Festa Junina

Foto de 2019

 

A Festa Junina é uma comemoração tradicional do mês de junho nas regiões do Brasil, sendo a segunda maior festa brasileira, depois do carnaval. Com início no dia 12 de junho, véspera do dia de Santo Antônio, a festa junina é uma celebração que só tem fim no dia 29 de junho, dia de São Pedro. Entre essas datas, estão os dias de São João, 23 e 24 de junho. Assim, esses são os santos populares que se destacam no mês de junho e são muitos festejados em várias regiões do Brasil, principalmente no Norte e Nordeste.

 

No início, era uma festa pagã celebrada para homenagear deuses da natureza e da fertilidade. Com o passar do tempo, tornou-se uma festa religiosa sendo comemorada em barracas de Igrejas ou em outros espaços, mas sempre ligada ao catolicismo, apesar de hoje ser vista muito mais como uma festividade do que uma festividade religiosa propriamente dita.

 

As celebrações começaram no século XVII e chegou até aqui com a colonização portuguesa, conquistando os brasileiros, que adaptaram a Festa Junina de acordo com as características de cada região. Portanto, comidas típicas se misturaram às tradições sertanejas, como danças, enfeites e alegria. Atualmente, a Festa Junina é uma mistura das tradições africanas, europeias e indígenas.

 

Apesar de cada região ter suas peculiaridades e costumes, algumas características da Festa se mantêm, como, por exemplo, as danças, comidas típicas, enfeites e simpatias, costumes e tradições que se repetem independente do lugar onde estão acontecendo. Outra característica muito comum é de se vestir de caipira de maneira caricata.

 

 

Por Adriana Malaquias e Marcela Torres

Professoras

Grupo InaciArtes promove encontro remoto entre estudantes do 1º ano Médio/Integral

 

Um momento de integração e partilha. Assim foi o bate papo entre os estudantes da 1ª série Médio/Integral e os integrantes do Grupo Artístico do Colégio – InaciArtes. O objetivo foi promover a integração dos jovens, que entraram neste ano no Colégio dos Jesuítas, e até agora tiveram aulas exclusivamente à distância, de acordo com os cuidados adequados ao período.

 

 

Os membros do InaciArtes; entre professores, estudantes e antigos estudantes; estimularam os recém-chegados a superarem a timidez e compartilharem suas visões sobre temas como os sentimentos que vieram à tona ao tomarem conhecimento da aprovação no Colégio, que atitudes podem fazer a diferença na vida do outro neste momento de pandemia, seus gostos e aptidões pessoais, além das expectativas e impressões que tiveram ao longo do semestre.

 

 

Todos os novos estudantes, tendo ou não alguma experiência artística prévia, poderão desenvolver seus talentos no grupo InaciArtes, assim que as aulas presenciais foram retomadas, logo após a devida autorização das autoridades de Saúde e Educação municipais.

 

A estudante Alice Alves Rios, da 1ª Série/Médio – Integral, foi uma das participantes do momento de integração. Ela já está na expectativa para participar das atividades presenciais do InaciArtes, após a liberação do retorno às aulas presenciais.

 

A espaçonave Terra

“Era uma casa, muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada…” Essa música tão conhecida do Toquinho traz uma bela provocação: como pensar em uma casa que não tem em sua estrutura, aquilo que identificamos enquanto casa?

 

Essa casa/não casa, já existe em sua forma. Embora nós não consigamos compreendê-la em todas as suas dimensões, nossa casa que “não tinha teto” e onde “ninguém podia dormir na rede, porque na casa não tinha parede”, sem se mostrar inteira, se faz presente em tudo.

 

A casa de que falo, é essa aí abaixo:

 

 

Imagem: NASA/Flickr (https://www.businessinsider.com/best-photos-earth-moon-from-deep-space-2017-3)

 

Sei que parece simplista essa reflexão, mas confesse: quando foi a última vez que você parou para pensar o que de fato é essa sua “casa maior”? Essa esfera pulsando de vida em meio à imensidão do universo, é o que nós, orgulhosamente, podemos chamar de nossa casa. E perceba essa linha fina que envolve o planeta. Ela representa a atmosfera, essa nossa camada de ar que conecta toda a vida, nesse nosso super organismo Terra.

 

Você já pensou em como seria ir para o espaço sideral? Então olhe a imagem de novo. Você já está no espaço, nessa grande espaçonave chamada Terra. Será que nós, de fato, entendemos o que isso quer dizer? Quem teria o manual de instruções dessa nave?

 

Não faria sentido estar em uma espaçonave e começar a desmontá-la por dentro, sendo que estar nela é o que nos mantêm vivos. Então, por que muitas vezes nós, os habitantes dessa “nave” consideramos normal fazer isso com o nosso planeta, que cumpre a mesma função?

 

Nosso planeta e todos os seres que nele vivem, estão conectados de diversas formas, e isso garante as condições necessárias à vida de todos. Cabe a nós, resgatarmos um olhar mais amplo, que alcance o próximo, o próximo e o próximo, para que então possamos de fato entender, que é nossa obrigação zelar por nossa Casa Comum.

 

Como nos traz o Papa Francisco na encíclica Laudato Si: “a atitude básica de auto transcender, rompendo a consciência alienada e a autorreferencialidade, é o fundamento que possibilita o cuidado com outros e com o meio ambiente; desta atitude básica brota a reação moral para considerar o impacto provocado por cada ação e decisão pessoais”¹.

