democrática e acessível. Em 06 de dezembro, Mirella foi até Brasília para receber a medalha de ouro das mãos do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, em evento da 18º Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). Na ocasião, os ganhadores de Olimpíadas Científicas receberam as medalhas e os certificados.

 

Convidada a falar sobre a iniciativa, Mirella relembrou que a ideia de criar o aplicativo nasceu a partir de uma história pessoal: a mãe e o pai da jovem tiveram episódios de paralisia facial, após passarem por cirurgias para a retirada de glândulas salivares, em 2012 e 2017, respectivamente. Na Olimpíada, a estudante teve a oportunidade de colocar em prática a vontade de criar um projeto de impacto social direcionado a ajudar pessoas que passam pelo mesmo problema que seus pais tiveram.

 

“Hoje em dia não existe uma solução viável, de baixo custo, de fácil acesso. É um tratamento muito difícil, é muito complicado. Então esse nosso projeto dentro da Sapientia, surge com essa vontade de trazer um impacto social, aliado a experiências pessoais que tivemos”, conta.

 

A estudante espera que o bom resultado alcançado por ela e seu grupo possa servir de inspiração para outros jovens se engajarem e criarem novos projetos que resultem em benefícios para a sociedade. Por fim, Mirella ressaltou que “é uma honra enorme, tanto como brasileira, quanto como menina, mulher, estar aqui representando esse conceito e esse valor, tanto para minha escola, quanto para o meu estado e o meu país.”

 

Confira a cerimônia na 18ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia:

 

Inteligência artificial e parcerias para aumentar o alcance 

Pela proposta do app Sorria!, o paciente poderá fazer exercícios direcionados a cada estágio e tipo de paralisia, por meio do acompanhamento de vídeos instrutivos com profissionais especializados, como fisioterapeutas faciais. O algoritmo de inteligência artificial será responsável por corrigir os movimentos feitos pelos usuários, por meio da tecnologia de reconhecimento facial. Cada paciente terá um cronograma personalizado. O aplicativo terá também um sistema de recompensa para estimular a continuidade e a frequência diária de exercícios.

 

Segundo a estudante Mirella Wunderlich, um dos pilares do projeto é o acesso democrático ao aplicativo. “A gente tem como meta o acesso a baixo custo, dessa forma, todo o acesso primário ao aplicativo será gratuito. Como forma de monetização, contamos, principalmente, com propagandas e compras dentro do app. Então o usuário poderá ter, por exemplo, um upgrade dentro do aplicativo, de acordo com sua vontade. Mas o uso primário é completamente gratuito”, conta a estudante, que também prevê parcerias com hospitais, seguros e planos de saúde, com o objetivo de levar o serviço a mais pacientes e gerar viabilidade financeira para a empreitada.

 

A parte da “modelagem financeira” foi uma das partes da proposta a receberem elogios na fase final. Segundo Mirella, os jurados “falaram que nossa apresentação do projeto era quase um plano de negócios, que estava muito bem estruturada. Eles elogiaram muito a nossa conexão pessoal com o problema e a atenção que a gente deu para uma questão que normalmente não é abordada, passa muito despercebida.”

 

Além de Mirella Wunderlich, a equipe vencedora teve outros quatro membros, residentes em Belo Horizonte, Fortaleza, São Paulo e São José dos Campos (SP). Mirella ocupou a função de Chief Tecnology Officer (CTO), ou seja, foi a diretora técnica da equipe.

 

Série de títulos 

A possibilidade de participar da Olimpíada do Futuro surgiu para Mirella e para os outros integrantes de seu grupo, após os resultados positivos conquistados pelos estudantes na edição 2021 da Olimpíada Brasileira de Economia (OBECON). Nesta competição, a jovem foi medalhista de prata e a representante do sexo feminino com o melhor desempenho, o que lhe rendeu um outro título, o de “Menina Olímpica”. O desempenho de Mirella na OBECON foi destacado pelo Diretor do Departamento de Promoção e Difusão da Ciência, Tecnologia e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Daniel Lavouras, no evento de entrega das medalhas realizado em Brasília.

 

Mirella Wunderlich também já foi 1º lugar na América Latina na Tiger Global Case Competition (TGCC), certame de empreendedorismo internacional on-line entre jovens de 13 e 18 anos, e teve o Melhor Business Case da IEO Open Track, uma versão da Olimpíada Internacional de Economia.

