Ad Astra: o mistério por trás dos feitos da Apollo 11

Eu tinha 25 anos. Meu vovô tinha 81. No café da tarde, em um domingo chuvoso, ele tomou um gole de café. Bateu o copo na mesa e disse “eu não acredito que o homem foi na Lua”. Pronto. A partir daquela frase, meu tio, minha mãe, meu pai e eu passaríamos o resto do dia tentando provar que ele estava errado. Eu entendo meu avô. O feito de fazer o ser humano pisar na Lua tem algo de misterioso. Esse mistério, contudo, não é apenas pisar na Lua. É a própria natureza humana.

 

Mais de 563 pessoas já saíram do planeta, de acordo com a Nasa. Ir ao espaço é perigoso e caro, então por que mandar pessoas para lá? Porque a conquista do espaço sideral é apenas uma extensão da disputa pela conquista de qualquer espaço, e a conquista do espaço, milímetro a milímetro, teve seu mais intenso episódio durante a chamada Guerra Fria.

 

Naquela época, qualquer avanço tecnológico que permitisse fazer uma arma nuclear atravessar os oceanos seria considerada o mais decisivo avanço político. De repente, em 1957, a União Soviética fez orbitar, pelo planeta Terra, o primeiro objeto inimigo que espiou os segredos americanos: um satélite artificial. Ali, uma nova espécie de corrida se iniciava: a corrida pelo espaço sideral, que se tornou o novo tabuleiro da geopolítica.

 

O temor de que a URSS dominasse o espaço tornou-se o pesadelo do american dream. Em 1961, o carismático astronauta soviético Yuri Gagarin viajou pela órbita do planeta e retornou em segurança. Os EUA estavam contagiados pela frenética ânsia de ultrapassar esse feito. O presidente John Kennedy anunciou, então, o mais impressionante objetivo: os EUA levariam o homem à Lua. As adversidades foram implacáveis: Kennedy foi assassinado, havia a Guerra do Vietnã, a URSS enviou a primeira mulher ao espaço. Ainda assim, o projeto Apollo 8, com um foguete que pesava mais de três milhões de quilos, alcançou a primeira vitória: circundou a Lua e voltou para casa.

 

Foi assim, que, após todos os mais incríveis esforços humanos, em 20 de julho de 1969, o voo sideral da nave Apollo 11 alcançou a Lua, e Neil Armstrong deu “um pequeno salto para o homem, mas um grande salto para a humanidade”.

 

Essa missão foi e é um espetáculo grandioso, mas não deve ser vista fora de seu contexto. Apollo 11 é, sobretudo, um espetáculo da corrida humana contra seus próprios limites interpretada por dois atores, EUA e URSS, no grande palco do mundo bipolar. Ainda assim, o contexto da Guerra Fria não é capaz de explicar como o homem foi capaz de chegar à Lua. O homem também alcançou o mais alto dos montes, os mais longínquos oceanos e a mais desafiadora vacina contra um vírus mortal. Tecnicamente, chegamos à Lua devido aos avanços do foguete. Não obstante, há algo mais misterioso, mais profundo e mais filosófico que isso. Há a natureza humana.

 

Apollo 11 é sobre quem somos como espécie. Somos transumantes. Somos pais, filhos, netos e bisnetos de imigrantes, nós não somos daqui ou de lá: somos filhos daquilo que queremos alcançar. Somos uma espécie incrível, porque construímos nossa própria realidade. Saber se reinventar é o poder da humanidade. Somos uma espécie em viagem. Não temos residência, apenas bagagem. Nossa bagagem é diferente de qualquer animal. Nossa bagagem é a vontade de superar a nós mesmos. Como diria Einstein: “há uma força motriz mais poderosa que o vapor, a eletricidade e a energia atômica: a vontade”. Temos essa estranha vontade de vitória. Queremos a vitória mais bela possível: seja a vacina, seja pisar na Lua. Qual é a vitória mais bela? Santo Inácio responde-nos “a vitória mais bela que se pode alcançar é vencer a si mesmo.” Por isso, Apollo 11 é feito tão importante. É mais um episódio de nossa jornada estonteante rumo a quem realmente somos.

