Protocolo de retorno às aulas presenciais é tema de encontro virtual entre colaboradores do Colégio dos Jesuítas

 

O Protocolo do retorno presencial no Colégio dos Jesuítas foi o assunto central de dois seminários virtuais realizados nesta quinta-feira (15) com os colaboradores da instituição.

 

Durante os dois encontros, cada um com duração aproximada de duas horas, todos os colaboradores puderam conferir uma explicação detalhada do Protocolo e de como seguir as medidas de segurança, que visam o bem-estar de todos.

 

Ao começo das reuniões, o Diretor Geral do Colégio dos Jesuítas, Professor Edelves Rosa Luna, fez um breve histórico das atividades desenvolvidas tendo em vista a volta às aulas com presença dos estudantes no Colégio. O Professor também agradeceu aos colaboradores pelo trabalho desenvolvido ao longo do primeiro semestre deste ano.

 

O Grupo de Trabalho (GT) da retomada presencial forneceu explicações sobre tópicos como: uso e troca de máscaras, higienização das mãos com álcool gel e higienização dos equipamentos de trabalho.

 

Outros temas relacionados à logística de atividades da escola foram abordados, como os horários das aulas, a entrada e saída dos diferentes grupos de estudantes de forma à evitar aglomerações e a realização das atividades de educação física.

 

O Diretor Acadêmico, Pe. José Robson Silva Sousa, SJ, também participou dos seminários virtuais. Em sua fala, o Padre salientou a importância das medidas para garantir a saúde de todos e destacou o compromisso da Companhia da Jesus com o cuidado comum.

 

O Protocolo  de retorno às aulas presenciais do Colégio dos Jesuítas é baseado em recomendações dos órgãos governamentais, educacionais e sanitários, nas esferas estadual e municipal e também observando orientações do Ministério da Saúde, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Organização Mundial da Saúde (OMS), da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e do Protocolo sanitário de retorno s atividades de ensino presenciais no contexto da pandemia da COVID-19 no município de Juiz de Fora.

 

Confira você também o nosso Protocolo de retomada das aulas presenciais e o Planejamento Interno para o retorno.

O meu quatorze de julho

 

O ano era 1989. A Avenida Paulista estava repleta de pessoas das mais variadas idades e gêneros. Eis que de repente me deparo com um amigo que, em um primeiro instante, me causou espanto. Sua cabeleira cacheada estava dividida e pintada nas três cores da bandeira da França: azul, branco e vermelho. Poderia ser mais uma alucinação daquele que sempre foi um vanguardista na cultura e nos costumes, que havia vivenciado as “loucuras” dos anos 80, como boa parte da juventude envolvida nas diversas políticas que nos rondavam nos círculos acadêmicos e literários. Mas era muito maior a presença dele: estávamos comemorando os 200 anos da Tomada da Bastilha, o início da Revolução Francesa de 1789.

 

São Paulo era uma só! E por que não dizer, o mundo e o Brasil? Para, nós brasileiros, depois de anos de ditadura militar, era momento de reexperimentar a possibilidade de novos ventos, novas possibilidades de vida, de trabalho, de participação política, de poder sonhar com um país diferente. Mas o que o nos levava às ruas naquele 14 de julho de 1989? Quais os sentimentos que afloravam em nós para nos levar a reviver os ideais de uma revolução que mudou os rumos da França e, junto com ela, o mundo?

 

França, 1789, um país assolado no modelo de política absolutista que ainda predominava em toda a Europa. Sob a tutela do “ancien régime”, os reis governavam como deuses. Não havia limites aos seus poderes. A sociedade francesa apresentava-se dividida em três grupos com diferenças muito latentes. Existiam dois grupos de privilegiados: a Nobreza e o Clero. Estes desfrutavam de uma vida de luxo, prestígio político, econômico e social. Colocavam-se acima das regras e das leis. Seus gestos e sua postura denunciavam um descaso para com os milhares de súditos, maioria da população, que viviam à margem da sociedade e de tudo que era necessário para uma vida digna.