 

 

Referência Bibliográfica:

 

¹ Laudato Si’, 208

 

Por Bernardo Hallack Fabrino

Assessor de Área – Ciências da Natureza

Dinamismo da Eucaristia

 

Tradicionalmente celebrada sessenta dias após o domingo de Páscoa ou depois do domingo da Santíssima Trindade, a festa de Corpus Christi, que está se aproximando, oportuniza, uma vez mais, que cristãos católicos celebrem a presença real de Jesus Cristo no pão e no vinho. Por esse motivo, fortalece a fé pessoal no Cristo Eucarístico e o compromisso comunitário com os ensinamentos da Igreja. Mais do que uma santa devoção, trata-se de uma experiência de fé cheia de dinamismo sacramental e existencial.

 

Quando ocorre presencialmente, a celebração de Corpus Christi ganha visibilidade com as ruas adornadas e as procissões que lembram o Povo de Deus caminhando no deserto rumo à Terra Prometida. Analogamente, essa peregrinação se assemelha à travessia que realizamos, cotidianamente, neste mundo. As vivências diárias, com suas lutas e conquistas, dores e alegrias, perdas e ganhos, sintonizam as pessoas de fé àquele povo que um dia vagou por terras áridas em busca de uma nova pátria. Hoje, especialmente no contexto da pandemia, também enfrentamos dificuldades no caminho. Mas continuamos a percorrê-lo na esperança de que, ainda em vida, encontraremos consolação e, sobretudo, na certeza de que um dia seremos acolhidos no abraço amoroso e acolhedor do Pai.

 

Enquanto isso não ocorre em plenitude, precisamos nutrir nossa existência com o alimento espiritual que sustenta nossos passos na caminhada. A Eucaristia, por excelência, é o sacramento que nos aproxima daquele que é a razão de nossa fé: Jesus Cristo. Por isso, é preciso redescobrir o sentido da comunhão eucarística para termos a dimensão profunda do significado teológico desse sacramento.

 

Giraudo (2003) afirma que “a celebração da eucaristia é, portanto, em sumo grau e, ao mesmo tempo, nosso Calvário e nossa Páscoa”. Isso significa que, toda vez que nos reunimos para atualizar a memória do Mistério Pascal (Paixão, Morte e Ressurreição), somos, sacramentalmente, re-apresentados àquele acontecimento central da vida de Cristo. Ou seja, não fazemos encenação teatral. Ao contrário, com os pés teológicos, somos transportados, pela fé, ao momento em que Jesus foi crucificado, na Sexta-Feira Santa, e ao momento em que Ele foi ressuscitado por Deus, na aurora daquele primeiro domingo. Não se trata, pois, de um acontecimento que ficou circunscrito às coordenadas histórico-geográficas de tempo e espaço do passado, mas sim de algo que se repete sempre que nos reunimos para celebrar.

 

Assim, toda vez que a comunidade de fé se reúne para “concelebrar” a Eucaristia, ela participa ativamente do mistério salvífico de nossa vida cristã. Faz isso na medida em que atualiza para os dias atuais as mortes e as ressurreições que cada cristão enfrenta no dia a dia. Isto é, não fica como espectadora de um evento. Mas, sempre e a cada vez, mergulha na dinâmica sacramental que traz implicações existenciais para a caminhada de fé.

 

Portanto, celebrar Corpus Christi é reacender a chama da fé e, ao mesmo tempo, tirar as consequências práticas de uma festa cristã que oportuniza um encontro íntimo e profundo com Aquele que pode trazer sentido e sabor à existência humana. Basta abrir o coração e se deixar tocar pelo mistério de amor que transcende a lógica racional da compreensão humana e, por força desse mesmo mistério, ter a vida transformada pelo fulgor da esperança luminosa que advém da experiência eucarística.

 

Referência Bibliográfica:

 

GIRAURO, C. Redescobrindo a Eucaristia. Ed. Loyola, São Paulo, 2003.

 

Por Marcelo Sabino

Coordenador da Formação Cristã

Alimentação e aprendizagem: uma relação prática entre conscientização e comprometimento

Entre os dias 18 e 21 de maio, os estudantes do 8º ano do Ensino Fundamental II/Unidade III, receberam a visita de nossa antiga estudante Erika Santos, que atualmente está concluindo o curso de Nutrição/UFJF. A atividade integrou as reflexões da disciplina Estudos Dirigidos, ministrada pela profª. Daniela Bigonha, e envolveu ainda os professores de Educação Física, Débora e Tidinho. Relacionando os temas Aprendizagem e Nutrição, os professores instigaram os estudantes a observar seus hábitos alimentares, na relação com a organização das atividades escolares, questionando costumes tão presentes entre eles, como o hábito de “pular” refeições, não tomar o café da manhã, consumir apenas alimentos industrializados, preferir os ultraprocessados, entre tantas outras escolhas que são frequentes em nossa cultura.

 

Erika abordou com leveza a relação existente entre a alimentação e o desempenho cognitivo. Segundo a acadêmica do 10º período de Nutrição, “é importante levar aos adolescentes essas informações, apresentando a eles a possibilidade de fazer escolhas saudáveis, em detrimento das mais comuns. É nessa fase que muitos hábitos são criados e abordar a Alimentação dentro do contexto e interesse deles é uma estratégia de conscientização. ” Através de uma exposição organizada especialmente para estimular nossos estudantes, ela apresentou os fatores que prejudicam, como o consumo exagerado de alimentos processados e respondeu aos questionamentos dos estudantes, além de esclarecer dúvidas e desconstruir alguns mitos tão presentes entre os adolescentes.

