Escritor Fernando Carraro faz visita virtual a estudantes do 5º ano/Fundamental: Momento de reflexão sobre o cuidado com o planeta

 

Uma tarde repleta de aproximação com o universo da pesquisa e de conscientização sobre o cuidado com o meio ambiente. Assim foi a visita virtual do escritor Fernando Carraro aos estudantes do 5º ano/Fundamental, realizada nesta terça-feira (15). O autor respondeu dúvidas de todas as turmas e falou sobre seu livro paradidático “O Planetário”, publicado pela Editora FTD e que vem sendo trabalhado em sala de aula.

 

Formado em História e Geografia e também em Filosofia, Psicologia e Pedagogia na Faculdade Salesiana de Filosofia, Ciências e Letras de Lorena (SP), Fernando Carraro foi professor em escolas da capital paulista e no interior de São Paulo, nas redes pública e privada.

 

Na conversa, o autor falou sobre o seu apreço por ciências como Geografia e Astronomia, suas motivações na hora de escrever, como é o seu processo de trabalho, entre outros assuntos.

 

Foram muitas as perguntas sobre a obra “O Planetário”. Os estudantes queriam saber detalhes da criação de personagens (inspirados em pessoas reais, como os irmãos do autor e um professor da faculdade, o Padre Hugo) e de trechos da obra. Pesquisador e apaixonado pela Astronomia, Carraro fez menção na conversa, ao planetário localizado no Centro de Ciências do campus da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

 

Questionado se gostaria de conhecer todos os planetas, o escritor demonstrou não ter essa ambição e ressaltou a importância do cuidado com a grande Casa Comum: “Eu estou contente aqui com a Terra, com esse planeta onde eu moro. Agradeço a Deus de ter feito ele tão bonito para nós, onde tem tudo: água, atmosfera, animais, o que você plantar, nasce. É fantástico! Temos que cuidar”.

 

Ao final da última visita do dia, na turma D do 5º ano/Fundamental, Fernando Carraro agradeceu o convite e deixou um recado aos estudantes: que tivessem paciência para atravessar a pandemia.

 

“Não se sintam chateados: ao menos vocês estão em uma escola, ao menos estão tendo aulas, podem comprar livros. No país em que vocês moram, milhões de crianças não podem. Se considerem crianças privilegiadas, agradeçam a Deus por isso. Vocês estão em uma escola para se formar, mas principalmente, para melhorar um pouquinho esse nosso planeta, essa nossa casa que nós amamos tanto, o planeta mais lindo do universo”, finalizou.

Ano Inaciano é tema do 5º Concurso de Redação e Arte da RJE

 

“Ver novas todas as coisas em Cristo”. O tema do Ano Inaciano 2021-2022 é também, mote do 5º Concurso de Redação e Arte da Rede Jesuíta de Educação (RJE). O certame volta a ser realizado neste ano, após interrupção em 2020, causada pela pandemia do coronavírus.

 

Tendo Santo Inácio de Loyola como guia e fortalecidos nos caminhos dele, a temática inspira estudantes, professores e colaboradores a uma reflexão sobre como empatia, respeito, solidariedade, justiça e tolerância podem romper com questões da vida contemporânea, deixando de lado o individualismo, o orgulho, os preconceitos e as falsas verdades. O objetivo é “ver o humano do humano como Cristo (viu)”, inspirados por Inácio.

 

O Concurso é direcionado a estudantes do 7º ano/Fundamental ao 9º ano/Fundamental dos Colégios da Rede Jesuíta de Educação espalhados pelo território nacional.

 

No Colégio dos Jesuítas, os estudantes do 7º ano criarão ilustrações em diversas técnicas (desenho, colagem, pintura, etc), com apoio dos professores de Artes Marcos Monrsi Bavuso e Iara Cardoso da Silva, com orientação do professor de Ensino Religioso Simeão Cirino de Paiva.

 

No 8º ano, os estudantes vão redigir contos (texto narrativo), auxiliados pela professora de Redação Josélia Martins de Paula, pela professora de Estudos Dirigidos Daniela Bigonha Bovareto Silveira e, ainda, pelo professor Simeão de Paiva.

