Inscrições abertas para a Avaliação Integrada

 

 

Estão abertas, até o dia 3 de maio, às 23h59min, no Moodle, as inscrições para a Avaliação Integrada, oportunidade para estudantes do 2º ano/Fundamental à 2ª série/Médio reporem a nota das avaliações formais não realizadas (2ª chamada), de recuperar a média trimestral (Recuperação) e/ou de melhorar o desempenho acadêmico em até 85% da nota total do trimestre (Suplementar).

 

A inscrição deverá ser realizada pelo Responsável Acadêmico do estudante e, na ocasião, o usuário deverá escolher a modalidade (2ª chamada, Recuperação ou Suplementar) da Avaliação Integrada e a disciplina.

 

A Avaliação Integrada ocorrerá entre os dias 07/05 a 10/05, nos seguintes horários: 2º ao 5º anos/Fundamental: de sexta-feira, a partir das 8h; até segunda-feira, às 23h59min/ 6º ano/Fundamental à 2ª série/Médio: de sexta-feira, a partir das 14h; até segunda-feira, às 23h59min. Após iniciada a avaliação, o estudante deverá terminá-la no tempo previsto, porque só haverá uma tentativa.

 

Demais informações estão disponíveis no e-mail enviado às famílias dos estudantes.

Encontro dos Diretores das Escolas Católicas: momento de partilhar estratégias comuns

Nesta quarta-feira (28/04), foi realizado no Colégio dos Jesuítas o Encontro dos Diretores das Escolas Católicas de Juiz de Fora. Seguindo todos os protocolos de proteção à saúde, o momento contou com a participação da Equipe Diretiva da instituição e de representantes de quatro Colégios: Santa Catarina, Stella Matutina, Nossa Senhora do Carmo e Academia de Comércio.

 

 

 

 

Na ocasião, o Diretor Geral do Colégio dos Jesuítas, Professor Edelves Rosa Luna, recebeu os participantes e definiu o encontro como uma oportunidade de compartilhar a gestão empreendida nas unidades escolares católicas da cidade, além de um momento oportuno para dialogar sobre a possibilidade de retomada das aulas presenciais, assim que os órgãos municipais autorizarem.

 

“Essa reunião dos diretores tem por finalidade fazer a partilha da gestão, a partir de valores e procedimentos comuns que temos como escolas católicas e que fazem um trabalho voltado para questões próprias da filantropia e valores cristãos e humanos”, destacou o Diretor, acrescentando que os temas de gestão discutidos versam sobre toda a realidade, o dia a dia dos colégios, e trazem consigo a expectativa de que possam encontrar elementos comuns e satisfatórios para os melhores resultados possíveis.

Língua Brasileira de Sinais

 

 

Em 24 de abril de 2002 a Libras, Língua Brasileira de Sinais, foi reconhecida como a língua oficial da comunidade surda do Brasil e, em 9 de junho de 2010, eu nem imaginaria o quanto ela faria parte da minha vida.

 

Esse foi o dia em que o Arthur nasceu, um menino lindo, cheio de saúde e que veio ao mundo para me ensinar a dar valor aos pequenos sons do dia a dia.

 

Arthur nasceu surdo e não foi fácil receber esse diagnóstico, principalmente porque, há 10 anos, eu não conseguia imaginar como seria o desenvolvimento dele, como ele iria se comunicar e como seria para ele ter amigos e se socializar.

 

Após muita conversa com famílias de surdos e profissionais da área (fonoaudiólogos, psicólogos e intérpretes), decidi que o melhor seria meu filho e toda família aprendermos a Libras, e foi o que fizemos.

 

Em 2012, iniciei meu curso de Libras e percebi o quanto teria que aprender para oferecer o melhor ao Arthur. Conheci muitos surdos casados, professores, concursados e que fizeram meu coração se encher de alegria e , pois nesse momento percebi que apesar da barreira na comunicação, meu filho tem um mundo de possibilidades.

 

Falando em barreira na comunicação, essa sim é minha grande preocupação e o motivo principal desse texto. Apesar de reconhecida como língua oficial da comunidade surda do Brasil, ainda temos muito o que desenvolver no que diz respeito a essa forma de comunicação. Porém, a esperança não para de crescer dentro de mim, já que percebo um interesse e respeito maior pelos surdos e sua forma de comunicação.