 

 

Em nossa sociedade, são bastante comuns os “conflitos” com a Alimentação, seja por estarem relacionados à imagem pessoal, ou ainda, pela preocupação excessiva com a rotina de estudos. Muitos adolescentes consomem de modo excessivo os estimulantes, como o café, ou ainda adotam as restrições alimentares em função de padrões únicos e inflexíveis de beleza. Desse modo, a alimentação deixa de ser um componente “natural” e passa a ser atravessada por culpa, medo, vergonha. Atividades como essa, realizada pelos professores do 8º ano, são oportunidades para os adolescentes conversarem com seus familiares, levando até eles suas preocupações. Nesse sentido, é também um bom momento para que os educadores e responsáveis observem se há algum comportamento que necessite de orientação por apresentar risco aos estudantes.

 

Todas essas questões se tornam ainda mais relevantes numa data como a de hoje, em função do Dia Mundial de Alerta para os Transtornos Alimentares. Esse conjunto amplo de doenças (Anorexia, Bulimia, Compulsão Alimentar, Vigorexia, entre outros) é grave e relaciona-se a atitudes inadequadas e/ou comportamentos disfuncionais cujo objetivo é regular o peso/imagem corporal, porém lançando mão de métodos não-saudáveis. Em resposta ao aumento da presença desses transtornos, a data foi criada em 2015 pela NEDA (National Eating Disorders Association) – maior organização sem fins lucrativos que envolve profissionais dedicados ao cuidado de indivíduos e famílias afetados por transtornos alimentares, e, desde então, a campanha vem sendo apoiada por diversas associações para promoção da saúde. Através da divulgação de conteúdos relacionados a essa temática, podemos mobilizar discussões e favorecer a identificação e as intervenções precoces nos casos de transtornos alimentares.

 

Para uma escola como a nossa, divulgar campanhas como essa, vai ao encontro de nossa missão, que indica a formação de cidadãos conscientes, competentes, compassivos e comprometidos. Para que esses princípios se efetivem, é necessário nosso envolvimento em ações desse tipo, nesse caso específico, promovendo a conscientização sobre os complexos transtornos alimentares que resultam da interação entre genética, biologia e o meio ambiente, e, portanto, relacionam-se às vivências cotidianas de nossos estudantes e podem estar mais próximos do que percebemos. Para que você possa se inteirar sobre o tema, seguem as indicações de alguns sites de associações envolvidas nas atividades de Alerta Contra os Transtornos Alimentares. Compartilhamos também imagens da participação da Erika nas aulas e depoimentos de estudantes dessa série.

 

 

 

 

A estudante Elisa de Souza Facio, do 8º ano/Fundamental, destacou que os alimentos ultraprocessados não são benéficos para a concentração.

 

 

A estudante Marcela Rodrigues Oliveira, do 8º ano/Fundamental, também aprovou a palestra.

 

 

O estudante João Pedro Silveira Fortes, do 8º ano/Fundamental, ressaltou que a alimentação deve ser variada e elogiou a atividade.

 

 

Por Raphaela Souza dos Santos

Assessora na Formação Cristã

Estudantes do Colégio dos Jesuítas participam da 13ª Olimpíada Nacional em História do Brasil

 

Estudantes da 3ª série do Ensino Médio do Colégio dos Jesuítas ingressaram na 13ª edição da Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB), promovida pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em São Paulo. A competição, que reúne jovens de todo o país, é realizada exclusivamente on-line.

 

O professor de História Leandro Almeida orientou a equipe “MTB”, formada por Bruno Dalcantoni Cozac, Mirela Diniz Wunderlich e Renato Leal Gusmão.

 

Já os conjuntos orientados pelo professor de História e Filosofia Pedro Victor Monteiro de Carvalho, foram divididos em duas equipes: “Bitucas” e “Os Ianomâmis”. Os “Bitucas” são Luiza Gonzaga Furtado Mendonça, Matheus Ribeiro Debussi Avezani e Thais Gabrielly Gomes Tagliaferri. Já “Os Ianomâmis” são Giovana Simplício Pinto dos Santos, Guilherme Gonçalves da Silva e Yula Amaro de Oliveira.

 

Para a estudante Mirela Wunderlich, participar da ONHB foi uma oportunidade de se conectar em meio à pandemia.

 

 

E para o estudante Bruno Cozac, a Olimpíada foi uma forma de manter o ritmo de estudos.

 

 

Na avaliação do professor Leandro Almeida, ao participar da Olimpíada fica comprovado o ensino completo oferecido pelo Colégio: “Participar da ONHB é mergulhar no mundo dos desafios. É perceber que os nossos estudantes se preparam muito além do PISM e do ENEM. A formação integral que o Colégio dos Jesuítas proporciona faz a diferença. Tenho orgulho de todos que se envolvem nesse projeto”, avalia.

 

A Olimpíada Nacional em História do Brasil é um projeto de extensão da Unicamp, desenvolvido pelo Departamento de História da Universidade, com a participação de docentes, alunos de pós-graduação e de graduação. A coordenação é das professoras doutoras Cristina Meneguello e Alessandra Pedro.