 

Por Filipe Queiroz de Campos

Assessor de Área – Ciências Humanas

O meu quatorze de julho

 

O ano era 1989. A Avenida Paulista estava repleta de pessoas das mais variadas idades e gêneros. Eis que de repente me deparo com um amigo que, em um primeiro instante, me causou espanto. Sua cabeleira cacheada estava dividida e pintada nas três cores da bandeira da França: azul, branco e vermelho. Poderia ser mais uma alucinação daquele que sempre foi um vanguardista na cultura e nos costumes, que havia vivenciado as “loucuras” dos anos 80, como boa parte da juventude envolvida nas diversas políticas que nos rondavam nos círculos acadêmicos e literários. Mas era muito maior a presença dele: estávamos comemorando os 200 anos da Tomada da Bastilha, o início da Revolução Francesa de 1789.

 

São Paulo era uma só! E por que não dizer, o mundo e o Brasil? Para, nós brasileiros, depois de anos de ditadura militar, era momento de reexperimentar a possibilidade de novos ventos, novas possibilidades de vida, de trabalho, de participação política, de poder sonhar com um país diferente. Mas o que o nos levava às ruas naquele 14 de julho de 1989? Quais os sentimentos que afloravam em nós para nos levar a reviver os ideais de uma revolução que mudou os rumos da França e, junto com ela, o mundo?

 

França, 1789, um país assolado no modelo de política absolutista que ainda predominava em toda a Europa. Sob a tutela do “ancien régime”, os reis governavam como deuses. Não havia limites aos seus poderes. A sociedade francesa apresentava-se dividida em três grupos com diferenças muito latentes. Existiam dois grupos de privilegiados: a Nobreza e o Clero. Estes desfrutavam de uma vida de luxo, prestígio político, econômico e social. Colocavam-se acima das regras e das leis. Seus gestos e sua postura denunciavam um descaso para com os milhares de súditos, maioria da população, que viviam à margem da sociedade e de tudo que era necessário para uma vida digna.

 

O governo estava nas mãos da Dinastia dos Bourbon, que reinavam na França há aproximadamente 200 anos. Sob a autoridade de Luís XVI, o país acabou se envolvendo em guerras e conflitos que desgastaram a população e, principalmente, o erário. Os ministros da economia de Luís XVI até que tentaram por diversas vezes implementar mudanças que pudessem promover reformas, a fim de reestruturar a combalida economia francesa. Barrados pela própria estrutura em que viviam, não foram capazes de sequer defender a ideia. Também não foram capazes de perceber que o mundo havia dado uma “girada” e, incapacitados pela miopia social em que estavam, fechavam-se, recolhiam-se em castas para tentarem perpetuar um modelo político-social que já dava sinais de falência.

 

Eram os ventos dos ideais do Iluminismo. Um conjunto de ideias que nasceu do outro lado do canal da Mancha, na Inglaterra, berço de tantas outras mudanças como a Revolução Gloriosa e a Industrial, mas que teve em território francês o seu auge. Os governantes da França do século XVIII não foram capazes de compreender que os ideais de liberdade e igualdade se alastravam e iniciavam a desconstrução de um modelo de sociedade que já não atendia aos anseios de novos e fortes grupos sociais que haviam se formado no seio desta mesma. Lutar contra o autoritarismo, a corrupção, a falta de participação e representatividade política tornou-se sinônimo de renovação e, por que não de revolução?

 

Os ventos do pensamento liberal eram nascidos de uma classe geradora de riquezas, mas limitada por uma estrutura arcaica, já não mais condizente com a modernidade pretendida. A nascente “classe média”, influenciada pelas ideias das Luzes, buscava se afirmar. E esta afirmação não condizia com os obstáculos erguidos pelo “ancien régime”. A individualidade, as liberdades de expressão, de participação, de representatividade, a liberdade econômica já estavam no modo de operar desta nova classe. Derrotar o autoritarismo absolutista era e deveria ser a luta de todos.

 

A passagem de súditos para cidadãos requer sermos reconhecidos com direitos. Os direitos à vida, alimentação, moradia, educação, saúde passam a ser inalienáveis e universais. Não mais de um grupo de privilegiados. A Tomada da Bastilha, em 14 de julho de 1789, foi simbólica. Mas significou muito. Não somente o fim de uma era. Mas o início de uma luta política que nos envolve até os dias atuais. E por todas as pessoas que lutaram e fazem desta lembrança memória de luta, pintemos nossos corações, nossa vida, nas cores da liberdade, igualdade e fraternidade. “Vivre la Révolution”.