 

Minha “luta” não é pelo meu filho, é por toda a comunidade, é para que eu possa ver mais crianças surdas brincando nos parquinhos, passeando no shopping e convivendo, para que no futuro, meu filho e todos os tantos surdos que temos, tenham o direito de ir, vir e se comunicar, como eu tenho.

 

Esses meus 10 anos como mãe de uma criança surda, fizeram-me perceber que, apesar de uma longa caminhada ainda, podemos comemorar os pequenos passos que já demos e que chegaremos longe, eu, Arthur e tantos outros surdos com seus familiares.

 

Hoje, muitos são os cursos oferecidos para quem quer aprender Libras e se eu pudesse te fazer um convite, seria esse, venha conhecer essa forma de comunicação, seja você mais um que vai encontrar com o Arthur e tantos outros surdos na rua e que poderá ajudá-lo por meio da sua forma de comunicação.

 

Demonstre seu respeito e sua empatia, seja inclusivo!

 

Por Bruna Motta Correa da Cruz Xavier

Professora

Tiradentes: mito ou herói?

 

 

O dia 21 de abril é feriado no Brasil porque se comemora o Dia de Tiradentes. A data remete ao dia da morte do mineiro Joaquim José da Silva Xavier, o que ocorreu em 21 de abril de 1792. Joaquim José foi um dos líderes da Conjuração Mineira. Era conhecido pelo apelido “Tiradentes” e é considerado por muitos como um “herói nacional”. Mas de onde vem essa ideia do heroísmo de Tiradentes?

 

De todos os participantes da Conjuração Mineira, Tiradentes foi o único executado. Era o participante mais atuante e por ser militar, ou seja, devia obediência à Coroa, a penalidade foi mais cruel. Depois de três anos preso, o alferes, no dia 21 de abril de 1792, foi enforcado, decapitado e esquartejado. Para que os súditos da Coroa nunca se esquecessem da lição, a cabeça de Tiradentes foi encravada numa estaca e exposta em praça pública em Vila Rica, e seus membros, espalhados pela estrada que levava ao Rio de Janeiro.

 

Com o tempo, sobretudo após a Independência, sua imagem passou a ser usada como símbolo de luta pela liberdade no Brasil, tanto na fase imperial quanto na fase republicana. Na fase republicana, essa construção simbólica foi necessária para dar credibilidade à República, já que todo processo de implantação da mesma foi desprovido de qualquer apoio popular, abrindo aí uma lacuna. Para o historiador José Murilo de Carvalho, autor de A Formação das Almas (Rio de Janeiro: Cia. das Letras, 1ª edição, 1990), “para consolidar-se como governo, a República precisava eliminar as arestas, conciliar-se com o passado monarquista, incorporar distintas vertentes do republicanismo. Tiradentes não deveria ser visto como herói republicano radical, mas sim como herói cívico religioso, como mártir, integrador, portador da imagem do povo inteiro”, alguém que fosse um líder, mas de características também submissas, como exemplo ao povo.

 

Sob esse aspecto, Tiradentes pode ser visto como uma das mais importantes figuras que tiveram sua representação manipulada a fim de fortalecer a nossa República. Sendo representado sob a figura de um mártir quase messiânico, Tiradentes é colocado como o formador de um ideal patriota em que a nação se colocava antes da própria vida.

 

Portanto, nos últimos anos, essa ideia de mito vem sendo desconstruída por alguns historiadores. Há um retorno na documentação, valorizando a busca de uma nova leitura, dando ênfase aos aspectos não tratados em fontes anteriores e essas fontes têm muito a nos revelar.

 

Existe um Tiradentes sob várias faces: o mártir símbolo dos republicanos, o sacrificado como Jesus Cristo, o bode expiatório, o líder da Conjuração Mineira, o ignorante. Qual dessas seria a face verdadeira? Especulações à parte, o que importa na história da Inconfidência Mineira é que a imagem de Tiradentes enquanto herói resiste ao tempo. Mas, como a História do Brasil continua sendo escrita, qual a história que será contada, no futuro, sobre o que está ocorrendo no presente?

 

Qual é o verdadeiro Tiradentes? O mártir, símbolo da República? O líder da Conjuração Mineira? O ignorante? Ou aquele que serviu de exemplo para seus companheiros? O que importa na história da Conjuração Mineira é que a imagem de Tiradentes enquanto herói resiste ao tempo. Mas, como a História do Brasil continua sendo escrita, muito ainda há para ser abordado e discutido, e a historiografia brasileira vem se enriquecendo a cada dia com novos trabalhos e novas pesquisas, mas Tiradentes ficou eternizado na história.