 

O governo estava nas mãos da Dinastia dos Bourbon, que reinavam na França há aproximadamente 200 anos. Sob a autoridade de Luís XVI, o país acabou se envolvendo em guerras e conflitos que desgastaram a população e, principalmente, o erário. Os ministros da economia de Luís XVI até que tentaram por diversas vezes implementar mudanças que pudessem promover reformas, a fim de reestruturar a combalida economia francesa. Barrados pela própria estrutura em que viviam, não foram capazes de sequer defender a ideia. Também não foram capazes de perceber que o mundo havia dado uma “girada” e, incapacitados pela miopia social em que estavam, fechavam-se, recolhiam-se em castas para tentarem perpetuar um modelo político-social que já dava sinais de falência.

 

Eram os ventos dos ideais do Iluminismo. Um conjunto de ideias que nasceu do outro lado do canal da Mancha, na Inglaterra, berço de tantas outras mudanças como a Revolução Gloriosa e a Industrial, mas que teve em território francês o seu auge. Os governantes da França do século XVIII não foram capazes de compreender que os ideais de liberdade e igualdade se alastravam e iniciavam a desconstrução de um modelo de sociedade que já não atendia aos anseios de novos e fortes grupos sociais que haviam se formado no seio desta mesma. Lutar contra o autoritarismo, a corrupção, a falta de participação e representatividade política tornou-se sinônimo de renovação e, por que não de revolução?

 

Os ventos do pensamento liberal eram nascidos de uma classe geradora de riquezas, mas limitada por uma estrutura arcaica, já não mais condizente com a modernidade pretendida. A nascente “classe média”, influenciada pelas ideias das Luzes, buscava se afirmar. E esta afirmação não condizia com os obstáculos erguidos pelo “ancien régime”. A individualidade, as liberdades de expressão, de participação, de representatividade, a liberdade econômica já estavam no modo de operar desta nova classe. Derrotar o autoritarismo absolutista era e deveria ser a luta de todos.

 

A passagem de súditos para cidadãos requer sermos reconhecidos com direitos. Os direitos à vida, alimentação, moradia, educação, saúde passam a ser inalienáveis e universais. Não mais de um grupo de privilegiados. A Tomada da Bastilha, em 14 de julho de 1789, foi simbólica. Mas significou muito. Não somente o fim de uma era. Mas o início de uma luta política que nos envolve até os dias atuais. E por todas as pessoas que lutaram e fazem desta lembrança memória de luta, pintemos nossos corações, nossa vida, nas cores da liberdade, igualdade e fraternidade. “Vivre la Révolution”.

 

Por Antonio Carlos Nogueira Coldibeli

Professor

Dia Internacional de Sensibilização ao TDAH

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e, frequentemente, acompanha a pessoa por toda a sua vida. É o transtorno mais comum em crianças e adolescentes encaminhados para serviços especializados. Ocorre em 3 a 5% das crianças e em várias regiões diferentes do mundo em que já foi pesquisado. Em mais da metade dos casos, o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta, embora os sintomas de inquietude sejam mais brandos.

 

O TDAH se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado, às vezes, de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, é conhecido por ADD, ADHD ou AD/HD e é reconhecido, oficialmente, por vários países e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Quando há excesso de distração, a dificuldade de concentração pode afetar tanto crianças e jovens quanto adultos. É preciso compreender bem como funciona a atenção e quais fatores podem afetá-la.

 

Já existem inúmeros estudos, em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil, demonstrando que a prevalência do TDAH é semelhante em diferentes regiões, o que indica que o transtorno não é secundário a fatores culturais (às práticas de determinada sociedade etc.), ao modo como os pais educam os filhos ou ao resultado de conflitos psicológicos.

 

É incorreto dizer que o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade impede a pessoa de prestar atenção ou de se concentrar. Algumas pessoas com TDAH podem se concentrar e, muito além do que é comum, podem apresentar excelente atenção seletiva e sustentada, porém apenas diante de alguns tipos de estímulos ou situações, o que é chamado de hiperfoco.

 

O que complica a vida das pessoas com Déficit de Atenção é apenas alguns poucos estímulos e circunstâncias serem capazes de capturar o foco da atenção. Isso é o que torna a atenção tão instável e o hiperfoco tão intenso, quando acontece.