 

Confira o site do aplicativo Sorria! e o vídeo oficial de apresentação:

Estudante vencedora na Olimpíada do Futuro visita prefeita de Juiz de Fora

 

A estudante recém-formada no Colégio dos Jesuítas Mirella Diniz Wunderlich visitou a prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão na tarde dessa sexta-feira (17). O assunto principal do encontro foi a conquista de Mirella e de sua equipe na Olimpíada do Futuro – Sapientia. Para o concurso, que reuniu estudantes do Brasil e do exterior, o grupo desenvolveu a proposta do aplicativo Sorria!, destinado ao tratamento de pessoas com paralisia facial, de forma acessível e democrática. Junto com a jovem, estava um de seus parceiros de equipe, o estudante Matheus Melo, de Belo Horizonte. A conversa aconteceu na sede da Prefeitura de Juiz de Fora.

 

A antiga estudante contou como foi o desenvolvimento da proposta do app, a partir da afinidade dos integrantes de sua equipe com a tecnologia. Além de Mirella e de Matheus, o grupo é formado por outros três jovens, residentes nas cidades de Fortaleza, São Paulo e São José dos Campos (SP). Toda a equipe foi convidada a participar da Sapientia após ter obtido bons resultados na Olimpíada Brasileira de Economia (OBECON). Nessa competição, Mirella Wunderlich obteve a medalha de prata e o título de “Menina Olímpica”, por ter conseguido o melhor resultado feminino do certame.

 

 

Durante o encontro com a prefeita, Mirella também relembrou a sua conexão familiar com o tema da paralisia facial. Tanto a mãe quanto o pai da jovem tiveram episódios de paralisia facial nos anos de 2012 e 2017, respectivamente, após passarem por cirurgias para a retirada de glândulas salivares. Essas experiências motivaram Mirella a desenvolver algum projeto em prol das pessoas com a doença, oportunidade que surgiu através da participação na Olimpíada do Futuro. Na competição, os participantes precisam criar projetos de impacto social.

 

A prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão, cumprimentou os jovens pela conquista. Para a chefe do Executivo Municipal, o resultado alcançado pela estudante juiz-forana é um motivo de “muito orgulho” para a cidade: “E eu na condição de prefeita fiz questão de dizer isso a eles diretamente. Essa é uma grande vocação da cidade, encontrar duas pessoas tão talentosas, criativas, empenhadas, sensíveis à questão social é realmente um alento para nós”, afirmou a prefeita.

 

“Seu Imposto de Renda pode ser Educação e Esperança”: Saiba como ajudar instituição que integra o braço social da Companhia de Jesus

 

Está em circulação a campanha “Seu Imposto de Renda pode ser Educação e Esperança”, para arrecadar doações a partir do IR de pessoas físicas, essas quantias serão destinadas para a Fundação Fé e Alegria. A instituição tem o compromisso de levar promoção social e educação integral a crianças, adolescentes e adultos em situação de vulnerabilidade social. A doação realizada poderá ser descontada posteriormente no IR (até 6% do imposto devido).

 

Com 40 anos de atividades em solo brasileiro, a Fundação Fé e Alegria é um movimento integrante da Federação Internacional de Fé e Alegria e da Companhia de Jesus. A Fundação está presente em 14 estados do Brasil, assistindo a oito mil pessoas.

 

Dois projetos sociais do Fé e Alegria localizados nas cidades mineiras de Santa Luzia e Montes Claros, além de outro, na cidade de São Paulo, estão aptos a participarem da campanha. Apenas iniciativas aprovadas pelos órgãos competentes podem receber a doação do IR. É preciso comprovar a capacidade técnica e ter uma gestão transparente.

 

Como doar?

Para fazer a sua doação, é necessário acessar o site oficial da campanha. Lá, o usuário pode conhecer e selecionar os projetos que quiser apoiar e fazer a simulação do Imposto de Renda. A simulação serve para a pessoa descobrir se pode usar o próprio IR e qual o seu potencial de doação. Após o resultado da simulação, o doador pode escolher a forma de pagamento mais conveniente – pix, cartão de crédito ou boleto bancário. A doação pelo pix poderá ser feita até o dia 28 de dezembro. Já as doações em cartão de crédito e boleto bancário poderão ser feitas até 27 de dezembro.

 

Quem efetuar a doação receberá um recibo a partir de janeiro de 2022, junto com um informe de doações com as devidas instruções para declarar a quantia destinada à campanha. Depois, a pessoa precisa apenas esperar o retorno do valor da doação, através de restituição do total pago ou de redução do saldo a pagar do Imposto de Renda.