 

Por Antonio Carlos Nogueira Coldibeli

Professor

Dia Internacional de Sensibilização ao TDAH

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e, frequentemente, acompanha a pessoa por toda a sua vida. É o transtorno mais comum em crianças e adolescentes encaminhados para serviços especializados. Ocorre em 3 a 5% das crianças e em várias regiões diferentes do mundo em que já foi pesquisado. Em mais da metade dos casos, o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta, embora os sintomas de inquietude sejam mais brandos.

 

O TDAH se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado, às vezes, de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, é conhecido por ADD, ADHD ou AD/HD e é reconhecido, oficialmente, por vários países e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Quando há excesso de distração, a dificuldade de concentração pode afetar tanto crianças e jovens quanto adultos. É preciso compreender bem como funciona a atenção e quais fatores podem afetá-la.

 

Já existem inúmeros estudos, em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil, demonstrando que a prevalência do TDAH é semelhante em diferentes regiões, o que indica que o transtorno não é secundário a fatores culturais (às práticas de determinada sociedade etc.), ao modo como os pais educam os filhos ou ao resultado de conflitos psicológicos.

 

É incorreto dizer que o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade impede a pessoa de prestar atenção ou de se concentrar. Algumas pessoas com TDAH podem se concentrar e, muito além do que é comum, podem apresentar excelente atenção seletiva e sustentada, porém apenas diante de alguns tipos de estímulos ou situações, o que é chamado de hiperfoco.

 

O que complica a vida das pessoas com Déficit de Atenção é apenas alguns poucos estímulos e circunstâncias serem capazes de capturar o foco da atenção. Isso é o que torna a atenção tão instável e o hiperfoco tão intenso, quando acontece.

 

Em outros casos, as maiores dificuldades podem estar na atenção flexível, que dificulta retomar o foco após interrupções, desconcentrações. Todos estamos sujeitos a interrupções e distrações. Não dá para imaginar viver sem elas, especialmente nos tempos atuais, de tamanha sobrecarga de informações e tecnologias que fazem parte das nossas vidas, inclusive nesses tempos de pandemia. Por isso, o retorno à atividade, a retomada do foco após a distração é tão essencial.

 

Deve-se salientar que as intervenções voltadas para o tratamento do TDAH consistem em terapias comportamentais ou no uso de medicamentos; a combinação desses dois também pode ser considerada, a depender da situação do paciente, de acordo com a indicação médica. Isso significa que o acompanhamento de especialistas é fundamental para o sucesso dos procedimentos na vida da criança ou do adolescente. A partir desses primeiros contatos, os médicos e os terapeutas vão encaminhar o caso para os procedimentos que atendem às demandas específicas de cada caso.

 

O dia 13 de julho de 2021, dia Internacional de Sensibilização ao TDAH, nos lembra a importância da detecção dos primeiros sintomas para o correto diagnóstico e os devidos encaminhamentos. As pessoas que convivem com o TDAH precisam, acima de tudo, de atenção, tratamento e acolhimento.

 

Fontes: https://tdah.org.br/sobre-tdah/o-que-e-tdah/

https://institutoneurosaber.com.br/conheca-as-opcoes-de-tratamento-para-o-tdah/

https://dda-deficitdeatencao.com.br/

 

Por Melissa Martins

Agente na Formação Cristã

Antigos estudantes e Colégio dos Jesuítas se unem em doação de cobertores para Fundação Maria Mãe

 

Antigos estudantes e o Colégio dos Jesuítas doaram cobertores para a Fundação Maria Mãe, em Juiz de Fora. A instituição, fundada em 1983 por pessoas ligadas ao movimento da Renovação Carismática Católica, atua na assistência a adultos em vulnerabilidade social da cidade e é mantenedora da Obra dos Pequeninos de Jesus.  A entrega das doações aconteceu nesta sexta-feira (02).

 

A iniciativa partiu de um grupo de 51 antigos estudantes da turma 2020 da 3ª Série do Ensino Médio. A parceria com o Colégio resultou na compra de 33 cobertores de casal que serão destinados a pessoas em vulnerabilidade social, neste momento em que a cidade vive um inverno rigoroso.