 

Já no 9º ano, as turmas produzirão fotografias, com a assistência dos professores de Artes Iara Cardoso e Marcos Bavuso, e do professor de Ensino Religioso Douglas Willian Ferreira. As imagens serão enxergadas como fonte de comunicação, interação e criação artística.

 

Para comporem suas obras, os estudantes terão acesso a obras de arte clássicas e contemporâneas, entre ilustrações e fotografias, de artistas como Sebastião Salgado, Michelangelo, Cândido Portinari e Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. Passagens bíblicas, textos jornalísticos e contos também serão relacionados, visando uma reflexão sobre a vida e o outro.

 

Todas as atividades se relacionam diretamente com os preceitos da Educação Jesuíta, quanto a formar cidadãos reflexivos, críticos e comprometidos. A participação no Concurso de Redação e Arte é mais uma oportunidade de sensibilizar os estudantes e a comunidade escolar como um todo, a olharem além das janelas da TV e dos aparelhos eletrônicos e digitais, unindo-se assim, à realidade das coisas vividas em Cristo.

 

Após seleção interna, as peças indicadas serão enviadas por e-mail para o comitê central da Rede Jesuíta de Educação e, lá, ficarão disponíveis para votação.

 

Assista ao vídeo com o convite de antigos participantes para a edição de 2021, entre eles a estudante da 3ª Série/Médio – Manhã do Colégio dos Jesuítas, Barbara Fassheber de Moraes.

 

 

Grupo InaciArtes promove encontro remoto entre estudantes do 1º ano Médio/Integral

 

Um momento de integração e partilha. Assim foi o bate papo entre os estudantes da 1ª série Médio/Integral e os integrantes do Grupo Artístico do Colégio – InaciArtes. O objetivo foi promover a integração dos jovens, que entraram neste ano no Colégio dos Jesuítas, e até agora tiveram aulas exclusivamente à distância, de acordo com os cuidados adequados ao período.

 

 

Os membros do InaciArtes; entre professores, estudantes e antigos estudantes; estimularam os recém-chegados a superarem a timidez e compartilharem suas visões sobre temas como os sentimentos que vieram à tona ao tomarem conhecimento da aprovação no Colégio, que atitudes podem fazer a diferença na vida do outro neste momento de pandemia, seus gostos e aptidões pessoais, além das expectativas e impressões que tiveram ao longo do semestre.

 

 

Todos os novos estudantes, tendo ou não alguma experiência artística prévia, poderão desenvolver seus talentos no grupo InaciArtes, assim que as aulas presenciais foram retomadas, logo após a devida autorização das autoridades de Saúde e Educação municipais.

 

A estudante Alice Alves Rios, da 1ª Série/Médio – Integral, foi uma das participantes do momento de integração. Ela já está na expectativa para participar das atividades presenciais do InaciArtes, após a liberação do retorno às aulas presenciais.

 

A espaçonave Terra

“Era uma casa, muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada…” Essa música tão conhecida do Toquinho traz uma bela provocação: como pensar em uma casa que não tem em sua estrutura, aquilo que identificamos enquanto casa?

 

Essa casa/não casa, já existe em sua forma. Embora nós não consigamos compreendê-la em todas as suas dimensões, nossa casa que “não tinha teto” e onde “ninguém podia dormir na rede, porque na casa não tinha parede”, sem se mostrar inteira, se faz presente em tudo.

 

A casa de que falo, é essa aí abaixo:

 

 

Imagem: NASA/Flickr (https://www.businessinsider.com/best-photos-earth-moon-from-deep-space-2017-3)

 

Sei que parece simplista essa reflexão, mas confesse: quando foi a última vez que você parou para pensar o que de fato é essa sua “casa maior”? Essa esfera pulsando de vida em meio à imensidão do universo, é o que nós, orgulhosamente, podemos chamar de nossa casa. E perceba essa linha fina que envolve o planeta. Ela representa a atmosfera, essa nossa camada de ar que conecta toda a vida, nesse nosso super organismo Terra.

 

Você já pensou em como seria ir para o espaço sideral? Então olhe a imagem de novo. Você já está no espaço, nessa grande espaçonave chamada Terra. Será que nós, de fato, entendemos o que isso quer dizer? Quem teria o manual de instruções dessa nave?