 

No campo de doação, também é possível realizar uma doação direta à Fundação Fé e Alegria do Brasil. Assista ao vídeo da campanha para obter outras informações.

 

Semana especial: Ano letivo 2021 finalizado com emoção e alegria

 

A última semana de aulas do ano de 2021 no Colégio dos Jesuítas, entre os dias 6 e 10 de dezembro, foi repleta de episódios especiais e de despedidas neste período de encerramento do ano letivo. Foram momentos de solidariedade e cuidado com o irmão, fé, devoção e de renovar a esperança para o próximo ano.

 

A quarta-feira (08) foi marcada pelos festejos pelo Dia de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, padroeira do Colégio. Durante a tarde, as crianças e os estudantes da Unidade I (turmas do Maternal III ao 2º ano do Ensino Fundamental) e colaboradores dos corpos docente e administrativo participaram de um momento de fé e devoção realizado no ginásio poliesportivo do Colégio.

 

As crianças e os estudantes depositaram flores e outros presentes aos pés da imagem da Imaculada Conceição, que foi conduzida até o altar especialmente posicionado no ginásio.

 

 

O Diretor Acadêmico, Pe. José Robson Silva Sousa, SJ, fez uma oração especial junto a todos os presentes.

 

Durante a noite, uma Celebração Eucarística reuniu os colaboradores do Colégio. Foram celebradas a nova Missão formativa do atual Diretor Acadêmico, Pe. José Robson Silva Sousa, SJ; a nova Missão de gestão estratégica do futuro Diretor Acadêmico, Professor Welerson Spada e a nova Missão de gestão da Professora Josiane de Souza Paiva, como futura Coordenadora da Unidade III.

 

Na missa, o Pe. Robson agradeceu à toda a comunidade educativa pelo carinho e cuidado. Ele também fez seus agradecimentos em nome da Companhia de Jesus e destacou que o seu coração de pastor foi formado na comunidade do Colégio dos Jesuítas.

 

O Diretor Geral, Professor Edelves Rosa Luna, agradeceu ao Pe. Robson pelos seus anos na comunidade e estendeu seus agradecimentos aos colaboradores, que foram qualificados como uma comunidade “vocacionada” em seu trabalho. O Diretor Geral também destacou que 2021 foi um ano de muito trabalho e ressaltou que a transição na área de gestão do Colégio acontecerá de forma tranquila e serena, com continuidade dos processos.

 

 

A cerimônia foi finalizada com um momento marcado pela emoção: o InaciArtes, grupo artístico do Colégio, rendeu uma homenagem especial ao Pe. José Robson Sousa Silva, SJ.

 

Natal de solidariedade e cuidado com o próximo

Na terça-feira (07), a chegada do Papai Noel ao Colégio reuniu as crianças e os estudantes da Unidade I em mais um momento de solidariedade. As famílias foram convidadas a providenciarem presentes (devidamente embrulhados e identificados) para os jovens doarem ao Bom Velhinho.

 

 

Os presentes serão destinados a instituições apadrinhadas pelo Colégio. O objetivo da festa foi celebrar o grande aniversariante da data, que é Jesus Cristo, e seus ensinamentos de amor ao próximo e de cuidado com o outro.

 

Confraternização e despedida da 3ª série do Ensino Médio

Os(as) estudantes da 3ª série do Ensino Médio estão dando adeus ao ano de 2021 e, também, ao Colégio dos Jesuítas, já que estão no último estágio da Educação Básica.

 

 

Para celebrar este momento, a semana especial contou, ainda, com atividades especialmente planejadas para as turmas do chamado “Terceirão”. Entre os dias 7 e 10 de dezembro, os(as) jovens realizaram atividades recreativas especiais, com brincadeiras e dinâmicas esportivas na piscina e nas quadras. Além disso, na manhã de sexta-feira (10) aconteceu a tradicional despedida da 3ª série/EM, com muita música, batuque e confetes para celebrar o fim de uma etapa fundamental, a da formação escolar e humanística do Colégio dos Jesuítas.

 

 

 

Os usos políticos do passado e os porquês de estudar História

 

A História não está pronta, ela não é fixa, pois não existe uma verdade absoluta, uma vez que sofre uma reescrita constante. A História é uma disciplina que procura responder às principais perguntas do presente e, nessa conjuntura, são extremamente relevantes os diversos olhares para o passado que abrem os espaços de lutas de memória. É nesse sentido que, para o nosso início de conversa, destaco um ponto de partida essencial de que o passado é tão misterioso quanto o futuro. As narrativas construídas dependem das apropriações que foram feitas e dos interesses dos sujeitos históricos em seus diversos tempos e espaços. Percorreremos aqui o caminho de alertar a todos e todas sobre os usos políticos do passado para depois mergulharmos mais fortemente sobre os motivos essenciais de estudarmos História.

