Era Vargas é tema de debates na 3ª série do Ensino Médio

O gaúcho Getúlio Vargas foi presidente do Brasil em duas ocasiões: de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954

 

As turmas da 3ª Série do Ensino Médio participaram de um ciclo de debates sobre a Era Vargas (1930–1945), período em que Getúlio Vargas ocupou a Presidência da República. A atividade foi realizada à distância, por meio da plataforma Teams, que é utilizada pelo Colégio dos Jesuítas para aulas e demais encontros virtuais.

 

Segundo o coordenador dos trabalhos, o professor de História Leandro Almeida, os debates aconteceram em cada uma das turmas da 3ª série do Ensino Médio, dos períodos da Manhã e Integral. Cada debate foi dividido em duas partes. Na primeira, os estudantes foram distribuídos em subgrupos de forma aleatória e puderam relacionar diversos pontos de vista sobre Vargas com base em argumentos historiográficos.

 

Depois, com toda a turma reunida, aconteceu o confronto de ideias. “Pude perceber que os estudantes se envolveram muito. Pesquisaram além do que foi disponibilizado e tiveram respeito e tolerância com os colegas, mantendo um alto nível das discussões. Foi uma ótima experiência”, afirma o professor Leandro Almeida.

 

Opinião compartilhada pelas estudantes Giovanna Marinho Duarte, Laura Delgado Lavinas e Maria Eduarda Fraga Gomes, todas da 3ª série do Ensino Médio. No vídeo abaixo, elas falam sobre como os debates ocorreram.

 

 

 

Os debates aconteceram no mês de julho, após o estudo do período varguista. Os estudantes também responderam a questões discursivas e objetivas sobre o tema. Ainda de acordo com o professor de História Leandro Almeida, os jovens fizeram suas próprias pesquisas sobre trabalhos de historiadores e cientistas políticos e sociais, o que contribuiu para o enriquecimento do debate.

 

Getúlio Dornelles Vargas, mais conhecido simplesmente como Getúlio Vargas, nasceu em São Borja (RS) e foi presidente do país em duas ocasiões, de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954. Os debates foram focados no primeiro governo, mas foram permitidas citações fundamentadas sobre o segundo mandato.

 

Dia Nacional das Artes

 

“Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer
Porque metade de mim é plateia
A outra metade é canção.”
(Oswaldo Montenegro)

 

Falar sobre o Dia Nacional das Artes é falar sobre algo que está intrinsecamente relacionado a nossa natureza humana, ainda que não consigamos perceber. A arte começa em nossas vidas de várias formas. Antes mesmo de nascer somos estimulados pelas vozes, canções e músicas de nossos pais e nossos primeiros passos já apontam a coreografia da vida. Felizes são aqueles que têm a oportunidade de conhecer, apreciar e desenvolver o gosto artístico através da escola, pois este espaço amplia a oportunidade de conhecer/fruir/fazer arte e de ir mais além, ao infinito e além.

 

Sabemos ao certo que discutir o valor da arte é inútil, mas, em tempos de pandemia e confinamento forçado já ficou claríssimo que a ausência dela em nossas vidas seria extremamente insuportável. Muito provavelmente em tempos de isolamento social, você tem assistido Lives artísticas do colégio, filmes, séries e desenhos através das plataformas de streaming como Netflix, Amazon, Disney Club e etc, não é? Agradeça aos artistas. Se você está ouvindo música, apreciando uma arquitetura de um prédio interessante da janela de seu quarto ou escritório, isso é Arte. Ao visitar aquela igreja em uma cidade histórica, é Arte. Aprendeu uma maquiagem nova? Arte. Acabou de ler um livro e começou outro porque as histórias são fascinantes? Arte. Em todo lugar do mundo em diferentes tempos históricos, para o nosso deleite e entretenimento, há arte e artistas empenhados em amenizar o nosso tédio e nos proporcionar momentos de intenso prazer e alívio.

 

Mas as perguntas e provocações em torno da Arte, são insistentes: pra que serve a arte? Qual é a sua função? Precisamos de arte na vida? Estes questionamentos não devem ser respondidos por artistas ou especialistas da área e sim, por apreciadores, degustadores e porque não dizer, consumidores. Sim, querendo ou não, o tempo inteiro estamos consumindo arte. A diferença das respostas está na relação com que cada um tem com ela. Por exemplo, o nosso colégio está repleto de espaços em que a arte se faz presente, basta fecharmos os olhos por alguns instantes e tentar relembrar que espaços são esses e que sensações eles nos proporcionam: paz, acolhida, contemplação, alegria? A começar pelas capelas do Colégio dos Jesuítas e do Recanto Manresa, com seus vitrais trazendo a beleza da arte sacra; a área de acolhida, o pátio, a biblioteca, enfim, se cada um fizer um pequeno esforço, encontrará aquele cantinho aconchegante e afetuoso. E repare, nele provavelmente terá o toque especial e cuidadoso da arte.

 

A arte pode ser entendida como um dos itens de primeira necessidade, basta observarmos atentamente à nossa volta. Quando acordamos pela manhã e abrimos nossos olhos, o que vemos? Como é a forma das coisas que escolhemos para compor o nosso ambiente familiar? E o espaço de trabalho? O que nos diz imageticamente? Que músicas ouvimos durante o dia ou quando estamos fazemos uma viagem em família? Cantarolamos ou cantamos composições criadas e inspiradas no pulsar da vida? Até mesmo nas clínicas, consultórios ou na sala de espera dos hospitais encontramos, mesmo que de forma solitária, uma obra artística. De onde vem isso tudo?

 

Talvez não tenhamos uma resposta satisfatória ou talvez a resposta esteja no passado… Nos primórdios, os desenhos e pinturas rupestres revelavam evidências de uma humanidade inquieta e disposta a expressar tudo o que lhe acontecia naquele momento. Sabemos disso hoje porque aprendemos a olhar atentamente, a apurar nossas escutas e, principalmente, por que o ser humano passou a nomear os seus sentimentos, sensações e estranhamentos, não somente com a palavra mas com todo o seu ser.

 

“Desde a época em que habitava as cavernas, o ser humano vem manipulando cores, formas, gestos, sons, silêncios, superfícies, movimentos, luzes etc., com intenção de dar sentido a algo, de comunicar-se com o outro. A comunicação entre as pessoas, as leituras de mundo, não se dão apenas por meio da palavra. Muito do que sabemos sobre o pensamento e o sentido das mais diversas pessoas, povos, países, épocas são conhecimentos que obtivemos única e exclusivamente por meio de suas músicas, teatro, poesia, pintura, dança, cinema etc.” (MARTINS et al, 2010, p.13)

 

E o Dia Nacional das Artes, como ele surgiu?

“O Dia Nacional das Artes surgiu a partir do decreto de lei nº 82.385, de 5 de outubro de 1978, e a partir da Lei nº 6.533, de 24 de maio de 1978. Tais leis regulamentaram a profissão de Artista e Técnico em Espetáculos de Diversões, além de mais de 100 outras funções que também podem estar inseridas no que seria considerado um trabalho artístico.” (https://www.calendarr.com/brasil/dia-nacional-das-artes/).

 

Como vimos acima, essa data é um marco para garantir aos artistas o exercício de seu ofício. Afinal, o gesto de quem nos apresenta a poética da vida, deve ser entendido como uma profissão. Todo o tempo que os artistas empenham na feitura de suas obras, estas que consumimos constante e incansavelmente, deve receber o devido valor. O artista pensa, estuda, elabora, executa, produz, divulga, tem gastos e responsabilidades como qualquer outro profissional. Por isso essa data é tão importante, para que possamos reconhecer e valorizar a sua importância em nossas vidas. Como já dizia o poeta Ferreira Gullar “A Arte existe porque a vida não basta”.

 

Por Marcos Monrsi Bavuso Ribeiro

Professor 

Antigo estudante é aprovado para programa universitário nos Emirados Árabes

 

O antigo estudante do Colégio dos Jesuítas Gabriel Xavier Basques Soares foi selecionado para o programa de estudos Zayed University X Minerva Schools, nos Emirados Árabes Unidos. O jovem embarca, ainda nesta semana, para Dubai. A iniciativa oferece uma formação multidisciplinar ao longo de quatro anos, com ensino voltado para a prática e em sintonia com o mercado de trabalho.

 

Este programa é resultado da união entre duas instituições de ensino superior. A Zayed University é uma universidade pública dos Emirados Árabes, com unidades em Dubai e Abu Dhabi. Já a Minerva Schools é uma universidade particular sediada em San Francisco, nos Estados Unidos, a qual está presente em sete países, por onde os estudantes passam ao longo da graduação.

 

 

Campus da Zayed University em Abu Dhabi

 

Antes de ser convidado para o programa universitário, Gabriel Basques já havia sido aprovado para a Minerva Schools. Desta vez, a ida foi possível devido a uma bolsa de estudos. “Primeiramente descobri a Minerva e, desde o início, fiquei maravilhado com a universidade e com a sua metodologia, dando a possibilidade de me desenvolver como um ser humano integral, fora do sistema padrão de ensino. Após isso, candidatei-me e fui aprovado em um dos programas da universidade, porém, sem ajuda financeira, impossibilitando minha ida. Pouco tempo depois, recebi um e-mail explicando sobre a nova parceria com a Zayed University e um convite para juntar-me a essa aventura, mas, desta vez, com uma bolsa de estudos generosa”, conta o formando da turma de 2019 do Colégio.

 

Em sua trajetória acadêmica, Gabriel acredita que o contato com diversas atividades extracurriculares no Colégio dos Jesuítas ajudou-o a desenvolver habilidades “fundamentais” para que fosse escolhido no programa da Zayed e da Minerva.

 

“Por exemplo, protagonismo, empatia, inclusão, colaboração e espiritualidade”, avalia.

 

Ao ingressar no programa, os estudantes deparam-se com um currículo interdisciplinar formado por três frentes: Transformação de Negócios (Empreendedorismo e Negócios), Sistemas Computacionais (Tecnologia e Inovação) e Inovação Social. No começo do terceiro ano de programa, os universitários devem escolher em qual frente vão se especializar. Segundo Gabriel, ele pretende priorizar a primeira e a segunda área.

 

 

Campus da Zayed University em Dubai

 

Agora, Gabriel vai passar por uma mudança radical em sua vida com a ida para os Emirados Árabes. O começo da nova etapa é sinônimo de entusiasmo. “Falando bem a verdade, ‘a ficha não caiu’ ainda. Estou muito animado com os novos desafios que estão por vir, feliz por ter conquistado esta oportunidade e grato a todos que me ajudaram a chegar aqui, Deus, família, amigos, Colégio… É somente o primeiro passo de vários outros que ainda virão. A ‘batalha’ está apenas começando!”, ele diz.

 

Gabriel Basques também deixa uma mensagem antes de embarcar e dá dicas para quem quiser seguir seus passos. “Colégio e Colaboradores, muito obrigado a cada um que contribuiu para minha formação por meio não só dos conhecimentos, mas também do jeito de ser, de viver e ensinar. A cada um que se dedicou em fazer um mundo melhor com pessoas melhores. Aos estudantes: sonhem alto, saiam do comum, façam sua parte e sejam ‘diferentes’. No final, Deus não dá o que você quer, e sim o que precisa. Sempre olhe o copo meio cheio e acredite no processo”, finaliza.

Encontro virtual marca encerramento do primeiro ciclo do Sistema de Qualidade na Gestão Escolar

 

O Colégio dos Jesuítas encerrou o primeiro ciclo do Sistema de Qualidade na Gestão Escolar (SQGE), um programa proposto pela Federação Latinoamericana de Colégios da Companhia de Jesus (FLACSI). O objetivo, ao aplicar o projeto, é acompanhar os estudantes e toda a comunidade acadêmica, além de aprimorar os processos educativos.

 

Um encontro virtual marcou o encerramento deste primeiro momento, nesta terça-feira (3). Na abertura dos trabalhos, o Diretor Geral do Colégio dos Jesuítas, Professor Edelves Rosa Luna, destacou a característica do Sistema de registrar e mensurar a qualidade do processo educativo. Além disso, saudou a presença da Diretora do SQGE, Mora Podestá, como demonstração do elo entre as unidades jesuítas de educação básica presentes no continente americano.

 

“A presença da Mora Podestá é um exemplo dessa ligação que nós do Colégio dos Jesuítas, na cidade de Juiz de Fora, temos não só com os outros Colégios do Brasil, mas com os Colégios da América Latina. E que nós todos, vivenciando as nossas realidades locais, estamos também vinculados a algo maior, não permitindo que haja subjetividade na questão da qualidade”, afirmou.

 

O Sistema de Qualidade foi implantado no Colégio dos Jesuítas em 2016. Desde então, como resultado da autoavaliação, melhorias foram implementadas. Um exemplo é a reestruturação das coordenações, que passaram do modelo de coordenação de série para a gestão em Unidades.

 

 

Os colaboradores do Colégio foram convidados, na reunião, a preencherem um formulário on-line no qual respondiam sobre os atributos de qualidade atuais ou desejados do Colégio dos Jesuítas, assim como a qualidade e o horizonte pretendidos.

 

Ao final do encontro, o Diretor Acadêmico, Padre José Robson Silva Sousa, SJ, ressaltou que o acompanhamento do outro, é uma expressão de fé.

 

“Nós devemos, enquanto atributo cristão, continuarmos a ser para o nosso estudante essa mão que dá suporte na caminhada, naquilo que ele tem dificuldade ou medo. Acompanhar é ter fé que nós podemos continuar construindo caminhos, acompanhar é abrir-se para o outro”.

 

Também participaram do encontro virtual, os facilitadores externos da Federação Latinoamericana de Colégios da Companhia de Jesus (FLACSI), os professores Luís Eduardo Soares Andrade, do Colégio Loyola (Belo Horizonte), e Marcelo Pastre, do Colégio Medianeira (Curitiba).

Equipe Diretiva confere avanço das obras do Espaço Imaculada

 

A Equipe Diretiva do Colégio dos Jesuítas fez uma nova visita às obras do Espaço Nossa Senhora Imaculada, nesta sexta-feira (6). O novo prédio vai receber as turmas da Unidade I (Maternal III ao 2º Ano do Ensino Fundamental). Neste momento, os trabalhos estão em uma nova fase, em relação à visita anterior.

 

Participaram o Diretor Geral, Professor Edelves Rosa Luna; o Diretor Acadêmico, Padre José Robson Silva Sousa, SJ; o Diretor Administrativo, Mauro Fortunato e o Coordenador da Formação Cristã, Marcelo Sabino.

 

Os membros da Equipe puderam conferir a execução da parte interna, fase em que o prédio já começa a tomar forma, e fazer observações junto a funcionários da construção.

 

 

A Pedra Fundamental do Espaço Imaculada foi lançada em janeiro deste ano e, desde então, as obras seguem de forma ininterrupta. O local representa uma resposta concreta à demanda que a Companhia de Jesus sempre buscou cumprir por meio da sua ação missionária: atender aos desafios de cada tempo de forma crítica, efetiva e consciente.

 

Com a proposta de oferecer um ensino integral, ou seja, que forme o ser humano em todas as suas dimensões, a tradição dos colégios da Companhia de Jesus em educar pessoas conscientes, competentes, compassivas e comprometidas seguirá vigente no Espaço Nossa Senhora Imaculada.

Lei Maria da Penha

 

O mês da conscientização pelo fim da violência contra a mulher, “AGOSTO LILÁS”, tem como base a proposta de educar para prevenir e coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher.

 

A Lei Maria da Penha, sancionada em 7 de agosto de 2006, surgiu da necessidade de inibir os casos de violência doméstica no Brasil. O nome foi escolhido em homenagem à farmacêutica cearense Maria da Penha Maia Fernandes, que sofreu agressões do ex-marido por 23 anos e ficou paraplégica após uma tentativa de assassinato. Hoje, a lei nº11.340/2006 considera o crime de violência doméstica e familiar contra a mulher como sendo “qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial”. A campanha Agosto Lilás foi criada em referência ao aniversário de criação da Lei, para o enfrentamento e prevenção da violência, sensibilização e conscientização da sociedade e principalmente com o intuito de defender os direitos da mulher e garantir proteção às vítimas.

 

Afinal, quais são os tipos de violência?

 

Estão previstos cinco tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher na Lei Maria da Penha: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial. Essas formas de agressão são complexas, perversas, não ocorrem isoladas umas das outras e têm graves consequências para a mulher. Qualquer uma delas constitui ato de violação dos direitos humanos e deve ser denunciada. São elas:

 

  • VIOLÊNCIA FÍSICA: entendida como qualquer conduta que ofenda a integridade ou saúde corporal da mulher. “Empurrar, chutar, amarrar e bater”.

 

  • VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA: é considerada qualquer conduta que cause dano emocional e diminuição da autoestima; prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento da mulher; ou vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões. “Humilhar, insultar, isolar, perseguir, ameaçar”.

 

  • VIOLÊNCIA MORAL: é considerada qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria. “Caluniar, injuriar, difamar”.

 

  • VIOLÊNCIA SEXUAL: trata-se de qualquer conduta que constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força. “Atos ou relações sexuais sob coerção”.

 

  • VIOLÊNCIA PATRIMONIAL: entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades. “Controlar o dinheiro, impedir de trabalhar, privar de bens, valores ou recursos econômicos, destruir objetos”.

 

Como denunciar situações de Violência contra as Mulheres?

 

Apesar dos avanços obtidos pelas mulheres na defesa de seus direitos, a violência contra a mulher ainda é um grave problema social. Existem diversos serviços e instituições que podem prestar o atendimento e o apoio necessários para romper o ciclo da violência.

 

A denúncia de violência contra a mulher pode ser feita em diferentes canais, como delegacias de polícia (comuns e voltadas à defesa da mulher), órgãos especializados, disque-denúncia, promotorias e defensorias públicas.

 

É possível acionar os canais de denúncia, como: A Central de Atendimento à Mulher – Disque 180, Polícia Militar – Disque 190, serviços que prestam uma escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência. Por meio desses canais, a mulher pode saber onde existe um Centro de Referência de Atendimento à Mulher ou uma Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), bem como conseguir outras informações de que precisar.

 

Se você sofre ou presencia algum tipo de violência contra as mulheres, denuncie!

 

Por Simone de Paula Paiva

Analista de Projetos Sociais

A verdadeira santidade é a humanidade vivida e reconhecida

 

Convidado para escrever algo sobre Santo Inácio, neste 31 de julho, próximo, fiquei refletindo comigo mesmo: o que falar? Parece estranho, esta pergunta, uma vez que um jesuíta tem, pelo longo trajeto formativo, conteúdo para escrever longas e apaixonadas páginas sobre Inácio. Mas, a dificuldade de falar sobre Inácio não está na falta de conteúdo, mas na abundante quantidade de material disponibilizado. Foi, então, que outro questionamento se agregou à curiosidade inicial: o que é ser santo?

 

Sobre esta última curiosidade levantada, pus-me num exercício de imaginação para buscar ouvir Inácio de Loyola que fala, a partir do testemunho deixado por ele, sobre o que é ser santo. E o que se pode ouvir sobre a santidade é que ser santo é amar a humanidade que exala a presença de Deus em sua existência. É estar constantemente de mãos dadas com o nosso humano. Essa é a inspiração que me vem ao observar e ouvir Inácio: ser santo é não ter vergonha da criatura que somos e que faz parte da nossa constituição de filhos de Deus. Nosso Criador soprou em nossas narinas e nos deu a vida. Então, é partindo de nossa humanidade que experimentamos a verdadeira santidade.

 

Que testemunho/exemplos podemos seguir de Inácio a caminho da nossa santidade? Conhecer-se, desejar e reconhecer. São estes os três grandes movimentos – testemunho/exemplo – que saltam aos olhos acerca de Inácio de Loyola.

 

Inácio, sem sombra de dúvidas, conhecia muito bem suas ambições, sabia o que queria na sociedade que à qual pertencia. Ele lutava, arduamente, contra todos os tipos de forças que surgissem em seu caminho e o impedissem de alcançar os seus propósitos. A sua ambição, o seu desejo de ser o mais importante – como dizem os estudantes “ser o cara” – o levava a enfrentar tudo e todos em vista do que queria. Vejam que até a bala de canhão que o atingiu no joelho, se transforma em uma ação de Deus que o atingiu no coração. Inácio foi sempre obstinado no que queria!

 

Na motivação do jovem espanhol sempre estava um “mais”, posso ir além, posso ser mais e quero ser mais. Quanto mais o tempo passava, mais Inácio se conhecia e aumentava o seu desejo pelo MAGIS. Acredito que para Inácio o conhecimento de si foi o fortalecimento do âmbito do desejo para seguir o caminho apresentado por Deus.

 

O jovem espanhol foi um homem de fortes e profundos desejos. Inácio desejava muito. Não cabe aqui fazermos juízo do desejo, mas saborearmos a essência desses desejos. Se Inácio não fosse movido pelo desejo de ser o melhor diante da realeza da época, certamente não teria o mesmo fulgor e vigor de querer ser mais no serviço do Reino de Deus. É o desejo que nos move em nossas buscas, Inácio se moveu pelos seus desejos e nesse mesmo movimento foi capaz de reavaliar seus desejos, mas não deixar de desejar.

 

Conhecer-se e desejar faz com que haja reconhecimento – um caminho que é sempre de alteridade. Inácio, ao passo de seus movimentos de mudança pessoal, foi reconhecendo que Deus não o julgava em sua humanidade. Inácio sabia-se pecador, mas sabia que muito além de seu pecado estava Deus, corrigindo-o de seus escrúpulos e autojulgamento. Deus quis e fez com que Inácio continuasse a desejar, conhecendo-se e reconhecendo, a fim de galgar o degrau da profunda alteridade.

 

Inácio é um santo que hoje nos mostra que santidade é fruto de uma caminhada humana não temerosa de quem somos e desejamos. A santidade de Inácio nos abre para o grande desafio em nossos tempos: acolher a si e o outro. Foi isso que Deus fez com Inácio. E, experimentando tão profundo movimento de alteridade do Criador e o humano santo, Inácio, dispensou o mesmo que recebera de Deus aos seus primeiros irmãos de caminhada: acolheu-os, longe dos julgamentos, e potenciou o lado humano de cada um dos primeiros companheiros em vista também da santidade que passa impreterivelmente pelo serviço ao próximo.

 

Neste ano inaciano, peçamos a Santo Inácio que nos ajude na caminhada de conversão diária com passos firmes na estrada de Deus que nos leva sempre a servir aos nossos irmãos e irmãs, oferecendo-lhes tudo o que somos e temos, nossos dons. Façamos isso tudo para a maior Glória de Deus.

 

Por Pe. José Robson Silva Sousa, SJ

Diretor Acadêmico do Colégio dos Jesuítas

Professor Edelves Rosa Luna comemora um ano como Diretor Geral do Colégio dos Jesuítas

Cerimônia de posse do Diretor Geral do Colégio dos Jesuítas, Professor Edelves Rosa Luna, em 25/07/2020

 

Neste domingo (25), o Professor Edelves Rosa Luna comemorou um ano como Diretor Geral. Em mensagem enviada aos colaboradores compartilhou sua alegria, agradeceu pela acolhida e expressou o desejo de que toda a comunidade educativa se fortaleça cada vez mais.

 

“Agradeço o cuidado para comigo, a acolhida, a confiança e o explícito desejo de somar forças para cumprirmos a Missão do Cristo pelas mãos da Companhia de Jesus em Juiz de Fora”, afirmou o Diretor Geral.

 

O Professor Edelves relembrou sua chegada ao Colégio, o início da convivência com os colaboradores, a visita às estruturas físicas, o pontapé inicial do projeto do Espaço Nossa Senhora Imaculada (que vai receber os estudantes do Maternal III ao 2º Ano do Ensino Fundamental) e sua aproximação com a comunidade; também lamentou que a pandemia o tenha impedido de conhecer pessoalmente a grande parte dos colaboradores e desejou que em breve seja possível compartilhar um contato mais próximo no ambiente escolar.

 

Na mensagem, o Diretor Geral afirma ainda que, na Missa deste domingo, agradeceu ao Senhor pelo dom de colocar-se a serviço de toda a comunidade educativa e pediu a Ele que mantenha os colaboradores unidos no caminho por Ele desejado: cuidar da melhor educação para os estudantes do Colégio.

 

Por fim, o Professor Edelves Rosa Luna faz um agradecimento: “Meus colegas/amigos, meu fraterno abraço a cada um de vocês e seus familiares. Que nossa comunidade educativa seja cada dia mais forte e feliz, realizando-se no acompanhamento dos nossos estudantes e seus familiares”.

 

No dia 25 de julho de 2020, o Professor Edelves Rosa Luna começou a sua missão na liderança do Colégio dos Jesuítas, após cerimônia realizada na Capela Santo Inácio. Estiveram presentes na ocasião o Provincial dos Jesuítas do Brasil, Pe. Mieczyslaw Smyda, SJ, que presidiu a Celebração acompanhado de outras lideranças jesuítas como o Diretor-Presidente da Rede Jesuíta de Educação (RJE), Irmão Raimundo Barros, SJ, além de outros jesuítas da comunidade. As orientações dos órgãos de saúde e da Arquidiocese de Juiz de Fora em relação à pandemia da covid-19, foram observadas.

 

Confira o vídeo da Celebração Eucarística que marcou a posse do Professor Edelves Rosa Luna como Diretor Geral do Colégio:

 

Avó é mãe com açúcar

 

 

“De todo amor que eu tenho, metade foi tu que me deu, salvando minh’alma da vida, sorrindo e fazendo meu eu”. A ternura estabelecida na relação entre a neta (o “eu” dessa canção) e sua avó nos permite refletir sobre a influência desse laço e o modo como temos vivido com nossas avós. Esse trecho é reproduzido com frequência pela geração atual, como homenagem carinhosa à figura das avós. Tal música de Maria Gadú anuncia uma despedida, permeada de gratidão, de uma jovem que reconhece essa influência em sua trajetória, emocionando todo aquele que também teve em sua avó uma figura de referência.

 

Nas últimas décadas, observou-se uma presença mais significativa das avós das crianças em suas rotinas. Isso se deu pelo fato de que elas desempenham. atualmente, funções de apoio nos diferentes núcleos familiares. Assim sendo, independente da categoria social, tem-se percebido uma dedicação dessas figuras aos seus netos, dando-lhes suporte, seja por meio do auxílio financeiro, seja pela intensa troca afetiva no cotidiano, o que confere segurança e estabilidade a todos. Com isso, o suporte emocional dos avós, disposição para ouvir e conversar, tem se tornado uma marca do tempo presente.

 

Em uma pesquisa que analisou, por meio de relatos de avós, os relacionamentos com seus netos, os resultados indicam que:

 

Certas avós dos grupos realizados classificaram suas vivências como de intensa afetividade com os netos. Reconheciam também que, além de ajudarem as crianças, já receberam muita contribuição destas. Nessas situações, os netos, considerados como fiéis companheiros e verdadeiros salvadores, auxiliaram as avós em inúmeros momentos de dificuldades. (Cardoso & Brito, 2014, pág. 436)

A frase “vó é mãe com açúcar” nos apresenta essa característica, apontando as semelhanças entre o laço afetivo mãe-filho e avó-neto, mas também reforçando a doçura existente nesses relacionamentos. A conexão entre as crianças e os idosos é um suporte fundamental que auxilia na construção da autoconfiança – aquela habilidade socioemocional que nos indica internamente o quanto somos capazes de “dar conta do recado”, ou seja, enfrentar os momentos de estresse e/ou dificuldade do cotidiano.

 

É claro que existem aspectos desfavoráveis em alguns casos, sobretudo quando os afetos positivos e as experiências consoladoras cedem espaço aos conflitos geracionais ou de valores. Não se deve negligenciar o fato de estarmos em um país latino-americano cujas diversas desigualdades estruturam condições de injustiça e vulnerabilidade. No entanto, essas temáticas podem ocupar um outro texto, pois, no caso desse, que ora se apresenta, o objetivo é relacionar o Dia dos Avós, comemorado hoje, em 26 de julho, com algumas reflexões sobre a afetividade que nos envolve quando pensamos nos avós.

 

A data de 26 de julho, utilizada pela Igreja Católica para celebrar os santos Ana e Joaquim, casal de avós de Jesus, é referendada na tradição popular, pois esses nomes sequer são citados na Bíblia. É interessante lembrar que essa devoção existe desde o século VI, quando já havia registros de cultos em memória aos pais de Maria. Sua popularização, no entanto, chegou durante o Renascimento, quando Giotto (1276-1337) representou Sant’Ana e São Joaquim na Capela dos Scrovegni, em Pádua.

 

A partir daí, podemos estabelecer a relação entre as características difundidas por nossa tradição religiosa e aquilo que vivenciamos com nossos avós nos tempos atuais. Pensar essas relações significa dar-se conta dos atravessamentos que essas realidades provocam nas singularidades de nossas crianças, não deixando de lado a premissa de que cada um de nós responde de modo único aos fenômenos. Bem como Sant’Ana e São Joaquim são colocados como modelos de ternura e pessoas que indicam um bom caminho à Maria, e, consequentemente ao menino Jesus, nossos avós podem hoje ser celebrados como aqueles em quem depositamos confiança, para experimentar as mais variadas brincadeiras, ou ainda, para um aconselhamento especial. Afinal, quem nunca buscou no colo dos avós o cuidado necessário para o crescimento seguro que somente a avó/avô poderia fornecer?!

 

Referências:
CARDOSO, Andreia Ribeiro & BRITO, Leila Maria Torraca. Avós na família contemporânea. Revista Psico-USF, Bragança Paulista, v. 19, n. 3, p. 433-441, set./dez. 2014.

 

Por Raphaela Souza dos Santos

Assessora na Formação Cristã

Autocuidado e Espiritualidade

 

O autocuidado pode interferir diretamente em nossa qualidade de vida, melhorando a nossa saúde nos aspectos físico, mental e espiritual. Essa prática deve estar entre as nossas prioridades, sobretudo nos tempos em que vivemos, de incertezas e desgaste emocional, causados, além de outros motivos, pela pandemia do Covid-19.

 

Autocuidado significa dar atenção às próprias necessidades, buscando compreender o que é imprescindível ao corpo e à mente, uma vez que, ao desenvolver bons hábitos, as pessoas são capazes de potencializar suas habilidades visando diminuir o estresse causado pelo dia a dia e lidar com os desafios com mais leveza. Destacaremos, a seguir, alguns tipos de autocuidado.

 

O autocuidado físico pressupõe práticas de cuidado com o corpo, o que inclui uma boa alimentação, busca por qualidade do sono e a constância ao se exercitar com atividades físicas.

 

Já o mental e emocional implica investir no autoconhecimento, para compreender os próprios sentimentos e pensamentos, praticar o autoperdão e estabelecer limites nos laços sociais. Com isso, buscamos momentos de lazer, fazendo aquilo que nos faz feliz. Desafie-se e descubra novos prazeres!

 

Já o autocuidado espiritual é aquele que nos oportuniza uma ligação com o nosso interior, nossa alma e com aquilo que é sagrado para nós. Isso pode ser feito por meio de orações ou outras práticas que proporcionem a transcendência, como a meditação, reflexões, símbolos e/ou crenças que façam o papel de “facilitar” o encontro com o Sagrado.

 

Assim, para que consigamos ter equilíbrio em todas as áreas de nossa vida, o cuidado interior exerce um papel fundamental, uma vez que é um caminho possível para ressignificar experiências e redimensionar memórias, fazendo reflexões propositivas. Em nosso cotidiano, muitas vezes, o “cuidar de si” se torna um desafio, pois, entre as prioridades, nos deixamos em segundo plano. No Cristianismo, o comprometimento com o autocuidado e com os outros é uma resposta de fé, tendo em vista que o mandamento maior é “amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.

 

Portanto, é comum que, entre os momentos de vivência da fé, as pessoas se comprometam a cuidar mais de sua saúde, e, em consequência, sentem-se em maior harmonia consigo mesmas e até com os outros. E você, tem cuidado de si?

 

 

 

 

Referência bibliográfica:
MELO, Cynthia de Freitas et al. Correlação entre religiosidade, espiritualidade e qualidade de vida: uma revisão de literatura. Estud. Pesqui. Psicol.., Rio de Janiero, v. 15, n. 2, p. 447-464, jul 2015.

 

Por Anna Carolina Santos Reis Dalamura

Professora