Atividades físicas e cuidado em família

 

Lendo os sinais dos tempos, deparamo-nos com uma sociedade extremamente acelerada pela rotina de trabalho e estudo, causando, muitas vezes, cansaço, estresse e ansiedade. Além disso, estamos inseridos em um mundo cada vez mais conectado e inundado de inovações tecnológicas, que estão presentes em várias atividades diárias, inclusive no lazer. Diante desse contexto, o discurso, geralmente, caminha para o da falta de tempo ou do cansaço, no que diz respeito à prática de atividades físicas.

 

Voltando nosso olhar para o cuidado com nossa saúde física e mental, as atividades físicas podem proporcionar diversos benefícios que vão auxiliar desde atividades simples do cotidiano, até a profilaxia de doenças. Ou seja, praticar atividades físicas regularmente promove o desenvolvimento das capacidades físicas, estimula o sistema imunológico, influencia os processos cognitivos e anímicos, bem como é uma ótima ferramenta de socialização. Sendo assim, é importante separarmos um momento em nossa agenda para destinar ao cuidado com nosso corpo e nossa mente.

 

Além de uma prática regular de atividades físicas, existem inúmeras maneiras de colocarmos nosso corpo em movimento, tais como: passeio de bicicleta, caminhada, prática de algum esporte ou luta, brincadeiras etc., e o mais importante é que tais atividades podem ser realizadas em família. Diante da pandemia causada pela covid-19, uma das lições que ficam do distanciamento social físico é que podemos adaptar as atividades dentro da realidade de cada pessoa e de cada família, no que diz respeito ao espaço, ao material e aos limites de cada um. Na perspectiva do cuidado em família, praticar atividades físicas com alguém do nosso convívio pode ser muito mais motivante e prazeroso, proporcionando momentos de alegria e gerando uma cumplicidade na busca por uma vida mais saudável.

 

Portanto, aqui fica um desafio: se você já faz alguma atividade física de forma regular, convide alguém de sua família para lhe acompanhar e compartilhe os benefícios que a prática tem trazido para seu corpo e sua mente. E caso você ainda não tenha começado, que tal dar o primeiro passo? Nunca é tarde para desenvolver hábitos saudáveis!

 

Por Arhur Rodrigues do Amaral Castellões

Coordenador da Escola de Esportes

Votações abertas para 5º Concurso de Redação e Arte da RJE

 

Estão abertas as votações para a 5ª edição do Concurso de Redação e Arte da Rede Jesuíta de Educação (RJE). O tema neste ano é “Ver novas todas as coisas em Cristo”, mesmo lema do Ano Inaciano 2021-2022. O voto pode ser dado através da plataforma Moodle, basta inscrever-se na página “5º Concurso de Redação e Arte da RJE” na aba Cursos. A votação, aberta para estudantes e colaboradores dos colégios da Rede Jesuíta, seguirá aberta até 18 de setembro.

 

 

Os trabalhos artísticos foram feitos por estudantes matriculados do 7º ao 9º ano nos colégios da RJE. São três categorias: produção textual, produção artística e produção fotográfica.

 

O Concurso de Redação e Arte acontece desde 2016. Neste ano os colégios vivem a retomada do certame, após uma pausa em 2020, causada pela pandemia da covid-19.

 

 

Os estudantes do Colégio dos Jesuítas tiveram acompanhamento de professores para a produção das obras. Neste processo, os jovens foram inspirados por obras de arte clássicas e contemporâneas, passagens bíblicas, textos jornalísticos e contos.

 

 

Antes da votação ser aberta, as peças passaram por seleção interna. Na sequência, os trabalhos escolhidos foram enviados ao Comitê Central da Rede Jesuíta de Educação.

 

 

Confira a lista de trabalhos dos estudantes do Colégio dos Jesuítas que participam do concurso:

 

Produções Artísticas:

Igualdade em nossas lutas – Sofia Barbosa de Souza Cruz – 7º ano/EF

As múltiplas faces de Cristo – Daniel Costa Oliveira – 7º ano/EF

Uma obra de amor é uma obra de arte – Paola de Castro Tempésta – 7º ano/EF

Eis que faço novas todas as coisas – Miguel Navarro Tavares – 7º ano/EF

Ame ao próximo como Cristo os amou – Samuel Finotti Cordeiro Salgueiro Perobelli – 7º ano/EF

 

Produções Textuais:

Sem título – Maria Antônia de Carvalho e Freitas – 8º ano/EF

Ilha Escondida – Lorena Valle de Mello Silveira – 8º ano/EF

O milagre da dedicação – Maria Fernanda Paviato Borboni – 8º ano/EF

A remissão dos pecados – José Lutterbach Sales – 8º ano/EF

 