 

Em outros casos, as maiores dificuldades podem estar na atenção flexível, que dificulta retomar o foco após interrupções, desconcentrações. Todos estamos sujeitos a interrupções e distrações. Não dá para imaginar viver sem elas, especialmente nos tempos atuais, de tamanha sobrecarga de informações e tecnologias que fazem parte das nossas vidas, inclusive nesses tempos de pandemia. Por isso, o retorno à atividade, a retomada do foco após a distração é tão essencial.

 

Deve-se salientar que as intervenções voltadas para o tratamento do TDAH consistem em terapias comportamentais ou no uso de medicamentos; a combinação desses dois também pode ser considerada, a depender da situação do paciente, de acordo com a indicação médica. Isso significa que o acompanhamento de especialistas é fundamental para o sucesso dos procedimentos na vida da criança ou do adolescente. A partir desses primeiros contatos, os médicos e os terapeutas vão encaminhar o caso para os procedimentos que atendem às demandas específicas de cada caso.

 

O dia 13 de julho de 2021, dia Internacional de Sensibilização ao TDAH, nos lembra a importância da detecção dos primeiros sintomas para o correto diagnóstico e os devidos encaminhamentos. As pessoas que convivem com o TDAH precisam, acima de tudo, de atenção, tratamento e acolhimento.

 

Fontes: https://tdah.org.br/sobre-tdah/o-que-e-tdah/

https://institutoneurosaber.com.br/conheca-as-opcoes-de-tratamento-para-o-tdah/

https://dda-deficitdeatencao.com.br/

 

Por Melissa Martins

Agente na Formação Cristã

Antigos estudantes e Colégio dos Jesuítas se unem em doação de cobertores para Fundação Maria Mãe

 

Antigos estudantes e o Colégio dos Jesuítas doaram cobertores para a Fundação Maria Mãe, em Juiz de Fora. A instituição, fundada em 1983 por pessoas ligadas ao movimento da Renovação Carismática Católica, atua na assistência a adultos em vulnerabilidade social da cidade e é mantenedora da Obra dos Pequeninos de Jesus.  A entrega das doações aconteceu nesta sexta-feira (02).

 

A iniciativa partiu de um grupo de 51 antigos estudantes da turma 2020 da 3ª Série do Ensino Médio. A parceria com o Colégio resultou na compra de 33 cobertores de casal que serão destinados a pessoas em vulnerabilidade social, neste momento em que a cidade vive um inverno rigoroso.

 

A ação demonstra o caráter integral da educação no Colégio dos Jesuítas e em toda a Rede Jesuíta de Educação (RJE): além da excelência acadêmica, outros valores são estimulados, com o objetivo de formar homens e mulheres conscientes, competentes e comprometidos na compaixão.

 

O olhar atento e compassivo em relação ao outro também é ressaltado pela Companhia de Jesus, em suas Preferências Apostólicas Universais. A segunda preferência aponta a necessidade de, nos passos de Jesus, “caminhar com os pobres, os descartados pelo mundo, os vulnerados em sua dignidade, numa missão de reconciliação e justiça”.

 

 A Fundação Maria Mãe

 

A instituição atua no amparo e na recuperação de adultos vulneráveis socialmente, com trabalhos como alimentação, atendimento dentário, higiene pessoal, e acompanhamento psicológico e de assistência social. Para mais informações, acesse o site da entidade.

 

A Fundação Maria Mãe fica localizada à Rua Trinta e Um de Maio, 56 – Bairro Ladeira.

Independence Day

 

The Fourth of July is a day to celebrate the moment the Declaration of Independence of the United States of America was approved in the Second Continental Congress in the year of 1776. It commemorates the moment that the original 13 colonies officially declared their decision to leave the British Empire and create a new nation.

 

The document had a first version written by Thomas Jefferson, with the aid of John Adams and Benjamin Franklin. Many of the ideas presented there turned to be part of American ideals up to current days, such as: “all men are created equal, that they are endowed by their Creator with certain unalienable rights, that among these are life, liberty and the pursuit of happiness.”