 

A ação demonstra o caráter integral da educação no Colégio dos Jesuítas e em toda a Rede Jesuíta de Educação (RJE): além da excelência acadêmica, outros valores são estimulados, com o objetivo de formar homens e mulheres conscientes, competentes e comprometidos na compaixão.

 

O olhar atento e compassivo em relação ao outro também é ressaltado pela Companhia de Jesus, em suas Preferências Apostólicas Universais. A segunda preferência aponta a necessidade de, nos passos de Jesus, “caminhar com os pobres, os descartados pelo mundo, os vulnerados em sua dignidade, numa missão de reconciliação e justiça”.

 

 A Fundação Maria Mãe

 

A instituição atua no amparo e na recuperação de adultos vulneráveis socialmente, com trabalhos como alimentação, atendimento dentário, higiene pessoal, e acompanhamento psicológico e de assistência social. Para mais informações, acesse o site da entidade.

 

A Fundação Maria Mãe fica localizada à Rua Trinta e Um de Maio, 56 – Bairro Ladeira.

Independence Day

 

The Fourth of July is a day to celebrate the moment the Declaration of Independence of the United States of America was approved in the Second Continental Congress in the year of 1776. It commemorates the moment that the original 13 colonies officially declared their decision to leave the British Empire and create a new nation.

 

The document had a first version written by Thomas Jefferson, with the aid of John Adams and Benjamin Franklin. Many of the ideas presented there turned to be part of American ideals up to current days, such as: “all men are created equal, that they are endowed by their Creator with certain unalienable rights, that among these are life, liberty and the pursuit of happiness.”

 

Despite the consciousness of the issues involved in movements like this one, such as the war to become truly independent or the part of society not considered then, it is still valuable to study and reflect upon it, in order to realize its importance and influence in the American Continent at that time.

 

The power of this holiday in the American society could be witnessed by some of our students who participated in our exchange program “Leadership and Entrepreneurship” at the University of California. There, the group took part in a community celebration organized by the local Rotary Club*, read what one of these students, Letícia Duarte, said about the experience: “It was one of the most magical and special moments of my life…we watched the fireworks display and could experience a bit of this amazing aspect of American cultural life!”

 

Getting to know and respect cultural diversity is an essential part of our English classes at Colégio dos Jesuítas. Our Bilingual Program aims to promote the learning of the English language through the integration of different areas of knowledge, using the language to think critically about global issues, collaborating, thus, with the development of our students as responsible global citizens, committed to values like peace and justice.

 

Apoiado em pressupostos teóricos que apontam, dentre outros aspectos, a importância social da língua/linguagem e a relevância da habilidade e competência discursiva em uma sociedade letrada cada vez mais globalizada, o Programa Bilíngue do Colégio dos Jesuítas tem por objetivo colaborar para que nossos estudantes possam desenvolver-se como usuários proficientes da língua inglesa, capazes de posicionarem-se, local e globalmente, de modo responsável, crítico e comprometido com valores importantes promovidos em todos os colégios da RJE, como a justiça e a paz. Nessa direção, o contato, sempre respeitoso, com a diversidade cultural, aqui representada pela comemoração do dia da independência americana, por exemplo, pode suscitar diálogos em sala de aula que alcançam diferentes áreas do saber, como geografia, história e muitas outras, sempre buscando promover interações significativas e contextualizadas para a aprendizagem da língua.

 

Por Ângela Cristina Fiorani Diniz

Coordenadora de Línguas Estrangeiras/Programa Bilíngue

 

*The Rotary Clubs in nearby Goleta, just north of Santa Barbara, host an annual 4th of July fireworks festival starting at 5 p.m. at Girsh Park, 7050 Phelps Road next to Camino Real Marketplace. Adults tickets are $10 per person with children 12 and under free. The Independence Day festival offers a variety of activities for all ages, including bouncies, face painting, and more. A band perform live music until the fireworks show, which begins at 9 p.m. The Goleta 4th of July fireworks festival is a family-friendly event and no alcohol or pets are permitted.
https://www.santabarbara.com/activities/events/fourth-of-july/

A Proposta Pedagógica do Espaço Nossa Senhora Imaculada

 

 

A Companhia de Jesus, de forma sábia e discernida, se renova ao longo dos tempos na sua missão educativa. E o Colégio dos Jesuítas, integrante dessa história centenária, busca incansável e incessantemente, ressignificar a sua prática pedagógica ao longo dos 65 anos em que atua na cidade de Juiz de Fora.