 

 

Os usos políticos do passado devem ser avaliados, porque não existe neutralidade científica, já que os atores sociais interpretam o passado de acordo com os seus propósitos. É preciso ter esse cuidado ao revisitar as memórias, que, na maior parte das vezes, são marcadas por lembranças e esquecimentos. Nessa linha de raciocínio, costuma-se exaltar aquilo que é mais conveniente no jogo de interesses e apaga-se o que se elegeu que não deve ser lembrado.

 

 

Uma das formas de aprofundarmos o conhecimento histórico é a interdisciplinaridade. Estudar História tem mais sentido quando o conhecimento é interconectado, formando uma teia de possibilidades de relações entre os elementos pesquisados. Como dissera Marc Bloch, é essencial estudar a história dos homens no tempo, e não apenas de fatos estanques e impermeáveis. Nesse aspecto, é importante lembrar como se relaciona a história ao homem e ao tempo e como visualizam os seus ídolos, e o que se entende por passado e presente. A partir daí, poderemos perceber melhor as apropriações políticas do passado.

 

 

Uma maneira interessante de estudar História consiste em legitimar vozes que não foram ouvidas. É reconhecer que a História também é vista de baixo, porque ajuda a convencer aqueles de nós nascidos, sem colheres de prata, de que viemos de algum lugar. É justamente nesses lugares onde as identidades foram escondidas que poderemos escavar a busca de outras narrativas que ainda não conhecemos, inclusive de pessoas comuns, que quase sempre foram relegadas pela História dita oficial e supostamente portadora da verdade.

 

 

Portanto, mergulhando mais profundamente na pergunta essencial aqui “Por que estudar História?”, reitero a importância de não só olhar, porém reparar com detalhes a realidade, decodificar os problemas que o mundo nos mostra e apresentar alternativas, que não proclamem o fim da História, mas uma eterna possibilidade de criação e reconstrução de trilhas, as quais possam levar os homens a vislumbrarem formas de admirarem os diversos projetos de vida.

 

 

Estudar História é se debruçar sobre as questões de cidadania e inclusão social, é pensar na alteridade e empatia para a construção de um mundo melhor. Nesse sentido, torna-se evidente, na contemporaneidade, a importância da História para garantir a permanência de conquistas sociais como democracia, direitos humanos e respeito às minorias. A História nos possibilita compreender melhor o papel do homem enquanto animal político, um ser dotado de inclinações culturais e sociais, que ultrapassam o individualismo.

 

 

De forma geral, a História nos faz construir o conhecimento e produzir ações de cidadania capazes de transformar as vidas humanas nos seus reconhecimentos de estórias, legitimidade de narrativas e de lugares de fala dando vozes àqueles que foram pouco escutados ao longo do tempo, reescrevendo trajetos e possibilidades novas.

 

Bibliografia:

BURKE, Peter. A escrita da História, novas perspectivas. São Paulo. Editora da Universidade Estadual Paulista, 1992.

 

 

______. A Escola dos Annales: 1929-1989. A Revolução Francesa da historiografia. São Paulo: Editora Unesp, 1997.

 

 

WHITE, Hayden. O fardo da história. In:_. Trópicos do discurso: ensaios sobre a crítica da cultura. São Paulo: Edusp, 1994.

 

 

https://www.cafehistoria.com.br/o-que-sao-usos-politicos-do-passado/.

 

Por Leandro de Almeida Silva
Professor

Francisco Xavier: o influencer do Oriente

 

“Talvez nenhum cristão tenha percorrido tantos quilômetros para anunciar o Evangelho de Jesus Cristo como fez Francisco Xavier, o santo padroeiro das Missões.” (Coleção Jesuítas, Volume 2)

 

Dom Francisco de Jaso e Javier nasceu no dia 07 de abril de 1506, em Navarra, Espanha. Foi o sétimo filho da família dos senhores de Javier e viveu sua infância e adolescência entre os castelos e as cortes, a mudança de privilégios e territórios, a perda do pai e a partida dos irmãos para a guerra. Um início de vida em um ambiente de tumulto e alguns conflitos.