 

Por Adriana Malaquias e Marcela Torres

Professoras

Cuidado com o próximo: Colégio dos Jesuítas entrega cestas básicas para a campanha “Juiz de Fora Solidária“

 

O Colégio dos Jesuítas realizou a entrega, nesta segunda-feira (19), de cestas básicas para a campanha “Juiz de Fora Solidária”, promovida pela Prefeitura, e na qual a instituição é um dos pontos de arrecadação. O número de doações (65) foi escolhido em referência ao aniversário de 65 anos do Colégio. Desse modo, a iniciativa teve o objetivo de contribuir com 65 famílias do município.

 

Durante a entrega dos donativos, o Diretor Acadêmico do Colégio, Pe. José Robson Silva Sousa, SJ, lembrou que o cuidado com o próximo é uma preocupação permanente da Companhia de Jesus, acentuada nesse tempo de pandemia.

 

“Vir ao encontro daquilo que a Prefeitura mobiliza, nos ajuda muito mais no caráter efetivo da solidariedade, uma vez que soma aquilo que a gente faz, na mobilização com os nossos estudantes e as suas famílias, com aquilo que a Prefeitura e seus parceiros fazem bem, que é a mobilização da logística de distribuição e de atendimento às pessoas mais vulneráveis”, afirmou.

 

Na avaliação do jesuíta, o sentimento para as famílias que precisam de ajuda é de prece atendida. E para a instituição, de missão cumprida. “No sentido de estarmos aqui para servir, ajudar e cuidar daqueles mais vulneráveis. É de saber que a gente está fazendo aquilo que Cristo nos seus Evangelhos pede: olhe os pequenos, mais frágeis, os pobres, os marginalizados. Missão cumprida naquilo que é a alteridade, a solidariedade”, partilhou.

 

Segundo o Secretário de Direitos Humanos de Juiz de Fora, Biel Rocha, várias instituições da cidade uniram-se em torno da causa. “E o Colégio dos Jesuítas foi uma das primeiras instituições de ensino que se mobilizou junto à gente. Isso nos deixou com uma satisfação muito grande de ver o empenho, não só do corpo técnico, dos professores, mas a gente tem visto nas redes, comentários dos pais, dos alunos, nesse empenho de somar nesse momento muito importante de solidariedade a quem tem fome”, relatou.

 

Ponto de arrecadação

 

Até 30 de abril, a portaria da instituição (Avenida Presidente Itamar Franco, 1.600) será um dos pontos de arrecadação de alimentos não perecíveis e de cestas básicas. Os doadores poderão entregar os donativos de segunda a sexta-feira (das 7h às 18h), e aos sábados (das 7h às 13h), a pé ou de automóvel.

 

Literatura e contação de história: tecendo perspectivas para a formação de um leitor

“Que meu conto seja belo e que se desenrole como um longo fio…”

 

Deixe-me falar de um tempo, um espaço, uma voz e um ouvinte, sim, porque, para se contar uma história, não se necessita de mais que isso, mas é preciso cuidado… o cuidar do outro. Quando alguém se propõe a contar uma história, espera que o outro a colha e ao mesmo tempo acolhe o seu ouvinte num espaço outro, o espaço do afeto. O tempo então se expande para outra dimensão, não é o imediato do agora, é o tempo da criação, aquele tão essencial para a cura de nossos medos, angústias, certezas e incertezas, desejos e entregas … das vozes que trazemos dentro de nós.

 

Por conseguinte, contar e ouvir histórias é um ato de afeto, pois tanto quem conta, quanto quem ouve se deixa afetar pela alteridade e cria um vínculo do que há de mais humano entre nós, o reconhecimento da casa comum que é a vida, do que nos move para uma finalidade maior que nosso amor-próprio, o amor fraterno. Por isso, Jesus fez das Parábolas um meio para nos afetar, nos levar para o outro mundo, aquele que nos permitiria vencer o nosso ego, para sermos mais e melhor para outro, o próximo.