 

Despite the consciousness of the issues involved in movements like this one, such as the war to become truly independent or the part of society not considered then, it is still valuable to study and reflect upon it, in order to realize its importance and influence in the American Continent at that time.

 

The power of this holiday in the American society could be witnessed by some of our students who participated in our exchange program “Leadership and Entrepreneurship” at the University of California. There, the group took part in a community celebration organized by the local Rotary Club*, read what one of these students, Letícia Duarte, said about the experience: “It was one of the most magical and special moments of my life…we watched the fireworks display and could experience a bit of this amazing aspect of American cultural life!”

 

Getting to know and respect cultural diversity is an essential part of our English classes at Colégio dos Jesuítas. Our Bilingual Program aims to promote the learning of the English language through the integration of different areas of knowledge, using the language to think critically about global issues, collaborating, thus, with the development of our students as responsible global citizens, committed to values like peace and justice.

 

Apoiado em pressupostos teóricos que apontam, dentre outros aspectos, a importância social da língua/linguagem e a relevância da habilidade e competência discursiva em uma sociedade letrada cada vez mais globalizada, o Programa Bilíngue do Colégio dos Jesuítas tem por objetivo colaborar para que nossos estudantes possam desenvolver-se como usuários proficientes da língua inglesa, capazes de posicionarem-se, local e globalmente, de modo responsável, crítico e comprometido com valores importantes promovidos em todos os colégios da RJE, como a justiça e a paz. Nessa direção, o contato, sempre respeitoso, com a diversidade cultural, aqui representada pela comemoração do dia da independência americana, por exemplo, pode suscitar diálogos em sala de aula que alcançam diferentes áreas do saber, como geografia, história e muitas outras, sempre buscando promover interações significativas e contextualizadas para a aprendizagem da língua.

 

Por Ângela Cristina Fiorani Diniz

Coordenadora de Línguas Estrangeiras/Programa Bilíngue

 

*The Rotary Clubs in nearby Goleta, just north of Santa Barbara, host an annual 4th of July fireworks festival starting at 5 p.m. at Girsh Park, 7050 Phelps Road next to Camino Real Marketplace. Adults tickets are $10 per person with children 12 and under free. The Independence Day festival offers a variety of activities for all ages, including bouncies, face painting, and more. A band perform live music until the fireworks show, which begins at 9 p.m. The Goleta 4th of July fireworks festival is a family-friendly event and no alcohol or pets are permitted.
https://www.santabarbara.com/activities/events/fourth-of-july/

Estudante do Colégio dos Jesuítas é medalha na prata na Olimpíada Brasileira de Economia

 

A estudante do Colégio do Jesuítas Mirella Diniz Wunderlich foi medalha de prata na edição 2021 da Olimpíada Brasileira de Economia (OBECON). Mirella, atualmente na 3ª Série/EM – Manhã, participou da categoria oficial. Ao todo, a competição teve 3500 participantes de todo o Brasil.

 

Todas as etapas do concurso aconteceram de forma on-line. A primeira fase foi em março, a segunda aconteceu em abril e a terceira, no mês de junho. A reta final teve 45 concorrentes. Mirella ficou em sexto lugar, recebendo a prata (a medalha de ouro é concedida aos cinco primeiros colocados).

 

A estudante avalia que recebeu um apoio “muito grande” dos professores do Colégio dos Jesuítas em todo o processo.

 

“O Moreno (professor de Matemática Gabriel Moreno) me ajudou tanto na resolução de algumas questões ligadas à matemática financeira durante a preparação, quanto com apoio emocional e moral durante todo o processo. Além disso, com sua ajuda pude entrar em contato com estudantes e professores de economia que também me ajudaram em parte da preparação”, conta.

 

Além da medalha de prata, Mirella recebeu o prêmio de Menina Olímpica, por ter sido a representante do sexo feminino a chegar mais longe na competição. Ela define a sensação de ser premiada a nível nacional como “incrível” e está feliz pela descoberta do que pode ser uma nova paixão. Mas a jovem não pretende parar por aí e já tem novas metas para a edição da OBECON no ano que vem:

 

“Ainda tenho boas expectativas para a próxima edição da olimpíada, tanto para subir meu posicionamento e estar entre os 5 que representam o Brasil anualmente na IEO (Olimpíada Internacional de Economia), quanto para estimular mais colegas a participarem de oportunidades engrandecedoras como essas. Além disso, uma das maiores metas é aumentar a presença das meninas, uma vez que esse ano tivemos apenas 3 entre os 45 finalistas. O ramo da economia ainda tem uma enorme falta de representatividade feminina e espero poder contribuir para mudar isso nos próximos anos”, avalia.