Produções Fotográficas:

Coração que só Cristo vê – Julia Felix de Souza Henriques – 9º ano/EF

O respeito atravessando limites – Laura Ferreira Guimarães – 9º ano/EF

Resiliência – recorrer à fé em tempos difíceis – Carolina Nagen Bellotti da Costa – 9º ano/EF

Proteja o hoje que será a empatia de amanhã – Isabelle Paschoalim Oliveira – 9º ano/EF

Estender a mão ao próximo é o calor necessário conforme Cristo nos ensinou – Lívia Carmo Chaves – 9º ano/EF

A voz do povo é a voz de Deus: breve reflexão sobre o folclore brasileiro

 

Tradicionalmente, entende-se que o termo folclore seja um neologismo de folk-lore, no qual o vocábulo inglês folk significa “gente” ou “povo” e lore significa “conhecimento”. Assim, pode ser entendido como um conhecimento tradicional de um povo. Sua primeira utilização remete-se ao século XIX, quando Ambrose Merton (pseudônimo do arqueólogo Willian Thoms) teria enviado uma carta à revista londrina “The Atheneum”, que a publicou em agosto de 1845 usando o termo.

 

Porém, o interesse pelo folclore nasce muito antes, no fim do século XVIII, quando autores como os Irmãos Grimm e Herder iniciaram estudos acerca da poesia tradicional alemã. Através desses estudos, foi desvelada uma cultura popular que, rapidamente, passou a ser colocada em oposição à cultura das elites e das instituições oficiais, considerada erudita.

 

Da Alemanha, esse interesse despertou a curiosidade de estudiosos de outros países e se espalhou em círculos de estudos de outras formas culturais, como as músicas, as práticas religiosas etc. No início da organização sistemática desses saberes populares, os estudiosos adotaram métodos aplicados ao estudo da cultura erudita, fato que inviabilizava compreensões mais profundas dos modos de ver o mundo encarnadas naquelas narrativas campesinas.

 

Assim, o resultado desses primeiros estudos reforçou a dicotomia erudito x popular, produzindo, consequentemente, uma ideia de hierarquia na qual o erudito se tornou melhor do que o popular. A palavra folclore passou a ser utilizada para se referir às tradições, aos costumes e às superstições das classes populares, inferiorizadas. Mais tarde, a palavra folclore passou a ser relacionada a toda a cultura nascida principalmente nessas classes, dando ao folclore o status de histórias não escritas de um povo.

 

Mesmo com o avanço da ciência e da tecnologia, anos mais tarde, a influência do pensamento positivista do século XIX contribuiu para dignificar as tradições populares, entendendo-as como um continuum em uma cadeia ininterrupta de saberes que deveria ser apreciada para se entender a sociedade moderna. Houve, portanto, uma conscientização de que a cultura popular poderia desaparecer devido ao novo modo de vida urbano-industrial, seu estudo se espalhou, ao mesmo tempo em que ela passou a ser usada como elemento principal em obras artísticas, despertando o sentimento nacionalista dos povos.

 

Não demorou muito para que os estudos do folclore se estendessem às Américas, nos Estados Unidos, em 1888, William Wells Newell, Mark Twain, Rutherford Hayes e um grupo de outros interessados fundaram a Sociedade Americana de Folclore (do inglês “American Folklore Society”). Essa instituição publica um jornal até hoje, o Journal of American Folklore. A contribuição desses estudiosos estadunidenses ocorreu através de pesquisas apoiadas por universidades, o que definiu novas metodologias e lançou as bases para a fundação do folclorismo como uma nova especialidade científica, ao lado da antropologia.

 

Aqui no Brasil, os primeiros interesses levaram aos primeiros registros escritos de tradições orais, depois se passou a estudar a música, e mais tarde as festas sazonais. Nesse contexto, diversos artistas ligados à elite urbana brasileira passaram a lançar mão de elementos da cultura popular em suas criações destinadas aos círculos ilustrados, como parte de um projeto, estimulado e desenvolvido pelo governo de Dom Pedro II. A ideia era construir uma identidade simbólica nacional que poderia contribuir para a colocação do país entre aqueles considerados ‘civilizados’.

 

Na verdade, a elite nunca foi inteiramente descolada da influência da cultura popular, porém obras como, por exemplo, I-Juca-Pirama, de Gonçalves Dias, e a música de Luciano Gallet e Alexandre Levy deram destaque a temas do folclore brasileiro no contexto das artes cultas. Desde então, o interesse pelo assunto só cresceu, e, em vários campos, artísticos e acadêmicos. Vale destacar que o folclore interpretado pela elite branca urbana acabou sendo adaptado a fim de naturalizar relações sociais de exploração.