 

A 13ª ONHB terá, ao todo, seis fases – a quarta foi iniciada nesta segunda-feira (24). A grande final está prevista para agosto deste ano. Confira nesta página o desempenho dos nossos estudantes ao longo da competição.

Acessibilidade, um direito de todos!

 

Maio: Dia Mundial de Conscientização sobre a Acessibilidade

 

A Declaração de Madri (Espanha), de 2002, sugere um bom caminho para compreendermos o processo de inclusão social ao identificar que as ações estão deixando de ofertar acessibilidade. E há a necessidade da adoção de uma filosofia mundial de modificação da sociedade a fim de incluir todas as pessoas. As pessoas com deficiência estão exigindo equidade de oportunidades e acesso a todos os recursos da sociedade, ou seja, educação inclusiva, novas tecnologias, serviços sociais e de saúde, atividades esportivas e de lazer, bens e serviços ao consumidor.

 

O conceito de acessibilidade está descrito, na vasta legislação brasileira, como a condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida (BRASIL, Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004).

 

O tema é tão relevante que tem até um dia dedicado a sua conscientização, é o Dia Mundial de Conscientização sobre Acessibilidade (Global Accessibility Awareness Day, ou GAAD), criado em 2012.

 

Essa pandemia nos trouxe à baila essa questão tão importante, a acessibilidade digital, direito de eliminação de barreiras na disponibilidade de comunicação, de acesso físico, de equipamentos e programas adequados, de conteúdo e apresentação da informação em formatos alternativos. E como isso tem funcionado nos últimos tempos?

 

Houve uma ação conjunta com a BigData Corp e o Movimento Web para Todos (MWPT), em abril de 2020, para verificação dos 14,65 milhões de endereços ativos da web brasileira, governamentais e não governamentais, para avaliar se havia evolução em relação à acessibilidade deles para a navegação de usuários com algum tipo de deficiência. Infelizmente, ficou comprovado que 96,71% dos sites governamentais não atendem os critérios verificados por essa coleta. O resultado da análise revela ainda uma enorme dificuldade de adequação aos padrões técnicos de desenvolvimento Web, na maioria dos sites verificados, chegando apenas a 2% os sites com acessibilidade.

 

A falta de acessibilidade entre os sites brasileiros, porém, não ocorre por falta de demanda, pois, se pensarmos que, de acordo com o Censo 2010, quase 46 milhões de brasileiros, cerca de 24% da população, declararam ter algum grau de dificuldade em pelo menos uma das habilidades investigadas ou possuir algum tipo de deficiência, enxergamos um número expressivo, muito significativo e de fácil observação para se verificar a necessidade urgente de implementação de políticas públicas de qualidade que atendam a essa população. Oferecer acessibilidade não precisa ser dispendioso, é um potencializador de mercado, não atende apenas às pessoas com deficiência, isso é fato. É muito importante que o governo e a sociedade pensem em ações efetivas para incluir os brasileiros, independente de possuírem algum tipo de deficiência, em todos os lugares da sociedade para que tenham direito à Educação, ao emprego, à saúde e ao bem-estar.

 

A acessibilidade, ao mesmo tempo que gera bastante interesse, também sofre enorme resistência na hora de ser colocada em prática. O ciclo da inacessibilidade existe, perpetuando uma das mais perversas formas de preconceito existentes, o capacitismo. A sociedade imagina que as pessoas com deficiência não querem participar ou que são uma minoria, por isso, não compensa implementar a acessibilidade necessária. Só que se esquecem de que há uma questão de ordem muito prática, se não por empatia, por força de lei. É direito da pessoa com deficiência de viver em um ambiente em que se possa desenvolver suas habilidades sem depender de terceiros, desenvolvendo sua autonomia e independência. Acessibilidade é isso, é um direito, não é um mero detalhe. Não apostar na acessibilidade digital é desperdiçar uma oportunidade enorme para toda a sociedade.

 

Símbolo internacional de acessibilidade desenvolvido pelas Nações Unidas (ONU), em 2015, para identificar todos os serviços e locais acessíveis a pessoas com deficiência.

 

Seguem algumas dicas para que você possa ser cada vez mais inclusivo. Experimente, é mais fácil que você imagina!

 

Utilize o texto alternativo das imagens e gráficos, um recurso recente que vem sendo amplamente explorado nas mídias sociais digitais. Ainda não está disponível para o formato de vídeo, sendo necessário uma descrição objetiva do cenário acompanhada pelas hashtags #textoalternativo #pracegover e #pratodosverem – movimento criado para conscientizar as pessoas do contexto e da existência desse recurso na internet, no Instagram, no Facebook e mesmo fora da internet, nos arquivos Word, por exemplo. A ação também é uma provocação aos usuários incapazes de enxergar a diversidade.

 

Para que algumas pessoas consigam acessar as informações na web, quando se trata de vídeo, há a necessidade da audiodescrição, que é um recurso para pessoas com deficiência visual, intelectual, dislexia e idosos, consumidores de meios de comunicação visual, no qual se incluem a televisão, o cinema, a dança, a ópera e eventos das artes visuais. Porém, para que essa tecnologia funcione, ela depende que nós façamos nossa parte.