 

Segundo a estudante, cada fase exigiu um tipo de preparação diferente. Na primeira, ela procurou materiais didáticos e vídeos no YouTube sobre introdução à economia. A segunda fase exigiu conteúdos com maior aprofundamento sobre o tema, como os livros “Princípios da Economia”, de George Mankiw, e “Introdução à Economia”, de Bernardo Guimarães, além do estudo de temas como matemática financeira e macro e microeconomia. A terceira fase não contou com uma prova, os participantes tiveram que resolver um caso determinado pela organização, com uma parte individual e outra em grupo. Sobre essa fase, Mirella Wunderlich afirma: “Os meus estudos foram voltados para uma preparação mais geral. Procurei entender o que tinha sido pedido em outras edições da olimpíada, entender melhor métodos de modelagem financeira e me familiarizar com diferentes estratégias e frameworks para resolução desses ‘casos’”.

Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial

 

Este sábado (3) é Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial. A data faz referência à aprovação da Lei 1.390, de 3 de julho de 1951, mais conhecida como Lei Afonso Arinos, o nome de seu criador, então deputado federal.

 

Essa lei é marcada por ter sido a primeira legislação brasileira a prever punição a atos de discriminação racial. Ainda que a punição fosse branda e a lei, vaga. Os atos racistas não eram classificados como crime e sim, contravenção, ou seja, com pena menor e nunca cumprida em regime fechado.

 

De acordo com reportagem da Agência Senado, estudos feitos nas décadas seguintes apontam que a motivação para aprovar a Lei Afonso Arinos, revogada em 1989, era, na verdade, fornecer uma resposta do Estado brasileiro ao problema do racismo. O problema é que, de acordo com a historiadora Mônica Grin, isso era feito de forma apenas paliativa, reparando efeitos mais aparentes do racismo, sem modificar a estrutura que sustenta o preconceito de cor.

 

Ainda assim, segundo o doutor em História Walter de Oliveira Campos, a Lei Afonso Arinos tem sua importância, afinal através dela, pela primeira vez, pode-se considerar que o Estado brasileiro reconhece a existência do racismo no país. A lei também abriu o caminho para que outras normas mais abrangentes contra o preconceito racial se tornassem vigentes posteriormente.

 

E foi justamente o que aconteceu. A Constituição atual, promulgada em 1988, estabelece que racismo é crime inafiançável e imprescritível. A Lei Caó (denominada assim em homenagem ao seu autor, o então deputado federal Carlos Alberto Caó de Oliveira), de 1989, determina que os casos listados na Lei Afonso Arinos deixam de ser contravenções e passam a ser crimes, com pena de até cinco anos de reclusão, ou seja, com possibilidade de regime inicial fechado. Em 1997, o Código Penal passa a descrever o crime de injúria racial, que consiste na ofensa à dignidade de alguém, com base em elementos referentes à cor da pele.

 

Apesar das punições previstas em lei, os efeitos do racismo na sociedade brasileira são profundos e estão presentes no cotidiano. De acordo com o Atlas da Violência 2020, a taxa de homicídios de negros subiu 11,5% entre 2008 e 2018. Entre não negros, o índice caiu 12,9%.

 

A desigualdade também pode ser notada no mercado de trabalho, situação agravada pela pandemia. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Ministério da Economia presentes em reportagem do portal G1 apontam que o desemprego aumentou mais entre os pretos, a remuneração dos pretos é menor que a dos demais em todos os segmentos e, proporcionalmente, há menos pretos com carteira assinada.

 

Ouvido pela reportagem, o economista diretor da FGV Social, Marcelo Néri, apontou dois fatores como os principais a explicarem o problema: um possível preconceito por parte de algumas empresas e a dificuldade dessa população no acesso à educação (afinal, quanto maior o nível de escolaridade, mais alto é o salário).

 

Para resolver a questão, se fazem necessárias políticas públicas e privadas de inclusão no mercado de trabalho, além de um maior investimento em educação para todos. Em anos recentes, houve melhoras no acesso de pretos e pardos ao ensino superior, mas como podemos perceber, ainda há um longo caminho a ser trilhado.

 

Por Igor Santos

Assistente de Comunicação

Educação para um futuro de esperança é tema de encontro global de educadores jesuítas

 

O II COLLOQUIM-JESEDU Global2021 (Congresso Internacional dos Delegados de Educação da Companhia de Jesus) acontece entre esta segunda-feira (28) e sexta-feira (2). O colóquio é um encontro entre equipes diretivas de colégios jesuítas de todas as partes do mundo. De forma completamente on-line, as lideranças vão discutir estratégias para o contínuo enriquecimento da formação nas escolas da Companhia de Jesus em um mundo transformado pela pandemia do coronavírus.

 

 

Neste ano, o tema do encontro é “A Rede Global de Colégios Jesuítas: Discernindo para um Futuro Cheio de Esperança”. Quatro eixos vão orientar as reflexões dos participantes: Educando para a Fé, Educando para a Profundidade, Educando para a Reconciliação e Educando para a Cidadania Global.

 

 

O Superior Geral dos Jesuítas, Pe. Arturo Sosa, SJ, refletiu sobre o momento presente da humanidade e desejou que pensemos em como podemos contribuir na construção de um futuro com esperança.

 

 

“Como humanidade, é importante perguntarmos que tipo de educação necessitamos para o presente e o futuro, de tal maneira que as novas gerações que entrem em nossos colégios, encontrem a oportunidade de formarem-se como pessoas para e com os demais, comprometidas na construção do novo mundo que desejamos”, afirmou.

 

Superior Geral, Pe. Arturo Sosa, SJ: que os colégios jesuítas sejam espaços de formação para e com os demais.

O sucessor de Inácio também destacou a realização do JESEDU no início deste Ano Inaciano, o que nos convida à conversão e ver novas todas as coisas em Cristo, assim como aconteceu com Santo Inácio de Loyola, após ser ferido por uma bala de canhão na Batalha de Pamplona, em 1521.

 

 

“Paradoxalmente foi a oportunidade para abrir sua mente e seu coração a sonhar novos horizontes e possiblidades que não havia considerado antes”, ressaltou.

 

 

A edição 2021 do JESEDU abre o segundo ciclo de discernimento, intitulado “Caminhando como Rede Global a Serviço da Missão”. Esse ciclo vem na sequência do anterior, “Descobrindo Nosso Potencial Apostólico Global”, com diversos encontros ao longo de oito anos (entre eles o 1º JESEDU, realizado no Rio de Janeiro em 2017), que ajudaram a gerar estrutura e foram fator de conexão humana.

 

 

O simpósio é chefiado pela Comissão Internacional para o Apostolado Educativo Jesuíta (ICAJE) e organizado pela Conferência Jesuíta Ásia-Pacífico (JCAP), com base nas Filipinas. Além de contar com suporte do Secretariado de Educação da Companhia de Jesus e da plataforma Educate Magis, que reúne educadores de escolas jesuítas ao redor do mundo.

A Proposta Pedagógica do Espaço Nossa Senhora Imaculada

 

 

A Companhia de Jesus, de forma sábia e discernida, se renova ao longo dos tempos na sua missão educativa. E o Colégio dos Jesuítas, integrante dessa história centenária, busca incansável e incessantemente, ressignificar a sua prática pedagógica ao longo dos 65 anos em que atua na cidade de Juiz de Fora.

 

 

O Colégio apresenta, neste ano inaciano, a renovação da proposta pedagógica das turmas da Unidade I, desenvolvida e refletida ao longo dos últimos anos, que posteriormente se estenderá às Unidades II e III. Tal proposta foi idealizada pelos professores e por toda a equipe de gestão. Esse sonho, tão cheio de vida, busca oferecer experiências que favoreçam as diferentes aprendizagens nas dimensões cognitiva, socioemocional e espiritual-religiosa de forma ainda mais qualificada, pautada nos princípios da Pedagogia Inaciana, através de um currículo criativo e inovador.

 

 

 

 

A proposta pedagógica será vivenciada em um novo espaço físico, com ambientes amplos e coloridos, que certamente contribuirão para a aprendizagem e o desenvolvimento de nossas crianças através de experiências, construções e muitas descobertas. Com o olhar para a formação integral de cada um, a partir de uma aprendizagem significativa que impulsione a autonomia de cada estudante, utilizaremos diversos recursos e variadas estratégias que propiciam o ressignificar das vivências, espaços, tempos e lugares.

 

 

A criança é reconhecida como um sujeito que possui um papel ativo e autônomo no espaço educativo e o experimenta através de interações e das brincadeiras. Assim, precisamos favorecer experiências sempre mais contextualizadas, que façam sentido para a criança e que ela possa compreender, além de si mesma, o mundo que a cerca e como poderá contribuir na sociedade, em termos humanos e científicos, para que todos, inclusive ela, sejam mais felizes.

 

A proposta pedagógica do Espaço Imaculada oferece um lugar cheio de vida e para a vida, capaz de contribuir para o desenvolvimento dos sonhos de nossas crianças. Aqui, a aprendizagem é para toda a vida.

 

Por Amanda dos Reis Santos

Coordenadora da Unidade I

Estudante Luísa Capobiango Romano Januzzi lança livro “O Urso Espaguete” com reflexão sobre a empatia

 

A estudante Luísa Capobiango Romano Januzzi, do 2º ano/Fundamental lançou o livro “O Urso Espaguete”, com a história de um ursinho que vive em um local encantado, mas se encanta com o mundo dos humanos. A partir disso, ele passa por uma mudança de comportamento e é chamado à uma reflexão sobre valores e amizade.

 

Na obra, a estudante discorre sobre a importância da empatia e o mérito no ato de reconhecer os próprios erros e começar mais uma vez.

 

De acordo com a mãe da Luísa, Carolina Capobiango Romano Quintão, a menina passou pelo processo de alfabetização no Colégio dos Jesuítas, no ano passado. A produção do livro aconteceu em um curso da Editora Paratexto, de Juiz de Fora, em que crianças conhecem as etapas de produção de um livro, além de serem estimuladas à criação de personagens e enredo.

 

Agora, a estudante já prepara novas histórias em seu caderno. Para a mãe, um conjunto de fatores incentivou Luísa a escrever o livro: o curso, o acompanhamento dos estudos em casa e também a formação adquirida no Colégio.

 

“O Colégio disponibiliza os livros para ler toda semana às crianças, é um conjunto de fatores nesse aprendizado (…) Eu acho que o Colégio estimula a leitura, tem os momentos de leitura nas aulas, exercem atividades”, avalia. A mãe conta ainda, que as ilustrações da obra foram criadas pela menina, com exceção da capa, produzida por um ilustrador.

 

As professoras Anna Carolina Dalamura e Flávia Souza, regentes da turma da Luísa Capobiango nos anos de 2020 e 2021, respectivamente, destacam que durante o processo de alfabetização, ocorrido, em grande parte, de forma remota, o interesse da estudante pela escrita e pela leitura era evidente a todo momento.

 

“Ao recebermos o livro ‘A história do urso espaguete’, escrito pela discente, a emoção e a alegria por acompanhá-la no processo escolar emergiram instantaneamente, pois, além de apreciarmos o belo trabalho desenvolvido por ela, ficou claro o quanto o incentivo à leitura pode contribuir com o incessante diálogo sobre empatia, com o aprimoramento da criatividade, o despertar do interesse pela escrita, bem como com o desenvolvimento das capacidades linguísticas e com a construção do senso crítico, tudo isso intrínseco às sensações maravilhosas causadas por essa prática”, afirmam. Na avaliação das professoras, a atitude “inspiradora” pode encorajar outros estudantes a mergulharem nas possibilidades das práticas de letramento.

 

O livro está disponível para download em PDF.