 

Bem, caro(a) leitor(a), você deve ter notado que não especifiquei nenhuma faixa etária para o(a) ouvinte, nem para o(a) contador(a) de histórias. Se não o fiz, é porque a minha experiência me mostrou que não há. Normalmente se espera que o(a) contador(a) de histórias seja o adulto e a plateia seja a criança, mas, ao longo da minha vida profissional e pessoal, já encontrei grandes contadores de histórias entre as crianças e vários adultos com dificuldades para se disporem a serem ouvintes, portanto, a meu ver, não é uma questão de idade, é uma questão de disponibilidade para se entregar a essa experiência tão humana e atávica.

 

E o que a Literatura tem a ver com isso? Tudo. A Literatura é antes de tudo uma experiência estética que nos permite ouvir as vozes dos outros com os olhos, como brilhantemente escreveu Eduardo Galeano em seu conto “A função do Leitor/1”, e que nos leva a vivenciar outros lugares de ser e de estar, ampliando a nossa visão do mundo, das pessoas e de nós mesmos. Por isso, ela caminha de mãos dadas com a contação de história, já que uma alimenta a outra. Pois a oralidade precede a escrita, basta lembrarmos dos Contos de Fadas, que foram recolhidos das histórias contadas oralmente pelo povo. E o bom/a boa escritor(a) é, antes de tudo, um(a) excelente ouvinte das vozes que se perpetuam dentro de si e dentro do seu próximo.

 

 

Outra vez aqui não farei a distinção da faixa etária para a obra literária, pois, a meu ver, o texto literário, quando bem escrito, transcende a isso. Porque há obras extremamente maduras e sofisticadas enquanto provocação estética e de reflexão na Literatura dita Infantil, como há livros extremamente desprovidos disso na Literatura voltada para adultos.

 

E como separar o joio do trigo? Não há uma fórmula, tudo depende da formação do(da) leitor(a), ou seja, do quanto foi a ele/ela oferecido(a) de experiências para que ouvisse as vozes do seu próximo e fizesse uso da sua voz, para contar as suas histórias e as dos outros, quer seja oralmente ou através da escrita, num tempo/espaço da criação, no encontro e na entrega dos afetos que nos aproximam como irmãos. E se esse processo se inicia na infância, ele não se encerra nela, ou em nenhuma outra faixa etária, outrossim encaminha-se ao longo da vida de cada um de nós, ou seja, somos e seremos sempre, com maior ou menor disponibilidade, leitores em formação.

 

Portanto, este texto não se propôs a qualificar e a especificar as ferramentas pedagógicas para a formação do(da) leitor(a), deixo isso para um outro momento, e peço antecipadamente desculpas se isso lhe possa ter causado, amigo(a) leitor(a), alguma frustração, mas o que eu queria mesmo é lhe comover, lhe provocar, para que, quem sabe, você se sentisse disponível a ouvir ou contar uma história… seja ela oral ou escrita. Assim, juntos, num espaço de afeto, desenrolaríamos os fios de nossas vidas e teceríamos um encontro de amor fraterno. Por isso… “essa história entrou por uma porta e saiu pela outra, quem quiser que conte outra”.

 

Por Magali Machado Silva Jobim

Professora

 

Referências bibliográficas

 

  • ALBERGARIA, Lino. Do folhetim à literatura infantil: leitor, memória e identidade. Belo
    Horizonte, MG: Ed. Lê,1996.

 

  • BUSATO, Cléo. A arte de contar histórias no século XXI. Tradição e Ciberespaço. Petrópolis, RJ:
    Vozes, 2006.

 

  • COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil: teoria, análise, didática – 1 ed. São Paulo:
    Moderna, 2000.

 

  • MARIA, Luzia de. Amor Literário: dez instigantes roteiros para você viajar pela cultura letrada.
    Rio de Janeiro: Ler &Cultivar editora, 2016.

 

  • MATOS, Gislayne Avelar. A palavra do contador de histórias: sua dimensão educativa na
    contemporaneidade. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

 

  • MATOS, Gislayne Avelar, SORSY, Ino. O ofício do contador de histórias: perguntas e respostas, exercícios práticos e um repertório para encantar. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

Sustentabilidade: Turmas do 5º ano produzem cartazes contra o uso de agrotóxicos

Comprometidos com a sustentabilidade do nosso planeta, as turmas do 5º ano/Fundamental do Colégio dos Jesuítas produziram cartazes como campanha contra o uso de agrotóxicos.