 

O uso da Libras nos textos, vídeos e apresentações é bem importante para as pessoas que são surdas e usam a Língua Brasileira de Sinais para se comunicar. Isso não quer dizer que sejam analfabetos ou que desconheçam a Língua Portuguesa, mas acontece que, por serem línguas distintas, principalmente na sua estrutura gramatical, algumas pessoas da comunidade surda dão preferência por se comunicar na sua língua materna. Assim, o uso da Libras se torna indispensável, seja por meio de aplicativo ou de intérprete/tradutor.

 

Pode até parecer simples e intuitivo navegar na internet. Por ser um mundo praticamente visual, com várias imagens que aparecem e acompanham a cada toque do mouse, para quem apresenta alguma deficiência visual, isso pode se tornar uma tarefa bem complexa. Contudo, isso não os impede de acessar a internet. Eles utilizam os leitores de tela. É uma tecnologia assistiva que converte texto em discurso sintetizado, permitindo que o usuário consiga ouvir a parte escrita e as imagens com texto alternativo. Extensões como o Evernote Clearly, que “limpa toda a página”, deixando apenas o texto escrito na tela, são de grande auxílio. Há um outro exemplo é o Color Enhancer, que cria um filtro personalizado de cores, especialmente para pessoas com daltonismo, adaptando a web visualmente. A utilização de fontes simples e do alinhamento à esquerda facilita, e muito, a compreensão dos textos.

 

O que é recomendável na acessibilidade da informação é jamais disponibilizar informações exclusivamente por meio de cores. Se for utilizar gráficos ou diagramas coloridos, deve-se colocar rótulos e descrições que liguem cada informação. Além disso, para diferenciar links do resto do texto, é necessário utilizar em conjunto algo mais estrutural, como um sublinhado, ícone ou botão específico.

 

Conseguiu aprender mais a respeito das ferramentas que tornam o universo da internet mais acessível? Já conhecia alguma dessas iniciativas? Então, coloque-as em prática, seja acessível! Lembre-se de que quanto mais multissensorial (mais sentidos forem acionados), mais acessível o conteúdo se torna. Vídeos com legendas, textos com áudios e imagens com descrições são bons exemplos de combinações sensoriais. Se for possível o uso de mais de uma dessas plataformas combinadas, o conteúdo fica mais inclusivo ainda!

 

Por Melissa Martins

Agente na Formação Cristã

Missa de abertura marca início do Ano Inaciano

 

A missa de abertura do Ano Inaciano 2021-2022 foi realizada nesta quinta-feira (20), na Catedral de Pamplona, na Espanha.
A cerimônia foi presidida pelo Arcebispo de Pamplona, Dom Francisco Pérez González e a homilia, proferida pelo Superior Geral dos Jesuítas, Pe. Arturo Sosa, SJ. O sucessor de Santo Inácio de Loyola refletiu sobre o lema do Ano Inaciano, “Ver novas todas as coisas em Cristo”.

 

“Graças à novidade que fornece Jesus Cristo, com sua vida e sua mensagem, todo o restante recupera o seu sentido quando olhamos com Ele, a partir Dele. Não é que a vida vá perder a sua dureza ou fique mais fácil. Mas que desde este ‘Ver novas todas as coisas em Cristo’, encontramos outro modo de abordar essa dificuldade da vida”, afirmou.

 

Há 500 anos, em 20 de maio de 1521, Inácio, então um soldado, foi gravemente ferido na Batalha de Pamplona. Uma bala de canhão dilacerou a sua perna direita, enquanto a esquerda ficou com várias lesões.

 

Em recuperação no castelo de seu pai e impedido de seguir com os sonhos de glória que tinha até então, Inácio começa a ler duas obras levadas até ele por sua cunhada. Um dos livros era sobre a vida dos santos e o outro, sobre a vida de Cristo.

 

A partir das reflexões geradas por essas duas obras, Inácio passa a se afeiçoar à pessoa do Nosso Senhor Jesus Cristo e compreende que Deus o estava convidando a transformar sua vida, a partir da derrota no campo de batalha.

 

Inácio, decide então começar a jornada peregrina em direção a Jerusalém. Nessa trajetória, sua conversão atravessa por várias etapas até chegar à totalidade.

 

A conversão de Inácio de Loyola resultou na criação da Companhia de Jesus, por ele fundada e da qual foi o primeiro Superior Geral, e deixou um legado de transformações para a Igreja. Hoje, 500 anos depois da ferida em Pamplona, podemos nos inspirar no percurso de Inácio e, a partir de nossas feridas, encontrarmos um caminho até o encontro pleno com Deus. Para isto, vamos celebrar o Ano Inaciano.

 

No site em português do Ano Inaciano, desenvolvido pela Jesuítas Brasil, estão vídeos, fotos, noticias e outros conteúdos.

 

Confira a lista de atividades programadas pelo Ano Inaciano:

 

Missa de abertura celebrada pelo Provincial dos Jesuítas do Brasil, Pe. Mieczyslaw Smyda

Data: 23 de maio de 2021
Horário de Brasília: 16h30
Local: Santuário Sagrado Coração de Jesus (Padre Reus), R. Luetgen, 78 – São Leopoldo (RS)
Transmissão: https://bit.ly/3y4T22a
Após a celebração, ocorrerá o lançamento do hino oficial do Ano Inaciano.