 

Não faria sentido estar em uma espaçonave e começar a desmontá-la por dentro, sendo que estar nela é o que nos mantêm vivos. Então, por que muitas vezes nós, os habitantes dessa “nave” consideramos normal fazer isso com o nosso planeta, que cumpre a mesma função?

 

Nosso planeta e todos os seres que nele vivem, estão conectados de diversas formas, e isso garante as condições necessárias à vida de todos. Cabe a nós, resgatarmos um olhar mais amplo, que alcance o próximo, o próximo e o próximo, para que então possamos de fato entender, que é nossa obrigação zelar por nossa Casa Comum.

 

Como nos traz o Papa Francisco na encíclica Laudato Si: “a atitude básica de auto transcender, rompendo a consciência alienada e a autorreferencialidade, é o fundamento que possibilita o cuidado com outros e com o meio ambiente; desta atitude básica brota a reação moral para considerar o impacto provocado por cada ação e decisão pessoais”¹.

 

 

Referência Bibliográfica:

 

¹ Laudato Si’, 208

 

Por Bernardo Hallack Fabrino

Assessor de Área – Ciências da Natureza

Dinamismo da Eucaristia

 

Tradicionalmente celebrada sessenta dias após o domingo de Páscoa ou depois do domingo da Santíssima Trindade, a festa de Corpus Christi, que está se aproximando, oportuniza, uma vez mais, que cristãos católicos celebrem a presença real de Jesus Cristo no pão e no vinho. Por esse motivo, fortalece a fé pessoal no Cristo Eucarístico e o compromisso comunitário com os ensinamentos da Igreja. Mais do que uma santa devoção, trata-se de uma experiência de fé cheia de dinamismo sacramental e existencial.

 

Quando ocorre presencialmente, a celebração de Corpus Christi ganha visibilidade com as ruas adornadas e as procissões que lembram o Povo de Deus caminhando no deserto rumo à Terra Prometida. Analogamente, essa peregrinação se assemelha à travessia que realizamos, cotidianamente, neste mundo. As vivências diárias, com suas lutas e conquistas, dores e alegrias, perdas e ganhos, sintonizam as pessoas de fé àquele povo que um dia vagou por terras áridas em busca de uma nova pátria. Hoje, especialmente no contexto da pandemia, também enfrentamos dificuldades no caminho. Mas continuamos a percorrê-lo na esperança de que, ainda em vida, encontraremos consolação e, sobretudo, na certeza de que um dia seremos acolhidos no abraço amoroso e acolhedor do Pai.

 

Enquanto isso não ocorre em plenitude, precisamos nutrir nossa existência com o alimento espiritual que sustenta nossos passos na caminhada. A Eucaristia, por excelência, é o sacramento que nos aproxima daquele que é a razão de nossa fé: Jesus Cristo. Por isso, é preciso redescobrir o sentido da comunhão eucarística para termos a dimensão profunda do significado teológico desse sacramento.

 

Giraudo (2003) afirma que “a celebração da eucaristia é, portanto, em sumo grau e, ao mesmo tempo, nosso Calvário e nossa Páscoa”. Isso significa que, toda vez que nos reunimos para atualizar a memória do Mistério Pascal (Paixão, Morte e Ressurreição), somos, sacramentalmente, re-apresentados àquele acontecimento central da vida de Cristo. Ou seja, não fazemos encenação teatral. Ao contrário, com os pés teológicos, somos transportados, pela fé, ao momento em que Jesus foi crucificado, na Sexta-Feira Santa, e ao momento em que Ele foi ressuscitado por Deus, na aurora daquele primeiro domingo. Não se trata, pois, de um acontecimento que ficou circunscrito às coordenadas histórico-geográficas de tempo e espaço do passado, mas sim de algo que se repete sempre que nos reunimos para celebrar.

 

Assim, toda vez que a comunidade de fé se reúne para “concelebrar” a Eucaristia, ela participa ativamente do mistério salvífico de nossa vida cristã. Faz isso na medida em que atualiza para os dias atuais as mortes e as ressurreições que cada cristão enfrenta no dia a dia. Isto é, não fica como espectadora de um evento. Mas, sempre e a cada vez, mergulha na dinâmica sacramental que traz implicações existenciais para a caminhada de fé.