 

Com o aumento dos movimentos nacionalistas, novos desdobramentos dos estudos dos saberes populares surgiram, e, com o surgimento do Modernismo, o folclore passou a ser visto como a verdadeira essência (muitas vezes “embranquecida”) da brasilidade. Procurando colocar o folclore em diálogo com as ciências humanas e sociais, que naquela altura nasciam no país, Mário de Andrade, um dos líderes do Modernismo brasileiro, passa a ser considerado um grande pesquisador do folclore nacional.

 

Outros nomes influentes ligados ao movimento modernista que podem ser citados são: os pintores Di Cavalcanti e Tarsila do Amaral e o músico Villa-Lobos. Estes também incorporaram elementos do folclore em suas obras de maneira destacada. Quando Mário dirigiu o Departamento de Cultura do Estado de São Paulo, entre 1935 e 1938, criou a Sociedade de Etnologia e Folclore, abrindo cursos para a formação de pesquisadores, como Lévi-Strauss.

 

Em meados do século XX, foram atraídos para esse movimento Cecília Meireles, Câmara Cascudo, Edison Carneiro, Florestan Fernandes e Gilberto Freyre. Além de estrangeiros como Roger Bastide e Pierre Verger. Nessa altura, o ‘movimento folclorista’ institucionalizou-se com a criação da Comissão Nacional de Folclore (CNF), fundada em 1947 por Renato Almeida, através de recomendação da UNESCO. Naquele ano, o folclore se inseria nas iniciativas em favor da paz mundial.

 

O folclore ganha status de elemento de compreensão entre os povos, já que, ao mesmo tempo, incentivava o respeito pelas diferenças e permitia a construção de identidades diferenciadas. Mais de uma década depois da criação da CNF, em 1958, foi instituída pelo Ministério da Educação a Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro. Fato que incentivou debates e pesquisas através de comissões estaduais de folclore, engajando colaboradores do interior. Esse intercâmbio cidade-campo foi importante para que fosse reconhecida a importância e validade da intimidade dos colaboradores do interior com a cultura interiorana, mesmo que não tivesse uma especialização profissional.

 

Os folcloristas passaram a contar, a partir de 1961, com a Revista do Folclore Brasileiro, que se tornou um importante meio de divulgação e discussão do tema. A revista circulou até 1976 totalizando 41 volumes e se tornou uma incentivadora de pesquisas. Porém, apesar de tantas conquistas do folclorismo brasileiro, ainda não possuía a credibilidade que merecia. Ao longo da segunda metade do século XX, algumas polêmicas surgiram, e, aos poucos, o folclorismo foi perdendo espaço sendo afastado do ambiente acadêmico, no qual se consolidava. Alguns professores permaneceram ligados às universidades, porém a disciplina foi sendo direcionada para um subcampo das ciências sociais.

 

Segundo Claudia Marcia Ferreira, Diretora do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, a situação do folclorismo ficou pior com o golpe militar de 1964, na ocasião, houve a demissão de Edison Carneiro do cargo de diretor da Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro, até então, o principal folclorista. A Campanha foi fechada no dia primeiro de abril com um cartaz na porta que dizia: “Fechado por ser um antro de comunistas”. Com isso, encerrava-se todo um ciclo do folclorismo brasileiro iniciado há cem anos.

 

Em 1965, por força de um decreto, passou a ser comemorado em todo o território nacional, o Dia do Folclore. Para muitos pequenos brasileiros, a data só é lembrada no ambiente escolar e só em agosto. Já para a população adulta, de maneira bastante superficial, infelizmente, a ideia comum de “folclore” limita-se a um conjunto de narrativas fantásticas criadas a partir do que se considera “cultura popular do interior”.

 

Renato Almeida, em 1979, se torna o diretor da nova Campanha de Defesa do Folclore Brasileiro, finalmente reaberta e incorporada à Funarte, que se transformou no Instituto Nacional do Folclore. Em 1990, o Instituto passou a ser denominado Coordenação de Folclore e Cultura Popular, hoje chamado Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, vinculado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

 

Os esforços do final do século de retomada de um novo ciclo do folclorismo brasileiro ganham força atualmente. Pesquisadoras e pesquisadores negros e indígenas, através de seus estudos e de sua perspectiva, buscam contribuir com o debate apresentando novos olhares para o tema.