 

Oração Peregrinos com Inácio

Data: 23 de maio de 2021
Horário de Brasília: 21h
Horário de Nova York (Estados Unidos): 8h PM
Transmissão: https://ignatius500.global/live/

 

Momento Mariano pelo Ano Inaciano – Colégio dos Jesuítas

Oferecimento do terço: Pe. José Rosbon Silva Sousa, SJ
Evento on-line
Data: 24 de maio de 2021
Horário: 19h30
Transmissão: YouTube do Colégio

 

Buscar e encontrar a Deus: os Exercícios Espirituais e a vida no Espírito

Pe. Luiz González-Quevedo, da Casa de Retiros Mosteiro Itaici
Evento on-line
Data: 31 de maio de 2021
Horário de Brasília: 19h30
Inscrições: https://bit.ly/3uvsp3S

 

Debate: Juventudes, projeto de vida e pandemia: esperança em meio às incertezas

Evento on-line
Data: 29 de junho de 2021
Horário de Brasília: 19h
Transmissões: www.facebook.com/cepat.cjcias/ e www.youtube.com/CEPATcentrosocial
Inscrições: https://bit.ly/3xuszuy
Mais informações: https://bit.ly/3gZAzOh

 

Ciclo de Conferências FAJE – Penitência e ascese no itinerário de Inácio e na espiritualidade inaciana

Ir. Nancy Raquel, da Faculdade Católica de Assunção (Paraguai)
Evento on-line
Data: 28 de junho de 2021
Horário de Brasília: 19h30
Inscrições: https://bit.ly/3uvsp3S

 

Debate: Juventudes, projeto de vida e pandemia: esperança em meio às incertezas

Vanessa Araújo, coordenadora da Especialização em Juventude no Mundo Contemporâneo, da FAJE
Evento on-line
Data: 29 de junho de 2021
Horário de Brasília: 19h
Transmissão: www.facebook.com/cepat.cjcias/ ou www.youtube.com/CEPATcentrosocial
Inscrições: https://bit.ly/3xuszuy
Mais informações: https://bit.ly/3gZAzOh

 

Ciclo de Conferências FAJE – O Peregrino: uma espiritualidade itinerante para nosso tempo

Alex Villas Boas, da Universidade Católica Portuguesa
Evento on-line
Data: 26 de julho de 2021
Horário de Brasília: 19h30
Inscrições: https://bit.ly/3uvsp3S

 

CPAL: Orações transmitidas ao vivo

Datas: 30 de julho de 2021
24 de setembro de 2021
19 de novembro de 2021
11 de março de 2022
27 de maio de 2022
22 de julho de 2022
Horário: a confirmar
Transmissão: https://www.youtube.com/c/SomosJesuitas

 

Ciclo de Conferências FAJE – Amigos no Senhor para ajudar as almas. Uma espiritualidade ‘jovem’ e para os jovens

Pe. Francys Silvestrini, da FAJE
Evento on-line
Data: 30 de agosto de 2021
Horário de Brasília: 19h30
Inscrições: https://bit.ly/3uvsp3S

 

Ciclo de Conferências FAJE – Ser posto com o filho

Ir. Dayse Agretti, Provincial das Filhas de Jesus da Argentina
Evento on-line
Data: 27 de setembro de 2021
Horário de Brasília: 19h30
Inscrições: https://bit.ly/3uvsp3S

 

Ciclo de Conferências FAJE – A pobreza e os pobres: caminho de solidariedade e salvação

Ir. Davidson Braga, do Centro MAGIS Belém
Evento on-line
Data: 25 de outubro de 2021
Horário de Brasília: 19h30
Inscrições: https://bit.ly/3uvsp3S

 

CPAL: Congresso Internacional (virtual) de Exercícios Espirituais
Data: 25 a 28 de outubro de 2021
Horário: a confirmar
Mais informações: https://jesuitas.lat/

 

Ciclo de Conferências FAJE – Ver como Deus habita nas criaturas (EE 235). Uma espiritualidade “holística”

Pe. Alfredo Sampaio Costa, da FAJE
Evento on-line
Data: 29 de novembro de 2021
Horário de Brasília: 19h30
Inscrições: https://bit.ly/3uvsp3S

 

Ciclo de Conferências FAJE – Novamente encarnado (EE 109). Contemplar a encarnação hoje

Pe. Adroaldo Palaoro, editor da Revista Itaici
Evento on-line
Data: 27 de dezembro de 2021
Horário de Brasília: 19h30
Inscrições: https://bit.ly/3uvsp3S

No caminho com Maria: encontros e alegrias

Vamos fazer um caminho mirando para as ALEGRIAS de Maria de Nazaré?

São as Sete Alegrias (Setenário) que a Igreja celebra no Tempo Pascal. Aqui trazemos algumas reflexões e sugestões de oração. Queremos dar destaque que as alegrias de Maria se dão nas experiências do Encontro com os outros, assim como é na vida da gente. É uma oportunidade de nos perguntarmos sobre a qualidade dos nossos encontros e, em sintonia com a Igreja, reforçar o nosso esforço em colaborar na construção da Cultura do Encontro, tão anunciada pelo Papa Francisco em suas exortações.