 

Portanto, celebrar Corpus Christi é reacender a chama da fé e, ao mesmo tempo, tirar as consequências práticas de uma festa cristã que oportuniza um encontro íntimo e profundo com Aquele que pode trazer sentido e sabor à existência humana. Basta abrir o coração e se deixar tocar pelo mistério de amor que transcende a lógica racional da compreensão humana e, por força desse mesmo mistério, ter a vida transformada pelo fulgor da esperança luminosa que advém da experiência eucarística.

 

Referência Bibliográfica:

 

GIRAURO, C. Redescobrindo a Eucaristia. Ed. Loyola, São Paulo, 2003.

 

Por Marcelo Sabino

Coordenador da Formação Cristã

Estudantes do Colégio dos Jesuítas participam da 13ª Olimpíada Nacional em História do Brasil

 

Estudantes da 3ª série do Ensino Médio do Colégio dos Jesuítas ingressaram na 13ª edição da Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB), promovida pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em São Paulo. A competição, que reúne jovens de todo o país, é realizada exclusivamente on-line.

 

O professor de História Leandro Almeida orientou a equipe “MTB”, formada por Bruno Dalcantoni Cozac, Mirela Diniz Wunderlich e Renato Leal Gusmão.

 

Já os conjuntos orientados pelo professor de História e Filosofia Pedro Victor Monteiro de Carvalho, foram divididos em duas equipes: “Bitucas” e “Os Ianomâmis”. Os “Bitucas” são Luiza Gonzaga Furtado Mendonça, Matheus Ribeiro Debussi Avezani e Thais Gabrielly Gomes Tagliaferri. Já “Os Ianomâmis” são Giovana Simplício Pinto dos Santos, Guilherme Gonçalves da Silva e Yula Amaro de Oliveira.

 

Para a estudante Mirela Wunderlich, participar da ONHB foi uma oportunidade de se conectar em meio à pandemia.

 

 

E para o estudante Bruno Cozac, a Olimpíada foi uma forma de manter o ritmo de estudos.

 

 

Na avaliação do professor Leandro Almeida, ao participar da Olimpíada fica comprovado o ensino completo oferecido pelo Colégio: “Participar da ONHB é mergulhar no mundo dos desafios. É perceber que os nossos estudantes se preparam muito além do PISM e do ENEM. A formação integral que o Colégio dos Jesuítas proporciona faz a diferença. Tenho orgulho de todos que se envolvem nesse projeto”, avalia.

 

A Olimpíada Nacional em História do Brasil é um projeto de extensão da Unicamp, desenvolvido pelo Departamento de História da Universidade, com a participação de docentes, alunos de pós-graduação e de graduação. A coordenação é das professoras doutoras Cristina Meneguello e Alessandra Pedro.

 

A 13ª ONHB terá, ao todo, seis fases – a quarta foi iniciada nesta segunda-feira (24). A grande final está prevista para agosto deste ano. Confira nesta página o desempenho dos nossos estudantes ao longo da competição.

Tomam posse representantes de turma eleitos para o ano letivo de 2021

 

Os representantes de turma do Colégio dos Jesuítas eleitos para o ano letivo de 2021, já tomaram posse. O evento aconteceu durante a Missa da Comunidade presidida pelo Diretor Acadêmico Pe. José Robson Silva Sousa, SJ, do dia 19 de maio.

 

A celebração contou com a participação da equipe diretiva do Colégio e também dos coordenadores das Unidades II e III. Já os novos representantes, participaram através de plataformas on-line, em respeito aos cuidados sanitários adequados ao período.

 

Esta função, assumida pelos estudantes enquanto compromisso e missão, é resultado de uma das práticas da Formação Cristã, na dimensão da Liderança Inaciana. Ao longo do primeiro trimestre, em todas as turmas do Ensino Fundamental II e também nas 1ªs e 2ªs séries do Ensino Médio, os estudantes participaram de atividades formativas em que puderam refletir de modo propositivo sobre a Liderança, características e especificidades da Liderança Inaciana e atribuições do representante de turma.