 

A atividade foi proposta aos estudantes a partir do conteúdo sobre poluição do meio ambiente. Na ocasião, as crianças compreenderam que os agrotóxicos, utilizados nas atividades agrícolas, são um dos responsáveis pela degradação do solo nas áreas rurais e que consumir produtos que contenham esses insumos prejudicam a nossa saúde e a de outros seres vivos.

 

Confira produções partilhadas pelos estudantes

 

Dia Nacional de Combate ao Bullying

Criado pela Lei 13.277 de 2016, 7 de abril é o Dia Nacional de Combate ao Bullying. Essa data marca o massacre de Realengo, bairro da cidade do Rio de Janeiro, onde um rapaz de 23 anos de idade que, sofreu Bullying na infância, entrou na escola e matou doze crianças, sendo dez meninas e dois meninos. Depois que ele foi atingido por um vigilante, cometeu suicídio, lamentavelmente. Contudo, essa situação poderia ser evitada com conhecimento a respeito do tema e, é este o intuito desse artigo.

 

O Bullying é um fenômeno social, manifestado de forma contrária às normas e valores coerentes à sociedade, expresso de maneira sutil e com características próprias, por tratar-se de um tipo de violência escolar.

Esse fenômeno não acontece a partir de um motivo pré-determinado e não se dá como conflitos normais ou brigas entre discentes e, sim, atos de intimidação repetida contra indivíduos vulneráveis e incapazes de defesa e a existência de espectadores que, por medo de se tornarem vítimas futuras ou por prazer em ver a dor alheia, não dão assistência aos padecentes desse mal.

Nesse contexto, a questão é muito mais complexa do que brincadeiras diárias entre discentes, pois a problemática enfrentada pela comunidade escolar emerge quando, involuntariamente, a vítima toma para si as agressões impostas pelo Bullying, permitindo-se sofrer em silêncio; essa dor é devastadora, podendo ser percebida pelo declínio em seu rendimento escolar, isolamento e ausência às aulas, explicada pelo fato de o seu agressor estudar, na maioria das vezes, na mesma sala.

 

Segundo a literatura acadêmica, existem relatos de vítimas que passaram a acreditar serem merecedoras de tamanha covardia diária, tendo seus sonhos e planos futuros ceifados, pois abandonaram a escola, contribuindo para o aumento das estatísticas de evasão escolar. Ao mesmo tempo em que a vítima não encontra ajuda necessária, capaz de lhe dar suporte, o intimidador também não encontra quem o faça cessar e/ou o conscientize e o sensibilize para a boa convivência em sociedade. É preciso interpretar o silêncio das vítimas, pois, sem o apoio de que elas precisam, jamais irão suportar as situações impostas pelo Bullying, pela própria vulnerabilidade frente ao fenômeno e, em decorrência disso, toda a comunidade escolar sofrerá por consequência.

Abordar o tema Bullying no âmbito escolar é, por consequência, almejar a prevenção ao suicídio, um problema de saúde pública e, embora a taxa de vítimas supere a da AIDS e de alguns casos de câncer, ainda assim, as pessoas fogem do assunto, justamente por falta de conhecimento, negligência ou medo. (OMC apud Associação Brasileira de Psiquiatria, 2014)

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde, nove, em cada dez, casos de suicídio poderiam ser prevenidos e, vários são os fatores que podem levar crianças, adolescentes e adultos a cometerem esse ato extremo e, dentre esses, o Bullying. (OMC apud Associação Brasileira de Psiquiatria, 2014)

 

Assim, o espaço escolar ideal para as vítimas é aquele que proporciona a elas, um ambiente que as proteja de humilhações e intimidações e estimule a capacidade de defesa frente ao Bullying. A solução está na união de esforços entre poder público e sociedade, assumindo a existência do Bullying, em todos os lugares frequentáveis e, dessa forma, ter a possibilidade de agir em favor dos atores sociais presentes no espaço escolar, para que haja uma mudança real de comportamento e por consequência, a minimização, a prevenção e o combate eficaz ao Bullying.

 

Por fim, é urgente que tal temática seja abordada em sala de aula, pois segundo a minha pesquisa, três em cada dez alunos percebem a presença do Bullying no espaço escolar e, conscientizá-los é o papel da escola, pois acredito que, o espaço escolar deve oferecer meios de conscientização sobre o respeito e as regras de conduta frente ao coletivo, neutralizando possíveis ações transgressivas e, ao mesmo tempo, cumprindo o que está previsto na Lei 13.185 – Programa de Combate à Violência Sistemática, vigente em todo o território nacional.