 

Estudou na Universidade de Paris e destacou-se nas ciências, tornando-se professor e ocupando cátedras importantes para o seu tempo. Conheceu grandes homens e mulheres, inteligentes e sábios, mestres e doutores, porém nenhum como aquele que transformaria sua vida por completo. Um espanhol ligeiramente coxo que também tinha sido nobre, mas que, em Paris, precisava mendigar para sobreviver e pagar seu alojamento. Alguém que lutou contra os irmãos dele na guerra e que, ao seu ver, era um fracassado. Esse espanhol era Inácio de Loyola.

 

Esse encontro transformaria o seu horizonte. De mendigo, Inácio passou a ser o seu grande amigo, e Francisco, após a experiência de realizar os Exercícios Espirituais com ele, conseguiu enxergar o sentido profundo de sua existência. Ele conseguiu se enxergar de frente para Jesus, discernindo que nenhuma outra ambição ocuparia sua vida, a não ser a do anúncio do Evangelho.

 

O seu ardor missionário nasce meio que por acidente, pois um jesuíta que partiria para a Índia adoeceu, levando Xavier a se aventurar nessa região e se tornar o grande influencer do Oriente, como poderíamos chamá-lo em nossos dias. Após professar os votos na Companhia de Jesus, partiu para nunca mais retornar a Roma.

 

De 15 anos de sacerdote, 11 os passou no Oriente. Foi para Portugal; partiu rumo à Índia, onde atuou em Goa, seguiu para a costa da Pescaria e Cabo de Comorim. Partiu em missão para as Ilhas do Pacífico, Málaca, Amboíno, Ternate, Ilhas Moro (hoje Malásia e Indonésia). Também realizou um amplo trabalho missionário no Japão, mais especificamente nas regiões de Kagochima, Hirado, Yamaguchi e Kioto. Morreu exausto olhando para a China na madrugada do dia 03 de dezembro de 1552, tendo no pensamento e no coração a certeza de que lá também conheceriam a mensagem de um Deus bom, que está próximo de todos sem distinção.

 

Hoje destacamos em Francisco Xavier a sua incansável capacidade de ir e anunciar a mensagem do Reino de Deus. Sendo filho do seu tempo e desde sua realidade, ele utilizou todos os meios de sua época para chegar a novas pessoas, novos lugares, pensamentos, culturas, idiomas. Traduziu catecismos, pediu ajuda de amigos para falar línguas novas, atravessou mares de navio para chegar até a ilha mais afastada, escrevia cartas, batizava multidões e tudo com um só objetivo: anunciar a pessoa que transformou a sua própria vida, Jesus.

 

Será que se ele tivesse vivido em nosso tempo, ele não seria um grande influencer digital? Ele não aprenderia as novas formas de expressão para chegar a mais pessoas? Não teria milhares de seguidores e um canal de destaque nas redes sociais? Não é esse espaço nossa terra atual de missão? Seria um rosto popular? Qual seria a sua intenção? Qual a sua verdadeira ambição?

 

Sem dúvida, anunciar uma mensagem de amor que alcança a todos os seres humanos, desfazendo as fronteiras, quebrando as ideologias, construindo o diálogo, promovendo a justiça e dando conforto ao coração. Uma mensagem que incentivaria o cuidado com a Casa Comum, tornando-nos mais irmãos e evidenciando que o Reino de Deus, que também é nosso, vale todo o cansaço, fadiga e entrega para ser anunciado.

 

Que o grande influencer do Oriente nos conceda a graça de anunciar um Deus vivo no meio de nós, tão atual e cativante que nos fortalece no diálogo e na tolerância, capaz de se comunicar utilizando todos os meios, sem invadir, sem limitar, libertando-nos e levando-nos a ser a melhor versão de nós mesmos. Um Deus sempre on-line!

 

Por Fernando Damián Cruz López

Agente de Pastoral – Colégio São Francisco Xavier – SP (integrante da Rede Jesuíta de Educação)

Nossa Senhora das Graças, rogai por nós!

 

O anjo Gabriel saudou a Maria: “Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está contigo” (Lc 1, 26-38). A ela foi dada a maior benção de todas, ser a mãe do filho de Deus, Jesus. A essa missão que lhe foi confiada, a jovem disse sim, e, ao aceitar o Verbo Divino em seu ventre, Maria aceita a humanidade também, torna-se mãe de todos nós e se compadece da cruz que cada homem e mulher carrega.

 

É no colo dessa mãe que encontramos consolo, é o seu olhar piedoso que nos acompanha em nossas lutas diárias e é em seu sagrado coração que encontramos a paz.

 

No dia 27 de novembro, celebra-se o dia de Nossa Senhora das Graças, uma manifestação da Santíssima Virgem na França, em 1830, à Santa Catarina Labouré, quando ainda era uma noviça.