 

Dessa forma, o grupo de 52 estudantes, colocou-se à serviço dos demais, a partir deste modelo de liderança que requer comprometimento com a justiça, com o cuidado de todos e de cada um e com a construção do bem comum.

 

Parabéns aos novos representantes!

 

Confira o momento da posse dos representantes de turma na Missa da Comunidade de 19 de maio.

Acessibilidade, um direito de todos!

 

Maio: Dia Mundial de Conscientização sobre a Acessibilidade

 

A Declaração de Madri (Espanha), de 2002, sugere um bom caminho para compreendermos o processo de inclusão social ao identificar que as ações estão deixando de ofertar acessibilidade. E há a necessidade da adoção de uma filosofia mundial de modificação da sociedade a fim de incluir todas as pessoas. As pessoas com deficiência estão exigindo equidade de oportunidades e acesso a todos os recursos da sociedade, ou seja, educação inclusiva, novas tecnologias, serviços sociais e de saúde, atividades esportivas e de lazer, bens e serviços ao consumidor.

 

O conceito de acessibilidade está descrito, na vasta legislação brasileira, como a condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida (BRASIL, Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004).

 

O tema é tão relevante que tem até um dia dedicado a sua conscientização, é o Dia Mundial de Conscientização sobre Acessibilidade (Global Accessibility Awareness Day, ou GAAD), criado em 2012.

 

Essa pandemia nos trouxe à baila essa questão tão importante, a acessibilidade digital, direito de eliminação de barreiras na disponibilidade de comunicação, de acesso físico, de equipamentos e programas adequados, de conteúdo e apresentação da informação em formatos alternativos. E como isso tem funcionado nos últimos tempos?

 

Houve uma ação conjunta com a BigData Corp e o Movimento Web para Todos (MWPT), em abril de 2020, para verificação dos 14,65 milhões de endereços ativos da web brasileira, governamentais e não governamentais, para avaliar se havia evolução em relação à acessibilidade deles para a navegação de usuários com algum tipo de deficiência. Infelizmente, ficou comprovado que 96,71% dos sites governamentais não atendem os critérios verificados por essa coleta. O resultado da análise revela ainda uma enorme dificuldade de adequação aos padrões técnicos de desenvolvimento Web, na maioria dos sites verificados, chegando apenas a 2% os sites com acessibilidade.

 

A falta de acessibilidade entre os sites brasileiros, porém, não ocorre por falta de demanda, pois, se pensarmos que, de acordo com o Censo 2010, quase 46 milhões de brasileiros, cerca de 24% da população, declararam ter algum grau de dificuldade em pelo menos uma das habilidades investigadas ou possuir algum tipo de deficiência, enxergamos um número expressivo, muito significativo e de fácil observação para se verificar a necessidade urgente de implementação de políticas públicas de qualidade que atendam a essa população. Oferecer acessibilidade não precisa ser dispendioso, é um potencializador de mercado, não atende apenas às pessoas com deficiência, isso é fato. É muito importante que o governo e a sociedade pensem em ações efetivas para incluir os brasileiros, independente de possuírem algum tipo de deficiência, em todos os lugares da sociedade para que tenham direito à Educação, ao emprego, à saúde e ao bem-estar.

 

A acessibilidade, ao mesmo tempo que gera bastante interesse, também sofre enorme resistência na hora de ser colocada em prática. O ciclo da inacessibilidade existe, perpetuando uma das mais perversas formas de preconceito existentes, o capacitismo. A sociedade imagina que as pessoas com deficiência não querem participar ou que são uma minoria, por isso, não compensa implementar a acessibilidade necessária. Só que se esquecem de que há uma questão de ordem muito prática, se não por empatia, por força de lei. É direito da pessoa com deficiência de viver em um ambiente em que se possa desenvolver suas habilidades sem depender de terceiros, desenvolvendo sua autonomia e independência. Acessibilidade é isso, é um direito, não é um mero detalhe. Não apostar na acessibilidade digital é desperdiçar uma oportunidade enorme para toda a sociedade.