 

 

O Colégio apresenta, neste ano inaciano, a renovação da proposta pedagógica das turmas da Unidade I, desenvolvida e refletida ao longo dos últimos anos, que posteriormente se estenderá às Unidades II e III. Tal proposta foi idealizada pelos professores e por toda a equipe de gestão. Esse sonho, tão cheio de vida, busca oferecer experiências que favoreçam as diferentes aprendizagens nas dimensões cognitiva, socioemocional e espiritual-religiosa de forma ainda mais qualificada, pautada nos princípios da Pedagogia Inaciana, através de um currículo criativo e inovador.

 

 

 

 

A proposta pedagógica será vivenciada em um novo espaço físico, com ambientes amplos e coloridos, que certamente contribuirão para a aprendizagem e o desenvolvimento de nossas crianças através de experiências, construções e muitas descobertas. Com o olhar para a formação integral de cada um, a partir de uma aprendizagem significativa que impulsione a autonomia de cada estudante, utilizaremos diversos recursos e variadas estratégias que propiciam o ressignificar das vivências, espaços, tempos e lugares.

 

 

A criança é reconhecida como um sujeito que possui um papel ativo e autônomo no espaço educativo e o experimenta através de interações e das brincadeiras. Assim, precisamos favorecer experiências sempre mais contextualizadas, que façam sentido para a criança e que ela possa compreender, além de si mesma, o mundo que a cerca e como poderá contribuir na sociedade, em termos humanos e científicos, para que todos, inclusive ela, sejam mais felizes.

 

A proposta pedagógica do Espaço Imaculada oferece um lugar cheio de vida e para a vida, capaz de contribuir para o desenvolvimento dos sonhos de nossas crianças. Aqui, a aprendizagem é para toda a vida.

 

Por Amanda dos Reis Santos

Coordenadora da Unidade I

Estudante Luísa Capobiango Romano Januzzi lança livro “O Urso Espaguete” com reflexão sobre a empatia

 

A estudante Luísa Capobiango Romano Januzzi, do 2º ano/Fundamental lançou o livro “O Urso Espaguete”, com a história de um ursinho que vive em um local encantado, mas se encanta com o mundo dos humanos. A partir disso, ele passa por uma mudança de comportamento e é chamado à uma reflexão sobre valores e amizade.

 

Na obra, a estudante discorre sobre a importância da empatia e o mérito no ato de reconhecer os próprios erros e começar mais uma vez.

 

De acordo com a mãe da Luísa, Carolina Capobiango Romano Quintão, a menina passou pelo processo de alfabetização no Colégio dos Jesuítas, no ano passado. A produção do livro aconteceu em um curso da Editora Paratexto, de Juiz de Fora, em que crianças conhecem as etapas de produção de um livro, além de serem estimuladas à criação de personagens e enredo.

 

Agora, a estudante já prepara novas histórias em seu caderno. Para a mãe, um conjunto de fatores incentivou Luísa a escrever o livro: o curso, o acompanhamento dos estudos em casa e também a formação adquirida no Colégio.

 

“O Colégio disponibiliza os livros para ler toda semana às crianças, é um conjunto de fatores nesse aprendizado (…) Eu acho que o Colégio estimula a leitura, tem os momentos de leitura nas aulas, exercem atividades”, avalia. A mãe conta ainda, que as ilustrações da obra foram criadas pela menina, com exceção da capa, produzida por um ilustrador.

 

As professoras Anna Carolina Dalamura e Flávia Souza, regentes da turma da Luísa Capobiango nos anos de 2020 e 2021, respectivamente, destacam que durante o processo de alfabetização, ocorrido, em grande parte, de forma remota, o interesse da estudante pela escrita e pela leitura era evidente a todo momento.

 

“Ao recebermos o livro ‘A história do urso espaguete’, escrito pela discente, a emoção e a alegria por acompanhá-la no processo escolar emergiram instantaneamente, pois, além de apreciarmos o belo trabalho desenvolvido por ela, ficou claro o quanto o incentivo à leitura pode contribuir com o incessante diálogo sobre empatia, com o aprimoramento da criatividade, o despertar do interesse pela escrita, bem como com o desenvolvimento das capacidades linguísticas e com a construção do senso crítico, tudo isso intrínseco às sensações maravilhosas causadas por essa prática”, afirmam. Na avaliação das professoras, a atitude “inspiradora” pode encorajar outros estudantes a mergulharem nas possibilidades das práticas de letramento.

 

O livro está disponível para download em PDF.

Além das notas musicais

Foto: 2017

 

A música sempre esteve presente na história da humanidade.

 

Mesmo os povos primitivos, dispondo apenas de poucas palavras, prestavam atenção aos sons e elementos da natureza e utilizavam materiais como pedras, galhos, sementes, ossos e outros objetos do cotidiano para exprimir seus sentimentos e anseios. Estes conjuntos sonoros, que denominamos como música, os ajudavam a exteriorizar suas alegrias, tristezas, o amor, a crença nos poderes supremos. Desta maneira, nossa cultura e nossos valores foram se desenvolvendo.

 

Para os gregos na antiguidade clássica, a música teria um papel importante na construção dos valores de uma sociedade, contribuindo com a formação da identidade de um povo. A música era parte fundamental no desenvolvimento de um cidadão e estava presente na educação das crianças e dos jovens gregos.

 

Mas quais são os benefícios de se estudar música?

 

Estudos apontam que a música auxilia no desenvolvimento cognitivo e emocional. Ela nos acompanha desde o nascimento, e, por meio de estímulos musicais, somos capazes de desenvolver aspectos importantes para a socialização, a sensibilidade, a concentração, o raciocínio lógico, a memória, a criatividade, o senso crítico, o ouvido musical, a expressão corporal, a imaginação, o respeito ao próximo, a autoestima, dentre outros.

 

Não é por acaso que, na educação infantil, a música é utilizada para ajudar na organização do ambiente, na rotina da sala de aula, na aprendizagem das regras de socialização, pois ela contribui na construção social do indivíduo. O compositor, musicólogo e pedagogo húngaro Zoltán Kodály afirma que “A educação musical começa nove meses antes do nascimento – da mãe!”. Nesta frase, Kodály desejava destacar a importância de se iniciar o estudo da música o mais cedo possível.

 

O estudo da Universidade de Helsinki na Finlândia (“Prenatal Music Exposure Induces Long-Term Neural Effects” – 2013) descobriu que as músicas que as mães escutam durante a gravidez, principalmente no último trimestre de gestação, são reconhecidas pelos bebês mesmo depois de alguns meses de nascimento ajudando no desenvolvimento da atividade cerebral. Já outro estudo da Universidade de Vermont nos Estados Unidos (“Cortical Thickness Maturation and Duration of Music Training: Health-Promoting Activities Shape Brain Development” – 2015) descobriu que a vivência musical contribui nas funções executivas do cérebro no desenvolvimento da linguagem e aprendizagem, responsáveis pela atenção, memória, planejamento e organização.

 

Assim, concluímos que, muito além do entretenimento, do prazer e da descontração que a música pode nos proporcionar, ela também contribui para a formação intelectual e emocional, sendo um elemento indispensável na construção de um ser integral.

 

Por Guilherme Augusto de Oliveira

Professor 

Escritor Fernando Carraro faz visita virtual a estudantes do 5º ano/Fundamental: Momento de reflexão sobre o cuidado com o planeta

 

Uma tarde repleta de aproximação com o universo da pesquisa e de conscientização sobre o cuidado com o meio ambiente. Assim foi a visita virtual do escritor Fernando Carraro aos estudantes do 5º ano/Fundamental, realizada nesta terça-feira (15). O autor respondeu dúvidas de todas as turmas e falou sobre seu livro paradidático “O Planetário”, publicado pela Editora FTD e que vem sendo trabalhado em sala de aula.

 

Formado em História e Geografia e também em Filosofia, Psicologia e Pedagogia na Faculdade Salesiana de Filosofia, Ciências e Letras de Lorena (SP), Fernando Carraro foi professor em escolas da capital paulista e no interior de São Paulo, nas redes pública e privada.

 

Na conversa, o autor falou sobre o seu apreço por ciências como Geografia e Astronomia, suas motivações na hora de escrever, como é o seu processo de trabalho, entre outros assuntos.

 

Foram muitas as perguntas sobre a obra “O Planetário”. Os estudantes queriam saber detalhes da criação de personagens (inspirados em pessoas reais, como os irmãos do autor e um professor da faculdade, o Padre Hugo) e de trechos da obra. Pesquisador e apaixonado pela Astronomia, Carraro fez menção na conversa, ao planetário localizado no Centro de Ciências do campus da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

 

Questionado se gostaria de conhecer todos os planetas, o escritor demonstrou não ter essa ambição e ressaltou a importância do cuidado com a grande Casa Comum: “Eu estou contente aqui com a Terra, com esse planeta onde eu moro. Agradeço a Deus de ter feito ele tão bonito para nós, onde tem tudo: água, atmosfera, animais, o que você plantar, nasce. É fantástico! Temos que cuidar”.

 

Ao final da última visita do dia, na turma D do 5º ano/Fundamental, Fernando Carraro agradeceu o convite e deixou um recado aos estudantes: que tivessem paciência para atravessar a pandemia.

 

“Não se sintam chateados: ao menos vocês estão em uma escola, ao menos estão tendo aulas, podem comprar livros. No país em que vocês moram, milhões de crianças não podem. Se considerem crianças privilegiadas, agradeçam a Deus por isso. Vocês estão em uma escola para se formar, mas principalmente, para melhorar um pouquinho esse nosso planeta, essa nossa casa que nós amamos tanto, o planeta mais lindo do universo”, finalizou.

Papa sobre os 20 anos da Federação Latino-Americana de Colégios da Companhia de Jesus: “Desejo que seus colégios criem consciência”

Imagem: Reprodução vídeo/FLACSI

 

O Papa Francisco enviou mensagem especial pelos 20 anos da Federação Latino-Americana de Colégios da Companhia de Jesus (FLACSI). Em vídeo, o Santo Padre saudou a comunidade educativa formada por 91 Colégios espalhados pelo continente americano. O Brasil tem o maior número de instituições, são 17 no total.

 

Francisco destacou o papel de acolhimento que devem ter os colégios jesuítas e a importância de essas instituições formarem cidadãos generosos, que saibam que a vida deve ser vivida e doada ao próximo.

 

 

“A vida que é guardada, acaba sendo um objeto de museu, cheirando a naftalina. E isso não ajuda. Desejo que os colégios sejam ‘colégios pousada’. Ou seja, onde se possa curar as próprias feridas e as dos outros. Colégios de portas realmente abertas e não apenas em discurso, onde os pobres possam entrar e de onde se pode sair para o encontro com os pobres”, afirmou o Papa.

 

 

Outro ponto sublinhado por Sua Santidade foi a formação de pessoas críticas e conscientes em relação aos problemas e dificuldades do planeta em que vivemos. Disse o Santo Padre: “Desejo que seus colégios ensinem a discernir, a ler os sinais dos tempos, a ler a própria vida como um dom para agradecer e compartilhar. Que tenham uma atitude crítica sobre os modelos de desenvolvimento, produção e consumo que estão empurrando vertiginosamente para a vergonhosa iniquidade que faz sofrer à grande maioria da população mundial. Como vocês podem ver, meu desejo é que seus colégios tenham consciência e criem consciência”.

 

 

O Papa também encorajou os membros da comunidade educativa a trabalharem juntos “mais 20 anos, mais 20 anos e mais 20 anos” e agradeceu aos membros das instituições pela promoção da fé e da justiça.

 

Confira a mensagem completa do Papa Francisco, em vídeo:

 

Preparação das equipes diretivas para Colóquio Global

 

Os colégios integrantes da FLACSI participarão do II Colóquio JESEDU-Global2021 (Congresso dos Delegados de Educação da Companhia de Jesus – Colóquio Global), que acontece de forma completamente on-line em 2021.

 

 

Neste Ano Inaciano, o tema do congresso é “A Rede Global de Colégios Jesuítas: Discernindo para um Futuro Cheio de Esperança”. No encontro, as equipes de liderança dos colégios terão a oportunidade de refletir sobre os seguintes temas: educar para a fé, educar para a profundidade, educar para a reconciliação e educar para a cidadania global. O Colóquio acontecerá de 28 de junho a 2 de julho, mas os debates já começaram no Pré-Colóquio organizado pela FLACSI e na redação do documento que orientará os colégios do continente americano nas reflexões do evento global.

 

 

Nesta edição, o JESEDU será acolhido pela Comissão Internacional sobre o Apostolado da Educação Jesuíta (ICAJE) e organizado pela Conferência Jesuíta da Ásia-Pacífico (JCAP).