 

Por: Profª Ms. Juliana Munaretti de Oliveira Barbieri

Palestrante e oferece treinamento sobre os temas: Bullying e Mobbing

Instagram: @bullyingbrasil
Facebook: @bullyingjulianabarbieri

 

Referências Bibliográficas

BARBIERI, J. M. O., ZANOELLO, T. B., IMAIZUMI, C. E. O. Bullying nos ambientes físico e virtual e suas implicações na seara do Direito, 2020. https://www.migalhas.com.br/depeso/335875/o-bullying-nos-ambientes-fisico-e-virtual-e-suas-implicacoes-na-seara-do-direito Acesso em: 25.03.2021

BARBIERI, J. M. O. Quando um projeto quebra o silêncio: ed. Juliana Munaretti de Oliveira Barbieri, 2016.

BARBIERI, J. M. O. Desvendando e Prevenindo Bullying: a aplicabilidade da Lei 13.185, Araraquara: ed. Juliana Munaretti de Oliveira Barbieri, 2016.

BARBIERI, J. M. O. Bullying: conhecimento é a melhor forma de prevenir, Araraquara: ed. Juliana Munaretti de Oliveira Barbieri, 2016.

BARBIERI, J. M. O. Desvendando e prevenindo Bullying, Anais da VIII Amostra de Pesquisas em Educação / VIII Amostra de Pesquisas em Educação; Araraquara, p. 103, 2014. BARBIERI, J. M. O. Bullying: conhecimento é a melhor forma de prevenir, Araraquara: Suprema, 2013.

BRASIL. Institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying). https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13185.htm Acesso em: 02.12.2015.

OLIVEIRA, J. M. Indícios de Bullying no Ensino Médio de Araraquara/SP. Araraquara, 2007. OMC apud Associação Brasileira de Psiquiatria, cartilha SUICÍDIO: INFORMANDO PARA PREVENIR, 2014. http://www.flip3d.com.br/web/pub/cfm/index9/?numero=14 Acesso em: 27.11.2017.

Estudantes do 4º ano produzem releituras de obras do artista plástico Ivan Cruz

As turmas do 4º ano/Fundamental do Colégio dos Jesuítas demonstraram muita criatividade ao reproduzirem releituras de obras do artista plástico Ivan Cruz, que retratam brinquedos e brincadeiras.

 

A atividade foi proposta na disciplina de História, ao trabalharem o conteúdo mudanças e permanências. Na oportunidade, os estudantes fizeram comparações entre brincadeiras do passado e do presente, por meio de diferentes abordagens.

 

Para criarem as releituras, as crianças utilizaram diferentes técnicas como, por exemplo, recorte e colagem, pintura, desenho e modelagem. As produções surpreenderam as professoras, devido a qualidade e criatividade dos trabalhos.

 

Confira fotos!

 

Educate Magis: conectando educadores das instituições jesuítas e inacianas de todo o mundo

Criada em 2014, a comunidade on-line Educate Magis foi desenvolvida com o intuito de facilitar o contato e a interação dos profissionais que atuam em instituições jesuítas e inacianas de todo o mundo, trabalhando juntos como uma comunidade universal, e facilitando o compartilhamento, o intercâmbio e a colaboração para as unidades jesuítas.

 

A plataforma www.educatemagis.org conecta as 827 unidades pelo mundo, de 70 países diferentes. Em entrevista para a Rede Jesuíta de Educação, a facilitadora internacional do Educate Magis, Ciara Beuster, informou que mais de 6 mil membros estão registrados na comunidade e possuem objetivos específicos, como: apoiar a implementação dos Acordos do JESEDU-Rio 2017, promover a Educação para a Cidadania Global, compartilhar nossa Missão e Identidade em comum e nutrir nossa comunidade on-line.

Convidamos todos os educadores do Colégio dos Jesuítas a visitarem o site e registrarem-se como membros da comunidade Educate Magis. Após o registro, vocês receberão atualizações semanais da plataforma sobre novos projetos, ferramentas e iniciativas. Também é uma oportunidade para participação em fóruns, programas e atividades de formação. Aproveite e conheça, por meio de um mapa interativo, toda a rede de escolas que atendem à missão jesuíta.

 

Para mais informações ou tirar alguma dúvida, entre em contato por meio do e-mail [email protected], ou acesse o formulário disponível no site: www.educatemagis.org/es/contactenos