 

Símbolo internacional de acessibilidade desenvolvido pelas Nações Unidas (ONU), em 2015, para identificar todos os serviços e locais acessíveis a pessoas com deficiência.

 

Seguem algumas dicas para que você possa ser cada vez mais inclusivo. Experimente, é mais fácil que você imagina!

 

Utilize o texto alternativo das imagens e gráficos, um recurso recente que vem sendo amplamente explorado nas mídias sociais digitais. Ainda não está disponível para o formato de vídeo, sendo necessário uma descrição objetiva do cenário acompanhada pelas hashtags #textoalternativo #pracegover e #pratodosverem – movimento criado para conscientizar as pessoas do contexto e da existência desse recurso na internet, no Instagram, no Facebook e mesmo fora da internet, nos arquivos Word, por exemplo. A ação também é uma provocação aos usuários incapazes de enxergar a diversidade.

 

Para que algumas pessoas consigam acessar as informações na web, quando se trata de vídeo, há a necessidade da audiodescrição, que é um recurso para pessoas com deficiência visual, intelectual, dislexia e idosos, consumidores de meios de comunicação visual, no qual se incluem a televisão, o cinema, a dança, a ópera e eventos das artes visuais. Porém, para que essa tecnologia funcione, ela depende que nós façamos nossa parte.

 

O uso da Libras nos textos, vídeos e apresentações é bem importante para as pessoas que são surdas e usam a Língua Brasileira de Sinais para se comunicar. Isso não quer dizer que sejam analfabetos ou que desconheçam a Língua Portuguesa, mas acontece que, por serem línguas distintas, principalmente na sua estrutura gramatical, algumas pessoas da comunidade surda dão preferência por se comunicar na sua língua materna. Assim, o uso da Libras se torna indispensável, seja por meio de aplicativo ou de intérprete/tradutor.

 

Pode até parecer simples e intuitivo navegar na internet. Por ser um mundo praticamente visual, com várias imagens que aparecem e acompanham a cada toque do mouse, para quem apresenta alguma deficiência visual, isso pode se tornar uma tarefa bem complexa. Contudo, isso não os impede de acessar a internet. Eles utilizam os leitores de tela. É uma tecnologia assistiva que converte texto em discurso sintetizado, permitindo que o usuário consiga ouvir a parte escrita e as imagens com texto alternativo. Extensões como o Evernote Clearly, que “limpa toda a página”, deixando apenas o texto escrito na tela, são de grande auxílio. Há um outro exemplo é o Color Enhancer, que cria um filtro personalizado de cores, especialmente para pessoas com daltonismo, adaptando a web visualmente. A utilização de fontes simples e do alinhamento à esquerda facilita, e muito, a compreensão dos textos.

 

O que é recomendável na acessibilidade da informação é jamais disponibilizar informações exclusivamente por meio de cores. Se for utilizar gráficos ou diagramas coloridos, deve-se colocar rótulos e descrições que liguem cada informação. Além disso, para diferenciar links do resto do texto, é necessário utilizar em conjunto algo mais estrutural, como um sublinhado, ícone ou botão específico.

 

Conseguiu aprender mais a respeito das ferramentas que tornam o universo da internet mais acessível? Já conhecia alguma dessas iniciativas? Então, coloque-as em prática, seja acessível! Lembre-se de que quanto mais multissensorial (mais sentidos forem acionados), mais acessível o conteúdo se torna. Vídeos com legendas, textos com áudios e imagens com descrições são bons exemplos de combinações sensoriais. Se for possível o uso de mais de uma dessas plataformas combinadas, o conteúdo fica mais inclusivo ainda!

 

Por Melissa Martins

Agente na Formação Cristã

Maria: Mãe, Mulher e Discípula

 

Maria, seu amor de mãe irradia

Gratuidade, carinho, cuidado, reconhecimento

Atitudes cultivadas no dia a dia

Assim, Jesus nos mostra sua mãe

Mulher forte, de fé, corajosa

Que diz SIM a Deus com ousadia

 

Ousadia, marca o caminho de Maria

Mãe: que educa, cuida, inspira, escuta e acolhe

Tem seus olhos fitados na missão que Deus Lhe confia

Mãe, coragem na dor, sofre de pé e com fé

Que grita entre os escombros da humanidade que desfia

AMOR que muda o rumo e direção da vida de quem anuncia

 