 

Nesta aparição, Maria oferece à humanidade o seu dom de acolher os pedidos dos necessitados e alcançar a graça de atendê-los, através da sua interseção junto a Deus Pai. “Oh, Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós!”, assim ela nos pede para a ela nos dirigirmos nos momentos em que precisarmos de sua mão para prosseguir a caminhada, de seu colo para o descanso da dor, de seu olhar piedoso para as nossas fraquezas e de seu coração amantíssimo para restaurar em nós o amor a Deus.

 

“Maria passa na frente,
Pisa na cabeça da serpente,
Intercede junto a Jesus,
Que a Cruz Sagrada seja a minha luz”.
(Padre Marcelo Rossi)

 

Não por acaso, Maria pediu a Santa Catarina que assim fosse retratada em sua medalha: De um lado, suas mãos estendidas espalhando suas bençãos sobre o mundo e seus delicados pés esmagando a cabeça da serpente do mal, do outro, a cruz acompanhada de Seu Sagrado Coração e do Coração de Jesus. Nesta simbologia, está o seu propósito, proteger-nos do mal, relembrar-nos da graça de termos nosso pecado original perdoado pelo sacrifício de Jesus e nos dar a benção de, através da fé, alcançarmos a graça de Deus.

 

Neste momento em que vivemos, quando a humanidade encontra-se em busca de soluções para um mundo repartido, assolado pela dor de uma pandemia e de tantas perdas, Nossa Senhora das Graças, rogai por nós e nos console!

 

“Se eu curvar meu corpo na dor
Me alivia o peso da cruz
Interceda por mim, minha mãe, junto a Jesus”
(Roberto Carlos)

 

Que essa devoção a Nossa Senhora das Graças, que sempre nos oportuniza seguir mais de perto o nosso Senhor e Salvador, nos ajude a seguir adiante no propósito de testemunhar os valores da fé cristã neste mundo, que tanto carece do cuidado divino, o qual foi tão bem demonstrado na figura materna de Maria, mãe de Jesus e nossa!

 

Por Magali Machado Silva Jobim

Professora

O Vinte de Novembro de Cada Dia

 

O 20 de novembro, mais uma vez, trouxe consigo a oportunidade de (re)pensarmos o nosso país e sua permanente construção. Momento para lembrar da importância de refletir sobre os lugares do negro na sociedade brasileira, também construída por gerações de afro-brasileiros desde a colonização portuguesa que, marcada pela escravidão, impôs violência, dor e diversas formas de preconceito ainda presentes nas relações étnico raciais no Brasil.

 

A data foi estabelecida no Calendário Escolar Nacional pelo projeto Lei n.º 10.639 apresentado ao plenário da Câmara no dia 9 de janeiro de 2003 e aprovado em sessão conjunta com o Senado em 17 de abril de 2008, alterando assim a LDB. No entanto, o 20 de novembro como “Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra” foi estabelecido no Calendário Nacional Brasileiro com a sanção da Lei 12.519 em 10 de novembro de 2011.

 

A escolha do dia da morte de Zumbi, um dos líderes do Quilombo dos Palmares, como marco simbólico teve início em 1978 por ação dos integrantes do Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial (MNU), em um congresso realizado na cidade de São Paulo. Zumbi, desta forma, era eleito como um herói e símbolo dos negros no Brasil, bem como da luta contra a discriminação racial e por direitos reivindicados pela população afro-brasileira contemporânea.

 

A Consciência Negra é uma expressão que designa a percepção histórica e cultural que os negros têm de si mesmos. Também representa a luta dos negros contra a discriminação racial e a desigualdade social decorrente de um sistema escravagista que culturalmente promoveu a desumanização dos negros por quase quatro séculos. Sendo assim, a sociedade brasileira naturalizou um vasto elenco de afirmações que valorizam a branquitude e depreciam a negritude.

 

Por mais que tenham ocorrido mudanças na legislação brasileira que visam à diminuição das desigualdades raciais, a falta de oportunidades para a população negra, o racismo cotidiano e as tentativas de apagamento de cultura africana evidenciam que ainda há muito a ser feito. É disso que trata o Dia da Consciência Negra! Ao relembrar a luta dos africanos escravizados no passado, ele reforça a importância da continuidade das ações a favor da promoção de relações étnico-raciais mais justas e solidárias para a construção de uma sociedade sem racismos e preconceitos.