 

Primeira ALEGRIA: O encontro com o Anjo Gabriel
Algo maravilhoso aconteceu comigo hoje: enquanto eu rezava no Templo, o anjo Gabriel me visitou, dizendo que eu fui escolhida para ser a mãe do esperado Messias. A princípio um temor se apoderou de mim. Não foi medo de Deus, mas um sentimento de ser indigna (…). Por que o Senhor se dignou me chamar? Minha fé e confiança no Projeto de Deus foram maiores que qualquer dúvida ou medo, por isso eu disse “sim”, faça-se em mim segundo a vontade do Todo-Amoroso, e assim foi feito. Rendo graças ao Deus da minha vida, que quis se utilizar da minha pequenez para uma missão tão grande. (Adaptação do livro: 9 meses com Maria – Pe. Luís Erlin, CMF).

 

Olhando para Maria aprendemos a superar nossos medos e confiar que nossa existência é regida pela mão amorosa de Deus.

 

Segunda ALEGRIA: O encontro com a prima Isabel
O evangelista Lucas nos apresenta uma visita inesperada: a visita daquela que não permanece fechada nem ensimesmada em seu mistério. A visita daquela que se sente impulsionada a sair de si mesma para colocar-se a serviço daquela que está necessitada de ajuda. Uma visita alegre, espontânea e gratuita, porque é cheia da experiência de Deus. Maria que faz Isabel sentir a alegria de uma maternidade não esperada. Isabel que faz Maria sentir as maravilhas que Deus realizou nela. Uma visita que se expressa em dois cantos de louvor e ação de graças: “Bendita és tu que acreditaste” e “Minha alma engrandece o Senhor”. Há visitas que não significam muito: só servem para matar o tempo e “jogar conversa fora”. E há visitas que nos despertam, que fazem saltar a vida divina que carregamos dentro de nós. Por isso, todos somos seres carentes de mais visitações. Visitações que despertem nossas possibilidades e sonhos, que nos ajudem a reconhecer as maravilhas que Deus realiza em nós e nos outros.

 

Saindo com Maria a caminho da casa de Isabel, recordo as minhas histórias de “saídas”, de “encontros”, de “diálogos”. Reconheço nelas a presença da surpresa, do novo, do encantamento, da exclamação, da admiração?

 

Terceira ALEGRIA: O nascimento de Jesus
Deus se fez “carne” fascinado pela humana natureza, para glorificar a criação. Deus preferiu nascer como corpo, apesar de todos os riscos. E nasceu, declarando que o corpo está eternamente destinado a uma dignidade divina. Na Manjedoura, na verdadeira pobreza. Em Maria, na pobreza do coração. Se o meu coração se transformar em manjedoura, Deus se fará pequenino para nele vir nascer de novo.
A História da humanidade ganha sentido e orientação somente à luz deste evento natalício; Luz que vem do alto e ressoa dentro, no silêncio e na noite do caminho, como um canto de alegria e um anúncio de paz. Sobre o Menino se inclina sua Mãe, em silêncio: o Amor não precisa de palavras para ser entendido.

 

Redescobrir que o sentido de minha existência está em esvaziar a mim mesmo para que o amor chegue puro e limpo a todos. Maria, quero aprender com você a silenciar e contemplar.

 

 

 

 

Quarta ALEGRIA: O encontro com os Magos
Maria é caracterizada, no momento culminante do relato, como aquela que está ao lado de Jesus. Enquanto toda a Jerusalém se turba com Herodes, Maria está com Jesus. Ela não é nomeada pelo nome, mas é apresentada como “sua mãe”. Maria nos apresenta e nos entrega Jesus. Seu Filho é para nós.

 

Maria é aquela que sempre nos apresenta Jesus. Ela não se cansa de nos apresentá-Lo… em vários momentos, de diversas maneiras e circunstâncias. Ouvir as palavras de surpresa, agradecimento e alegria na Mãe de Jesus aos Magos. Recordar a sua experiência de encontro com Jesus… como foi? Quem te apresentou? Quando?…

 

Quinta ALEGRIA: O encontro de Jesus no templo
À medida que Jesus vai crescendo em idade, cresce também Nele a consciência da sua relação com o Pai celeste. E, a partir dela, toma decisões por sua conta, sem consultar seus pais terrenos; decisões que não os surpreendem, mas que os fazem sofrer. O filho é um mistério para a mãe. Embora feita com todo o carinho de um coração de mãe, a pergunta de Maria – “Meu filho, porque agiste assim conosco?” – mostra a sua perplexidade diante do comportamento de Jesus, ao mesmo tempo que a alegria de ter encontrado a quem buscava.

 

Como é bom para uma mãe saber que o filho está seguro e com saúde… não tem preço. Que nossa oração hoje possa ser pelos nossos filhos. Peçamos também a Deus pelas mães que sofrem por seus filhos.

 

Sexta ALEGRIA: O encontro de Maria com Jesus ressuscitado
“O melhor lugar do mundo é dentro de um abraço”… Na casa de Nazaré, Maria sofria a morte do seu Filho. Jesus ressuscitado vem ao encontro dela e uma explosão de alegria acontece naquele abraço. Experiência de reconhecimento e envio, marcada pelos sentimentos de paz e alegria interior e profunda. Maria cabe no abraço de Jesus ressuscitado, bem como eu e você… um abraço demorado, alegre e iluminado. É um convite ao abraço… abraçar os viventes, a humanidade, abraçar a todos que encontrar pelo caminho. Sair do túmulo (frio e vazio de vida) e entrar no abraço (quente e cheio de vida). A porta da casa de Maria está aberta. A casa de porta aberta olha para o futuro amplo e iluminado. A casa de porta aberta é para mim um convite a viver a vida verdadeira, a abraçar, a aproximar, a encontrar…

 

Deus escolheu a todos nós e a cada um em particular como discípulo/a do seu Filho amado. Sejamos, por graça de Deus, místicos de olhos abertos, encontrando o Senhor Ressuscitado em todas as pessoas, sobretudo nos mais necessitados.