Maria ao projeto de Deus se mostra resiliente

Mulher que promove encontros

Inspira o abraço do humano com o divino, que na fé se faz presente

Mulher de saídas, encontros e diálogos latentes

Saída da “normose”, do lugar comum

Encontros e diálogos que rompem o silêncio do túmulo frio e vazio, que encantam a

VIDA da gente

 

Maria discípula, que deixa transparecer em seus poros a realidade transcendente

Um discipulado explicitado na presença solidária, escuta, prontidão, sensibilidade

Que intercede e protege cada um dos seus confidentes

Seguidora incondicional, acolhe a palavra na memória e no coração

Suas entranhas tornam-se morada definitiva de Deus

Seu caminho, compromisso de vida nova e ressurreição

 

Companheira na missão, partilha o pão e o coração

Ensina que o silêncio pode ser tempo de escuta e intimidade com Deus

Que move, visceralmente, para atitude de conversão

Maria, exemplo de fé e compromisso, que rompe uma mera devoção

Testemunho de fidelidade e amor incondicional

Que nos convida a exercer um discipulado na compaixão

 

Maria: mãe, mulher e discípula; exemplo de liderança

Como luz no candeeiro, clareia nosso caminhar no mundo,

Para sermos discípulos comprometidos com as bem-aventuranças.

Termino esses versos suplicando: Maria, dai-me perseverança!

Que o divino, que existe em nós, possa na cotidianidade propagar

Sob sua intercessão, façamos do mundo um canteiro que pulsa esperança

 

Por Marcos Antônio do Amaral

Agente da Formação Cristã

Manhã de Espiritualidade é marcada por reflexões sobre o papel do educador cristão

 

A Manhã de Espiritualidade dos Educadores das Escolas Católicas contou com reflexões sobre o papel do educador cristão para a formação dos jovens. A abertura do evento, realizado neste sábado (15) pela Arquidiocese de Juiz de Fora, contou com uma Missa celebrada pelo Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira.

 

Em sua homilia, Dom Gil ressaltou o lado educador de Cristo e O considerou como o grande modelo. “O mestre dos mestres, que é Jesus. Jesus educa os seus apóstolos, os seus discípulos. Fala-lhes, convive com eles, come com eles, anda com eles, faz sinais diante deles, Ele é um educador completo”, afirmou na celebração transmitida via YouTube e também pela TV Diversa.

 

O Arcebispo também definiu parâmetros que os educadores católicos e cristãos devem levar em conta para a formação completa do ser humano: “O educador católico tem no seu coração uma fé que lhe é substrato, lhe é base para sua maneira de educar. Porque é verdade que nós não formaremos a pessoa se formarmos apenas a razão, a parte intelectual da pessoa. Nós queremos formar a pessoa inteira. A pessoa é constituída de físico, de inteligência, de fé, de espírito.”

 

Dom Gil Antônio Moreira também relembrou o papel das escolas católicas na formação de cada estudante que passa por uma dessas instituições: “Tudo que a Igreja faz, faz por Jesus Cristo: Portanto, colégios católicos existem para quê? Escolas católicas existem para quê? Para revelar, afinal de contas, a Verdade. Que é uma pessoa, que não é um enunciado filosófico, é uma pessoa. É a pessoa de Jesus Cristo”, disse.

 

A Manhã de Espiritualidade dos Educadores das Escolas Católicas contou ainda com palestras transmitidas exclusivamente pelo YouTube da Arquidiocese de Juiz de Fora, relacionadas ao tema do evento, e vídeos enviados pelas escolas.

 

Em sua palestra sobre São José como educador, o Vigário Episcopal para Educação, Comunicação e Cultura, Pe. Antônio Camilo de Paiva, destacou a coragem de José e que a educação dada por ele ao Menino Jesus foi total, com conhecimento religioso e do trabalho. Já o Pe. Geraldo Dondici Vieira, Vigário Episcopal para o Mundo da Caridade, em sua meditação espiritual, abordou a questão da pandemia e o papel do educador católico, usando referências como o Papa Francisco e Santo Agostinho.