 

Inúmeras pesquisas acadêmicas e governamentais sobre o tema têm sido realizadas nos últimos anos, e alguns indicativos podem nos ajudar a entender o problema da desigualdade racial no Brasil. Segundo pesquisa realizada pelo Poder Legislativo Federal, no último pleito eleitoral em 2018, somente 4% dos políticos eleitos para o Parlamento autodeclaram-se negros. A pesquisa indicou que, entre deputados distritais, estaduais, federais e senadores, somente 65 dos 1626 eleitos declaravam-se negros, revelando a pequena representatividade política da população afro-brasileira nos legislativos estaduais e nacional.

 

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNADC) 2018 do IBGE aponta que cerca de 55,8% da população autodeclara-se preta ou parda, mas, apesar de serem a maioria da população, a renda dos brancos é 74% maior que a dos negros. Os negros são maioria entre os mais pobres, 75%, e são a maioria na população carcerária. A pesquisa também demostra que no mercado de trabalho a renda média dos negros é aproximadamente R$ 1.500, a renda média dos brancos é de aproximadamente R$ 2.800 reais. O desemprego também aflige mais à população negra, que totaliza mais de 60% dos desempregados.

 

Adalmir Leonídio, coordenador do Observatório da Criminalização da Pobreza e dos Movimentos Sociais da USP, aponta para o fato de que os negros são mais condenados que os brancos quando são processados por posse de drogas. Entretanto, paradoxalmente, eles são apreendidos com doses menores de substâncias ilícitas em relação a condenados brancos. Não só a justiça demonstra ser mais rigorosa contra os negros, mas a polícia também, uma vez que 76% dos mortos pela polícia são negros. O racismo está impregnado na nossa cultura e se manifesta também no vocabulário por meio de expressões como “a cor do pecado”, “denegrir”, “mulato”, “cabelo ruim”, entre outras tantas.

 

Identificar e dialogar sobre os problemas que são geradores e decorrentes das desigualdades raciais no Brasil abriu caminho para a formulação e execução de políticas afirmativas de inclusão socioeconômica e de combate aos preconceitos. Um exemplo disso foi a lei que estabelece as cotas raciais para a entrada de estudantes nas universidades públicas e a lei que criminaliza as práticas racistas. Contudo ainda há muito por fazer. A presença pioneira do 20 de novembro no calendário escolar e, posteriormente, no calendário nacional contribui para manter viva a história das lutas e conquistas do povo negro, assim como nos impõe a necessária reflexão sobre as violências, exclusões e discriminações ainda praticadas contra a população afro-brasileira.

 

Fontes:
Lei 10.639 – https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2003/lei-10639-9-janeiro-2003-493157-publicacaooriginal-1-pl.html
Lei 12.519 – http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12519.htm
PNAD https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/9127-pesquisa-nacional-por-amostra-de-domicilios.html?=&t=o-que-e
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/11/brancos-tem-renda-74-superior-a-de-pretos-e-pardos-diz-ibge.shtml
LEONÍDIO, Adalmir. Apontamentos para a compreensão do conservadorismo jurídico-penal no Brasil. Brasília, 2018, p. 427.

 

Por Pedro Gabriel Pereira

Professor

Especialista em História e Cultura Africana e Afro-brasileira

Espaço Imaculada: Novo edifício do Colégio dos Jesuítas é inaugurado

 

O Espaço Imaculada, novo prédio do Colégio dos Jesuítas, foi inaugurado no dia 20 de novembro. O edifício será o ambiente de aprendizado dos estudantes do Maternal III ao 2º ano do Ensino Fundamental. Com espaços inovadores, que revolucionam o conceito de sala de aula e junto a uma área de Mata Atlântica bem no Centro de Juiz de Fora, a construção representa o compromisso do Colégio dos Jesuítas de renovar-se para manter a sua tradição de excelência acadêmica.

 

Diversas autoridades participaram presencialmente da solenidade de inauguração, que seguiu os devidos protocolos de biossegurança. Entre os representantes da Companhia de Jesus no Brasil, estiveram presentes o Provincial dos Jesuítas no Brasil, Pe. Mieczyslaw Smyda, SJ, e o Secretário para Educação dos Jesuítas no Brasil e reitor nomeado da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Pe. Sérgio Eduardo Mariucci, SJ. O Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira, também esteve presente. O evento contou, ainda, com a presença da Equipe Diretiva e colaboradores do Colégio dos Jesuítas; além da Prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão, e da Secretária Municipal de Educação, Nádia Ribas, entre outros convidados.