 

Sétima ALEGRIA: Assunção de Maria ao céu (O encontro dos encontros)
Maria, a mãe que cuidou de Jesus, agora cuida com carinho e preocupação materna deste mundo ferido. Assim como chorou com o coração trespassado a morte de Jesus, assim também agora Se compadece do sofrimento dos pobres crucificados e das criaturas deste mundo exterminadas pelo poder humano. Ela vive, com Jesus, completamente transfigurada, e todas as criaturas cantam a sua beleza. É a Mulher «vestida de sol, com a lua debaixo dos pés e com uma coroa de doze estrelas na cabeça» (Ap 12, 1). Elevada ao céu, é Mãe e Rainha de toda a criação. No seu corpo glorificado, juntamente com Cristo ressuscitado, parte da criação alcançou toda a plenitude da sua beleza. Maria não só conserva no seu coração toda a vida de Jesus, que «guardava» cuidadosamente (cf. Lc 2, 51), mas agora compreende também o sentido de todas as coisas. Por isso, podemos pedir-Lhe que nos ajude a contemplar este mundo com um olhar mais sapiente. (Papa Francisco – Laudato Si 241)

 

Olhar amoroso, contemplar, amar, rezar, trabalhar… atitudes que Deus nos pede e Maria nos ensina de um jeito bem concreto. Ações que o mundo de hoje precisa e pede a cada um em particular e a todos nós.

 

Oração para todos os dias

Senhora da Alegria, nossa Mãe, venho aos teus pés para agradecer a tua maternal intercessão e cuidado.
Peço, mãe, que transforme minhas tristezas, minhas dores, minhas aflições e angústias em alegria.
Dá-me fé e perseverança, transforma meus sofrimentos e dificuldades em vitória e alegria.
Intercedei junto ao teu Filho Jesus para que meu coração encontre a paz e na alegria possa melhor te louvar e agradecer.
Obrigada, mãe, por me envolver em teu doce manto de amor e ouvir as minhas súplicas. Amém!

 

 

Por Flávia Dimas

Formação Cristã

Livro “A caminho com Inácio” reflete sobre jornada em direção à liberdade

 

“Como alcançar a verdadeira liberdade?” Assim começou a reflexão do Superior Geral da Companhia de Jesus, Pe. Arturo Sosa, SJ, por ocasião do lançamento do livro “A caminho com Inácio”, nesta terça-feira (11), em Roma. Para a realização da obra, parte das celebrações do Ano Inaciano 2021-2022, o sucessor de Santo Inácio concedeu uma série de entrevistas ao jornalista italiano Darío Menor em 2020, já durante a pandemia da Covid-19. Assim, o livro reflete as transformações sociais do período.

 

Em um tempo de restrições causadas pela pandemia, a busca por ser livre ganha novo significado. Os leitores de “A caminho com Inácio” vão se deparar com a constatação de que para chegar à verdadeira liberdade, é necessário antes, trilhar um caminho. Para isso, podemos nos inspirar na trajetória de Santo Inácio de Loyola, que depois de ferido na perna em campo de batalha, deixa tudo e ruma em direção à libertação total, alcançada a partir do encontro pessoal com Jesus Cristo.

 

Nesse percurso, salienta o Pe. Sosa, SJ, Inácio descobriu que não poderia estar sozinho, porque se caminha em uma comunidade, que é a Igreja. O Superior Geral dos Jesuítas afirma ainda que o livro apresenta alguns “ingredientes” do caminho de libertação recorrido pela Companhia.

 

“Como Companhia de Jesus queremos renovar nosso compromisso de recorrer, junto à Igreja e tantas outras pessoas de diversas culturas, credos e lugares geográficos, o caminho da libertação. Este livro é um convite a caminhar com energia e discernindo a rota a partir do olhar do Senhor Jesus para acertar na direção da vida em liberdade para todos os seres humanos”, finaliza.

 

Na obra, o Pe. Arturo Sosa, SJ, também reflete sobre o seu encontro com Santo Inácio, as questões do seu país natal, a Venezuela, os desafios da Igreja Católica, a relação com o Papa Francisco (o primeiro Papa jesuíta da história) e os temas que estão no centro do compromisso da Companhia. O prefácio foi escrito pela presidente da União Internacional das Superioras Gerais (UISG), irmã Jolanda Kafka.

 

No Brasil, “A caminho com Inácio” está à venda pela Edições Loyola e já pode ser adquirido pelo site. Em ocasião do lançamento nacional, no dia 20 de maio, a editora fará uma transmissão no YouTube, à partir das 19h30. O evento contará com participação do professor e vice-reitor geral da PUC-Rio, Pe. Anderson Antonio Pedroso, SJ e de Maria Clara Bingemer, professora de Teologia da PUC-Rio. A apresentação do evento ficará à cargo de Paulo Moregola, coordenador do Escritório de Comunicação da Província do Brasil, com mediação do Pe. Laércio Lima, SJ, coordenador do Ano Inaciano na Província do Brasil.