 

Infelizmente, segundo muitos desses autores, sem muita reflexão ou senso crítico, chegam às cidades versões desterritorializadas de estórias do campo. Na cidade, tais narrativas passam por um processo de desvalorização e são reduzidas, muitas das vezes, a lendas vazias, descoladas de um sentido simbólico maior. Fato verificado, especialmente, quando se trata das manifestações culturais de populações subalternizadas nas quais os personagens são negros, indígenas ou mulheres.

 

Segundo Clíssio Santana, historiador, “o problema está na construção dessas práticas, que, muitas vezes, se não na maioria delas, é construída de forma estereotipada, racista, homofóbica, misógina e preconceituosa.” Para o autor, repensar essas narrativas é de extrema importância para que possamos utilizar esse enredo de forma positiva, uma vez que as narrativas folclóricas são utilizadas, principalmente, com crianças em idade escolar: “não existe ingenuidade na construção do Saci-Pererê, por exemplo, onde a imagem do ‘negro malandro’ que não é e nem merece ser levado a sério é reforçada”.

 

Assim, como trabalhar para uma real valorização destes saberes tradicionais? Santana nos ajuda a responder a essa questão ao evidenciar, mais uma vez, a personagem do Saci-Pererê, a qual, segundo o autor, “é fruto de uma visão racista, europeizada e preconceituosa sobre o negro e o seu lugar na história do Brasil”. Professores comprometidos com uma educação antirracista, por exemplo, podem trabalhar tal personagem através de suas características clássicas (inteligência, astúcia, criatividade, ludicidade) de modo a valorizá-lo.

 

Lendas e mitos bem conhecidos como Boitatá, Capelobo, Cobra-grande, Corpo-seco, Boto, Cuca, Curupira, Lobisomem, Iara, Mandioca, Mapinguari, Mula sem cabeça, Negrinho do Pastoreio, Vitória Régia, entre outras devem ser valorizadas e respeitadas como outras formas de interpretar o mundo, muitas são para os indígenas, por exemplo, manifestações sagradas de algo que já existiu em algum momento ou que ainda existe.

 

A Constituição do Brasil protege o folclore através dos artigos 215 e 216, que tratam da proteção do patrimônio cultural brasileiro, ou seja, “os bens materiais e imateriais, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira”. Nós, brasileiros, com a intenção de contribuir com essa proteção, devemos exercitar nossa alteridade frente a essas narrativas, dando espaço para novas formas de ver o mundo.

 

Por Henrique Lage Chaves

Professor

Carta conjunta da Arquidiocese de Juiz de Fora e instituições católicas de ensino para a PJF sobre o retorno das aulas presenciais

 

O Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira, em conjunto com representantes das instituições católicas de ensino, assina carta direcionada à Prefeita Margarida Salomão, solicitando o retorno imediato das aulas presenciais ou híbridas na cidade.

 

 

Na mensagem, o Arcebispo destaca o avanço na compreensão das características da covid-19 e que países como China, Canadá e Dinamarca, além de outras regiões do Brasil, já estão tendo a experiência do retorno às aulas presenciais.

 

 

Os impactos emocionais e de aprendizado do ensino remoto sobre as crianças também foram citados, além da importância do cumprimento dos protocolos sanitários para uma retomada segura.

 

 

Na carta, o Arcebispo Metropolitano e os representantes das escolas católicas também se colocam à disposição para que a atual tribulação seja vencida “com fé em Nosso Senhor Jesus Cristo, confiança, prudência e esperança”.

 

 

“A educação é sobretudo uma questão de amor e responsabilidade que se transmite, ao longo do tempo, de geração em geração”.

Papa Francisco

 

Leia o texto da carta na íntegra.

Estudantes participam da Semana de Preparação da NUJE

As Nações Unidas no Colégio dos Jesuítas (NUJE), evento que simula os trabalhos da Organização das Nações Unidas (ONU), contou com uma Semana de Preparação realizada entre os dias 9 e 13 de agosto. Os workshops à distância aperfeiçoaram os estudantes para a participação nos três comitês da NUJE: Assembleia Geral, Conselho de Segurança e Superior Tribunal Federal.

 

Em 9 de agosto, o professor, sociólogo, bacharel em Direito e assessor parlamentar na Câmara dos Deputados, Juber Pacífico, fez uma palestra sobre o Supremo Tribunal Federal (STF). A importância da corte e como ela funciona foram alguns dos temas abordados.

 

Nos dias 10 e 13 de agosto, o Diretor Geral do Colégio dos Jesuítas, Professor Edelves Rosa Luna, concedeu workshops de debates com o apoio do Orientador Pedagógico Ivan Bilheiro. Cada encontro teve três horas de duração.

 

Já no dia 11 de agosto, foi a vez de o Assessor de Área para as Ciências Humanas, Filipe Queiroz, conceder palestra com o tema “O funcionamento e os fundamentos das Relações Internacionais”.

 

E em 12 de agosto, o assunto foi o trabalho dos jornalistas. O workshop “Atuação jornalística: a importância da comunicação”  foi ministrado pelo editor de Conteúdo no G1, Fabiano Rodrigues, e contou com as participações especiais por meio de vídeo, da editora do Jornal Hoje (TV Globo) Emilene Silva e da editora-chefe e apresentadora do MG1 da TV Integração (afiliada Globo) em Juiz de Fora, Érica Salazar.

 

A Semana de Preparação é uma novidade desta edição da NUJE e ofereceu bases teóricas e práticas para a realização de debates construtivos, respeitosos e assertivos, fundamentados na boa articulação de ideias e argumentos.

 

 

A edição 2021 da NUJE começará nesta quinta-feira (19) e seguirá até o sábado (21). Esta é mais uma ação que efetiva o protagonismo do estudante como um dos elementos da formação integral do Colégio dos Jesuítas.

Pe. Sérgio Mariucci, SJ, é escolhido para ser o novo reitor da Unisinos

O secretário para Educação da Província dos Jesuítas do Brasil (BRA) e antigo Diretor Geral do Colégio dos Jesuítas, Pe. Sérgio Eduardo Mariucci, SJ, será o novo reitor da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), instituição de ensino superior jesuíta, com dois campi no Rio Grande do Sul (Porto Alegre e São Leopoldo), além de polos EAD em sete estados. Pe. Sérgio assumirá a nova função no próximo mês de janeiro, para o triênio 2022-2025.

 

À esquerda o atual reitor da Unisinos, Pe. Marcelo Fernandes de Aquino, SJ. À direita, o futuro reitor, Pe. Sérgio Mariucci, SJ

 

A novidade é parte das mudanças na gestão da Unisinos anunciadas nesta terça-feira (17). Depois de quatro mandatos como reitor (desde 2006) e outro período como vice-reitor (2002-2005), o Pe. Marcelo Fernandes de Aquino, SJ, comunicou a transição à comunidade universitária. A Unisinos está entre as melhores universidades do país e é a maior obra educacional jesuíta da América Latina e Caribe.

 

 

Pe. Sérgio Eduardo Mariucci, SJ, é natural de Maringá (PR). Na Unisinos, ele é professor e pesquisador colaborador do Programa de Pós-Graduação em Design e diretor da Unidade Acadêmica de Graduação (desde 2019).

 

 

“A gente sabe que a qualidade do serviço prestado por uma universidade, deve-se à qualidade das pessoas que trabalham nela. Do mesmo modo que eu tenho consciência de continuar o serviço de qualidade da educação oferecida aos jovens e pesquisadores que nos procuram, é também missão do reitor cuidar das pessoas que trabalham na universidade”, pontua o Pe. Sérgio, que tem na afetividade uma marca registrada do seu trabalho.

 

 

Pe. Sérgio Mariucci, SJ, foi Diretor Geral do Colégio dos Jesuítas entre os anos de 2015 e 2018. O atual Diretor Geral, Professor Edelves Rosa Luna, chamou o Padre de “querido amigo” do Colégio e parabenizou-o pelo novo compromisso.

 

 

“Uma figura distinta, serena e assertiva, que por onde passa deixa a sua marca de alegria no servir e de motivação para o melhor serviço em favor dos demais. Recebemos com muita alegria a notícia da nomeação do Pe. Sérgio Mariucci como próximo reitor da Unisinos, importante universidade da Companhia de Jesus, que muito já tem colaborado com a Rede Jesuíta de Educação através das ofertas de formação, como mestrado e doutorado, que qualificam o corpo apostólico em missão na educação básica”, ressaltou o Professor Edelves, que estendeu seus cumprimentos ao futuro vice-reitor da Unisinos, Professor Artur Eugênio Jacobus.

 

 

Docente na graduação e coordenador do Mestrado Profissional em Gestão Educacional, Artur Jacobus também assumirá o vice-reitorado em janeiro do próximo ano. As mudanças foram promovidas pelo Provincial dos Jesuítas no Brasil, Pe. Mieczyslaw Smyda, SJ.

Era Vargas é tema de debates na 3ª série do Ensino Médio

O gaúcho Getúlio Vargas foi presidente do Brasil em duas ocasiões: de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954

 

As turmas da 3ª Série do Ensino Médio participaram de um ciclo de debates sobre a Era Vargas (1930–1945), período em que Getúlio Vargas ocupou a Presidência da República. A atividade foi realizada à distância, por meio da plataforma Teams, que é utilizada pelo Colégio dos Jesuítas para aulas e demais encontros virtuais.

 

Segundo o coordenador dos trabalhos, o professor de História Leandro Almeida, os debates aconteceram em cada uma das turmas da 3ª série do Ensino Médio, dos períodos da Manhã e Integral. Cada debate foi dividido em duas partes. Na primeira, os estudantes foram distribuídos em subgrupos de forma aleatória e puderam relacionar diversos pontos de vista sobre Vargas com base em argumentos historiográficos.

 

Depois, com toda a turma reunida, aconteceu o confronto de ideias. “Pude perceber que os estudantes se envolveram muito. Pesquisaram além do que foi disponibilizado e tiveram respeito e tolerância com os colegas, mantendo um alto nível das discussões. Foi uma ótima experiência”, afirma o professor Leandro Almeida.

 

Opinião compartilhada pelas estudantes Giovanna Marinho Duarte, Laura Delgado Lavinas e Maria Eduarda Fraga Gomes, todas da 3ª série do Ensino Médio. No vídeo abaixo, elas falam sobre como os debates ocorreram.

 

 

 

Os debates aconteceram no mês de julho, após o estudo do período varguista. Os estudantes também responderam a questões discursivas e objetivas sobre o tema. Ainda de acordo com o professor de História Leandro Almeida, os jovens fizeram suas próprias pesquisas sobre trabalhos de historiadores e cientistas políticos e sociais, o que contribuiu para o enriquecimento do debate.

 

Getúlio Dornelles Vargas, mais conhecido simplesmente como Getúlio Vargas, nasceu em São Borja (RS) e foi presidente do país em duas ocasiões, de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954. Os debates foram focados no primeiro governo, mas foram permitidas citações fundamentadas sobre o segundo mandato.

 

Dia Nacional das Artes

 

“Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer
Porque metade de mim é plateia
A outra metade é canção.”
(Oswaldo Montenegro)

 

Falar sobre o Dia Nacional das Artes é falar sobre algo que está intrinsecamente relacionado a nossa natureza humana, ainda que não consigamos perceber. A arte começa em nossas vidas de várias formas. Antes mesmo de nascer somos estimulados pelas vozes, canções e músicas de nossos pais e nossos primeiros passos já apontam a coreografia da vida. Felizes são aqueles que têm a oportunidade de conhecer, apreciar e desenvolver o gosto artístico através da escola, pois este espaço amplia a oportunidade de conhecer/fruir/fazer arte e de ir mais além, ao infinito e além.

 

Sabemos ao certo que discutir o valor da arte é inútil, mas, em tempos de pandemia e confinamento forçado já ficou claríssimo que a ausência dela em nossas vidas seria extremamente insuportável. Muito provavelmente em tempos de isolamento social, você tem assistido Lives artísticas do colégio, filmes, séries e desenhos através das plataformas de streaming como Netflix, Amazon, Disney Club e etc, não é? Agradeça aos artistas. Se você está ouvindo música, apreciando uma arquitetura de um prédio interessante da janela de seu quarto ou escritório, isso é Arte. Ao visitar aquela igreja em uma cidade histórica, é Arte. Aprendeu uma maquiagem nova? Arte. Acabou de ler um livro e começou outro porque as histórias são fascinantes? Arte. Em todo lugar do mundo em diferentes tempos históricos, para o nosso deleite e entretenimento, há arte e artistas empenhados em amenizar o nosso tédio e nos proporcionar momentos de intenso prazer e alívio.

 

Mas as perguntas e provocações em torno da Arte, são insistentes: pra que serve a arte? Qual é a sua função? Precisamos de arte na vida? Estes questionamentos não devem ser respondidos por artistas ou especialistas da área e sim, por apreciadores, degustadores e porque não dizer, consumidores. Sim, querendo ou não, o tempo inteiro estamos consumindo arte. A diferença das respostas está na relação com que cada um tem com ela. Por exemplo, o nosso colégio está repleto de espaços em que a arte se faz presente, basta fecharmos os olhos por alguns instantes e tentar relembrar que espaços são esses e que sensações eles nos proporcionam: paz, acolhida, contemplação, alegria? A começar pelas capelas do Colégio dos Jesuítas e do Recanto Manresa, com seus vitrais trazendo a beleza da arte sacra; a área de acolhida, o pátio, a biblioteca, enfim, se cada um fizer um pequeno esforço, encontrará aquele cantinho aconchegante e afetuoso. E repare, nele provavelmente terá o toque especial e cuidadoso da arte.

 

A arte pode ser entendida como um dos itens de primeira necessidade, basta observarmos atentamente à nossa volta. Quando acordamos pela manhã e abrimos nossos olhos, o que vemos? Como é a forma das coisas que escolhemos para compor o nosso ambiente familiar? E o espaço de trabalho? O que nos diz imageticamente? Que músicas ouvimos durante o dia ou quando estamos fazemos uma viagem em família? Cantarolamos ou cantamos composições criadas e inspiradas no pulsar da vida? Até mesmo nas clínicas, consultórios ou na sala de espera dos hospitais encontramos, mesmo que de forma solitária, uma obra artística. De onde vem isso tudo?

 

Talvez não tenhamos uma resposta satisfatória ou talvez a resposta esteja no passado… Nos primórdios, os desenhos e pinturas rupestres revelavam evidências de uma humanidade inquieta e disposta a expressar tudo o que lhe acontecia naquele momento. Sabemos disso hoje porque aprendemos a olhar atentamente, a apurar nossas escutas e, principalmente, por que o ser humano passou a nomear os seus sentimentos, sensações e estranhamentos, não somente com a palavra mas com todo o seu ser.

 

“Desde a época em que habitava as cavernas, o ser humano vem manipulando cores, formas, gestos, sons, silêncios, superfícies, movimentos, luzes etc., com intenção de dar sentido a algo, de comunicar-se com o outro. A comunicação entre as pessoas, as leituras de mundo, não se dão apenas por meio da palavra. Muito do que sabemos sobre o pensamento e o sentido das mais diversas pessoas, povos, países, épocas são conhecimentos que obtivemos única e exclusivamente por meio de suas músicas, teatro, poesia, pintura, dança, cinema etc.” (MARTINS et al, 2010, p.13)

 

E o Dia Nacional das Artes, como ele surgiu?

“O Dia Nacional das Artes surgiu a partir do decreto de lei nº 82.385, de 5 de outubro de 1978, e a partir da Lei nº 6.533, de 24 de maio de 1978. Tais leis regulamentaram a profissão de Artista e Técnico em Espetáculos de Diversões, além de mais de 100 outras funções que também podem estar inseridas no que seria considerado um trabalho artístico.” (https://www.calendarr.com/brasil/dia-nacional-das-artes/).

 

Como vimos acima, essa data é um marco para garantir aos artistas o exercício de seu ofício. Afinal, o gesto de quem nos apresenta a poética da vida, deve ser entendido como uma profissão. Todo o tempo que os artistas empenham na feitura de suas obras, estas que consumimos constante e incansavelmente, deve receber o devido valor. O artista pensa, estuda, elabora, executa, produz, divulga, tem gastos e responsabilidades como qualquer outro profissional. Por isso essa data é tão importante, para que possamos reconhecer e valorizar a sua importância em nossas vidas. Como já dizia o poeta Ferreira Gullar “A Arte existe porque a vida não basta”.

 

Por Marcos Monrsi Bavuso Ribeiro

Professor 

Antigo estudante é aprovado para programa universitário nos Emirados Árabes

 

O antigo estudante do Colégio dos Jesuítas Gabriel Xavier Basques Soares foi selecionado para o programa de estudos Zayed University X Minerva Schools, nos Emirados Árabes Unidos. O jovem embarca, ainda nesta semana, para Dubai. A iniciativa oferece uma formação multidisciplinar ao longo de quatro anos, com ensino voltado para a prática e em sintonia com o mercado de trabalho.

 

Este programa é resultado da união entre duas instituições de ensino superior. A Zayed University é uma universidade pública dos Emirados Árabes, com unidades em Dubai e Abu Dhabi. Já a Minerva Schools é uma universidade particular sediada em San Francisco, nos Estados Unidos, a qual está presente em sete países, por onde os estudantes passam ao longo da graduação.

 

 

Campus da Zayed University em Abu Dhabi

 

Antes de ser convidado para o programa universitário, Gabriel Basques já havia sido aprovado para a Minerva Schools. Desta vez, a ida foi possível devido a uma bolsa de estudos. “Primeiramente descobri a Minerva e, desde o início, fiquei maravilhado com a universidade e com a sua metodologia, dando a possibilidade de me desenvolver como um ser humano integral, fora do sistema padrão de ensino. Após isso, candidatei-me e fui aprovado em um dos programas da universidade, porém, sem ajuda financeira, impossibilitando minha ida. Pouco tempo depois, recebi um e-mail explicando sobre a nova parceria com a Zayed University e um convite para juntar-me a essa aventura, mas, desta vez, com uma bolsa de estudos generosa”, conta o formando da turma de 2019 do Colégio.

 

Em sua trajetória acadêmica, Gabriel acredita que o contato com diversas atividades extracurriculares no Colégio dos Jesuítas ajudou-o a desenvolver habilidades “fundamentais” para que fosse escolhido no programa da Zayed e da Minerva.

 

“Por exemplo, protagonismo, empatia, inclusão, colaboração e espiritualidade”, avalia.

 

Ao ingressar no programa, os estudantes deparam-se com um currículo interdisciplinar formado por três frentes: Transformação de Negócios (Empreendedorismo e Negócios), Sistemas Computacionais (Tecnologia e Inovação) e Inovação Social. No começo do terceiro ano de programa, os universitários devem escolher em qual frente vão se especializar. Segundo Gabriel, ele pretende priorizar a primeira e a segunda área.

 

 

Campus da Zayed University em Dubai

 

Agora, Gabriel vai passar por uma mudança radical em sua vida com a ida para os Emirados Árabes. O começo da nova etapa é sinônimo de entusiasmo. “Falando bem a verdade, ‘a ficha não caiu’ ainda. Estou muito animado com os novos desafios que estão por vir, feliz por ter conquistado esta oportunidade e grato a todos que me ajudaram a chegar aqui, Deus, família, amigos, Colégio… É somente o primeiro passo de vários outros que ainda virão. A ‘batalha’ está apenas começando!”, ele diz.

 

Gabriel Basques também deixa uma mensagem antes de embarcar e dá dicas para quem quiser seguir seus passos. “Colégio e Colaboradores, muito obrigado a cada um que contribuiu para minha formação por meio não só dos conhecimentos, mas também do jeito de ser, de viver e ensinar. A cada um que se dedicou em fazer um mundo melhor com pessoas melhores. Aos estudantes: sonhem alto, saiam do comum, façam sua parte e sejam ‘diferentes’. No final, Deus não dá o que você quer, e sim o que precisa. Sempre olhe o copo meio cheio e acredite no processo”, finaliza.

Encontro virtual marca encerramento do primeiro ciclo do Sistema de Qualidade na Gestão Escolar

 

O Colégio dos Jesuítas encerrou o primeiro ciclo do Sistema de Qualidade na Gestão Escolar (SQGE), um programa proposto pela Federação Latinoamericana de Colégios da Companhia de Jesus (FLACSI). O objetivo, ao aplicar o projeto, é acompanhar os estudantes e toda a comunidade acadêmica, além de aprimorar os processos educativos.

 

Um encontro virtual marcou o encerramento deste primeiro momento, nesta terça-feira (3). Na abertura dos trabalhos, o Diretor Geral do Colégio dos Jesuítas, Professor Edelves Rosa Luna, destacou a característica do Sistema de registrar e mensurar a qualidade do processo educativo. Além disso, saudou a presença da Diretora do SQGE, Mora Podestá, como demonstração do elo entre as unidades jesuítas de educação básica presentes no continente americano.

 

“A presença da Mora Podestá é um exemplo dessa ligação que nós do Colégio dos Jesuítas, na cidade de Juiz de Fora, temos não só com os outros Colégios do Brasil, mas com os Colégios da América Latina. E que nós todos, vivenciando as nossas realidades locais, estamos também vinculados a algo maior, não permitindo que haja subjetividade na questão da qualidade”, afirmou.

 

O Sistema de Qualidade foi implantado no Colégio dos Jesuítas em 2016. Desde então, como resultado da autoavaliação, melhorias foram implementadas. Um exemplo é a reestruturação das coordenações, que passaram do modelo de coordenação de série para a gestão em Unidades.

 

 

Os colaboradores do Colégio foram convidados, na reunião, a preencherem um formulário on-line no qual respondiam sobre os atributos de qualidade atuais ou desejados do Colégio dos Jesuítas, assim como a qualidade e o horizonte pretendidos.

 

Ao final do encontro, o Diretor Acadêmico, Padre José Robson Silva Sousa, SJ, ressaltou que o acompanhamento do outro, é uma expressão de fé.

 

“Nós devemos, enquanto atributo cristão, continuarmos a ser para o nosso estudante essa mão que dá suporte na caminhada, naquilo que ele tem dificuldade ou medo. Acompanhar é ter fé que nós podemos continuar construindo caminhos, acompanhar é abrir-se para o outro”.

 

Também participaram do encontro virtual, os facilitadores externos da Federação Latinoamericana de Colégios da Companhia de Jesus (FLACSI), os professores Luís Eduardo Soares Andrade, do Colégio Loyola (Belo Horizonte), e Marcelo Pastre, do Colégio Medianeira (Curitiba).