 

Em seu discurso, o Diretor Geral do Colégio dos Jesuítas, Professor Edelves Rosa Luna, expressou sua gratidão à Companhia de Jesus, na pessoa do Pe. Smyda, SJ, por presentear Juiz de Fora e região com o Espaço Imaculada. O Diretor Geral destacou a dedicação de todos que trabalham no Colégio: “É assim, com dedicação diária à excelência formativa, que o Colégio dos Jesuítas acolhe diariamente às crianças e aos jovens que a nós foram confiados; dedicação para buscar o nosso Magis; dedicação para a boa formação nos números e nas letras; mas, sobretudo, dedicação na construção do caráter, de um espírito de coletividade republicana que promova o crescimento pessoal e o crescimento do nosso país.”

 

A Prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão, afirmou que o Colégio dos Jesuítas é uma “potência educacional na nossa cidade e região” e destacou o papel dos jesuítas na proteção das populações nativas, como quando da proibição da educação bilíngue em português e tupi no século XVIII: “Como o Marquês de Pombal proibiu que se fizesse a educação bilíngue, os jesuítas, que corajosamente enfrentaram essa posição, foram expulsos do Brasil em 1759 e retornaram depois para continuar sua importante missão educacional.”

 

Em sua fala, o Pe. Sérgio Eduardo Mariucci, SJ, destacou que à medida que as crianças conviverem no novo prédio, compreenderão que os locais habitados por nós devem estar integrados à natureza e serem sustentáveis. “Nesse sentido, esse prédio dialoga com o Pacto Educativo Global, que o Papa Francisco propôs, com a (encíclica papal) Laudato si’ e, também, com o nosso Projeto Educativo Comum”, afirmou o Secretário para Educação dos Jesuítas no Brasil e reitor nomeado da Unisinos.

 

Na avaliação do Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira, o Espaço Imaculada representa algo “inestimável”, o cuidado com a criança: “É algo que vem de Deus e representa a maior atividade da humanidade hoje. As crianças de hoje são os adultos de amanhã. E, se nós erramos na educação das crianças, se nos descuidamos de qualquer aspecto, nós comprometemos o futuro.”

 

Por fim, o Provincial dos Jesuítas no Brasil, Pe. Mieczyslaw Smyda, SJ, afirmou que o Espaço Imaculada é um “sinal” para toda a Rede Jesuíta de Educação: “Porque queremos ir em direção da integração daquilo que o nosso Papa nos interpela e o próprio mundo nos interpela: integração com a Casa Comum, que é o mundo que Deus nos deu. Não podemos o destruir, mas integrar, harmonizar. Para nos tornarmos cidadãos como irmãos neste mesmo mundo.” Em sua fala, Pe. Smyda, SJ, também destacou o Imaculada como um instrumento para a realização do Projeto Educativo Comum (PEC) da Rede Jesuíta de Educação, atualizado neste ano e que norteará as ações pedagógicas até 2025.

 

Fachada com tecnologia nova no Brasil  

O projeto arquitetônico do Imaculada foi planejado de forma a garantir a presença de áreas de convivência entre as pessoas. Um parquinho foi montado no terraço, já que o brincar é considerado elemento importante para a aprendizagem, de acordo com a Proposta Pedagógica do Espaço.

 

No lugar das salas de aula, foram construídos verdadeiros espaços de aprendizagem. Esses ambientes flexíveis são amplos e arejados por grandes janelas e comunicam-se por meio de transparências, criando uma relação de pertencimento com todo o espaço. O Imaculada contará, ainda, com mecanismos avançados de segurança, como sistema de alarme automático, videomonitoramento, aparato anti-incêndio e sistema de controle de acesso ao edifício.

 

Os brises-soleils da fachada foram produzidos em UHPC, Concreto de Ultra Alta Performance, um material que apresenta resistência maior que o concreto comum. O Espaço Imaculada é um dos poucos edifícios do Brasil a contar com brises neste tipo de material, que possibilita a criação de peças gigantes e com aberturas.

 

O restante da fachada foi montado em peças coloridas de Light Steel Frame, produto em aço galvanizado que oferece isolamento acústico e térmico ao interior da construção. Esta tecnologia também é autolimpante, a água da chuva é o suficiente para fazer a limpeza.

 

O projeto conta com alto grau de industrialização. Partes do edifício foram produzidas externamente em fábricas especializadas e, posteriormente, montadas em Juiz de Fora. Desta forma, foi possível realizar uma obra complexa em um período de sete meses, aproximadamente.

 

Assista ao vídeo abaixo e confira um pouco mais da solenidade:

 

 

Confira algumas imagens da solenidade: